Governo afasta gestor da CCDR Lisboa, que promete críticas

24-07-2019
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O ministro do Planeamento, Nelson de Souza, decidiu não reconduzir João Teixeira no cargo de presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) de Lisboa e Vale do Tejo.

João Teixeira, que gere o envelope de 800 milhões de euros de fundos comunitários do programa Lisboa 2020, fora nomeado pelo anterior Governo de Passos Coelho para um mandato de cinco anos, a contar desde 28 de maio de 2014.

Agora que termina o mandato, o Ministério do Planeamento confirma ao Expresso a não recondução de João Teixeira. A razão? “O Ministério entende que há novos desafios que se vão colocar nos próximos cinco anos e que requerem um novo perfil à frente da CCDR Lisboa”, explica fonte oficial do Ministério.

João Teixeira sai em rota de colisão com o Governo. O próprio gestor confirma ao Expresso os termos menos amigáveis deste divórcio: “Sinto-me confortável em sair, porque deixo de estar sujeito ao dever de lealdade. Agora poderei exprimir publicamente as minhas opiniões, várias vezes contrárias ao que se perspetiva e se está a delinear agora”, diz João Teixeira.

O atual presidente da CCDR Lisboa deverá sair já na próxima terça-feira, dia 28 de maio. De acordo com o Ministério do Planeamento, o anúncio do seu sucessor está para breve.

Este é um ano decisivo no que toca aos fundos comunitários, já que o Governo tem um duplo desafio: acelerar a execução do atual quadro Portugal 2020 e negociar com Bruxelas mais dinheiro e melhores regras para o próximo quadro Portugal 2030.

Recorde-se que a taxa de execução dos fundos do Portugal 2020 estava nos 35% no último balanço, feito no final do primeiro trimestre de 2019. Os programas mais atrasados na execução dos fundos são o Alentejo 2020 (19%) e o Mar 2020 (20%). Seguem-se o programa operacional para sustentabilidade e eficiência no uso de recursos (POSEUR) e os programas regionais de Lisboa e do Centro (todos com 22%). Logo a seguir, vêm o Algarve e o Norte 2020 (ambos com 23%).

Convém notar que metade dos gestores do Portugal 2020 já saiu desde que o atual quadro comunitário arrancou em 2014. Algumas saídas fizeram mais estrondo do que outras, caso de Rui Vinhas da Silva, despedido do Compete 2020 pelo ex-ministro da Economia, Caldeira Cabral, ou o caso de Emídio Gomes, afastado do Norte 2020 pelo ex-ministro do Planeamento, Pedro Marques.

Dos presidentes das CCDR que estiveram no lançamento do Portugal 2020 nas cinco regiões do continente já só resta a gestora do Centro 2020, Ana Abrunhosa.

O ministro do Planeamento, Nelson de Souza, decidiu não reconduzir João Teixeira no cargo de presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) de Lisboa e Vale do Tejo.

João Teixeira, que gere o envelope de 800 milhões de euros de fundos comunitários do programa Lisboa 2020, fora nomeado pelo anterior Governo de Passos Coelho para um mandato de cinco anos, a contar desde 28 de maio de 2014.

Agora que termina o mandato, o Ministério do Planeamento confirma ao Expresso a não recondução de João Teixeira. A razão? “O Ministério entende que há novos desafios que se vão colocar nos próximos cinco anos e que requerem um novo perfil à frente da CCDR Lisboa”, explica fonte oficial do Ministério.

João Teixeira sai em rota de colisão com o Governo. O próprio gestor confirma ao Expresso os termos menos amigáveis deste divórcio: “Sinto-me confortável em sair, porque deixo de estar sujeito ao dever de lealdade. Agora poderei exprimir publicamente as minhas opiniões, várias vezes contrárias ao que se perspetiva e se está a delinear agora”, diz João Teixeira.

O atual presidente da CCDR Lisboa deverá sair já na próxima terça-feira, dia 28 de maio. De acordo com o Ministério do Planeamento, o anúncio do seu sucessor está para breve.

Este é um ano decisivo no que toca aos fundos comunitários, já que o Governo tem um duplo desafio: acelerar a execução do atual quadro Portugal 2020 e negociar com Bruxelas mais dinheiro e melhores regras para o próximo quadro Portugal 2030.

Recorde-se que a taxa de execução dos fundos do Portugal 2020 estava nos 35% no último balanço, feito no final do primeiro trimestre de 2019. Os programas mais atrasados na execução dos fundos são o Alentejo 2020 (19%) e o Mar 2020 (20%). Seguem-se o programa operacional para sustentabilidade e eficiência no uso de recursos (POSEUR) e os programas regionais de Lisboa e do Centro (todos com 22%). Logo a seguir, vêm o Algarve e o Norte 2020 (ambos com 23%).

Convém notar que metade dos gestores do Portugal 2020 já saiu desde que o atual quadro comunitário arrancou em 2014. Algumas saídas fizeram mais estrondo do que outras, caso de Rui Vinhas da Silva, despedido do Compete 2020 pelo ex-ministro da Economia, Caldeira Cabral, ou o caso de Emídio Gomes, afastado do Norte 2020 pelo ex-ministro do Planeamento, Pedro Marques.

Dos presidentes das CCDR que estiveram no lançamento do Portugal 2020 nas cinco regiões do continente já só resta a gestora do Centro 2020, Ana Abrunhosa.

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