Ah! Assim Ficamos Mais descansados: “No PS as pessoas não conheciam os factos que têm vindo a público”

14-10-2019
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O primeiro-ministro, António Costa, recusou fazer um “julgamento
popular do engenheiro Sócrates”, e sublinhou a “presunção de inocência”,
mas garantiu que nunca teve “qualquer suspeita” em relação a José
Sócrates, nem enquanto foi seu ministro, nem depois. Costa foi
entrevistado no Jornal da Noite na TVI esta quinta-feira e participou, de seguida, no programa Circulatura do Quadrado.
Antes de fazer um balanço sobre a legislatura, o líder socialista
respondeu às perguntas da “situação muito traumática” que foi o caso
Sócrates.

“Tenho a certeza de que no PS as pessoas não conheciam
os factos que têm vindo a público”, afirmou António Costa, antes de ele
próprio garantir que não tinha tido qualquer suspeita sobre o antigo
líder socialista. “Nos dois anos que fui ministro do engenheiro José Sócrates
nunca tive nenhum sinal que me levantasse a menor suspeita sobre o seu
comportamento. Nem depois disso tive qualquer suspeita até ao momento em
que começou a haver as notícias sobre essas matérias”, garantiu o
primeiro-ministro.

António Costa reconheceu que “o Partido Socialista sofreu, de facto, uma
situação muito traumática, que espero que nunca nenhum partido venha a
sofrer: ver acusações gravíssimas sobre um líder seu, que era muito
apreciado no partido, por quem muitos de nós tínhamos relações de
amizade.” “Eu tinha”, acrescentou.

Para o primeiro-ministro, o PS “teve uma grande maturidade” na gestão
da situação. “Nunca fizemos o que aconteceu em outros tempos, com
outras maiorias”, apontou, acusando outros de “asfixiarem” suspeitas de
corrupção “até à prescrição de ene casos”.

O líder dos socialistas quis deixar claro que não tolera “de forma
alguma qualquer forma de corrupção”. “Acho que é degradante para a
democracia e tem de ser exterminada”, vincou.
António Costa
comprometeu-se ainda a, em caso de suspeita de “uma situação de
corrupção no PS ou fora dele”, fazer o que tem a fazer e “reportar o
caso às autoridades”. “Não consigo conviver com quem tenha praticado
actos de corrupção.”

Exclusividade dos médicos
Durante o
programa, António Costa falou sobre uma questão pendente no Parlamento e
sobre a qual os parceiros de esquerda ainda não conseguiram
“encontrar-se": a Lei de Bases da Saúde. O primeiro-ministro destacou a
questão da exclusividade dos médicos que já tinha sido referida em
entrevista ao PÚBLICO pela ministra Marta Temido.

“A proposta de Lei de Bases da Saúde que está, neste momento, em vias
- que espero finais - de aprovação na Assembleia da República, aponta
como mecanismo geral a ideia da criação de mecanismos de exclusividade”,
lembrou António Costa, acrescentando que está a ser procurada uma
medida para que sejam asseguradas “melhores condições remuneratórias,
que permitam uma melhor dedicação ao SNS"​.

A exclusividade dos médicos estava na proposta de lei de bases do Governo,
que pretendia reduzir a mobilidade de profissionais entre o sector
público e o privado, abrindo porta à exclusividade no SNS em condições
voluntárias.

Em Dezembro de 2018, por altura da apresentação da proposta, Marta
Temido disse: “Parece-nos que, não sendo a exclusividade algo que tenha
de ter um carácter obrigatório ou universal, esse é um caminho que
teremos de percorrer.” Para a ministra, o facto de haver profissionais
que circulam entre sector público e privado “traz constrangimentos muito
fortes”.

Na quinta-feira, em entrevista ao PÚBLICO e à Rádio Renascença,
Marta Temido repetiu que a exclusividade dos médicos “é uma linha de
desenvolvimento que está no programa do actual Governo e que está na Lei
de Bases da Saúde" e anunciou que “está a ser constituído um grupo de
estudo para esse tema, mas também para o tema dos modelos
remuneratórios” dos profissionais de saúde.
“A dedicação exclusiva
é apenas um caminho, o que nós precisamos de garantir é que a
produtividade melhore. Isso pode-se fazer pela dedicação plena, que não
será nunca uma imposição; terá de ser uma opção com valorização
remuneratória e não poderá ser uma generalização”, explicou Marta
Temido.

Fonte: Publico

O primeiro-ministro, António Costa, recusou fazer um “julgamento
popular do engenheiro Sócrates”, e sublinhou a “presunção de inocência”,
mas garantiu que nunca teve “qualquer suspeita” em relação a José
Sócrates, nem enquanto foi seu ministro, nem depois. Costa foi
entrevistado no Jornal da Noite na TVI esta quinta-feira e participou, de seguida, no programa Circulatura do Quadrado.
Antes de fazer um balanço sobre a legislatura, o líder socialista
respondeu às perguntas da “situação muito traumática” que foi o caso
Sócrates.

“Tenho a certeza de que no PS as pessoas não conheciam
os factos que têm vindo a público”, afirmou António Costa, antes de ele
próprio garantir que não tinha tido qualquer suspeita sobre o antigo
líder socialista. “Nos dois anos que fui ministro do engenheiro José Sócrates
nunca tive nenhum sinal que me levantasse a menor suspeita sobre o seu
comportamento. Nem depois disso tive qualquer suspeita até ao momento em
que começou a haver as notícias sobre essas matérias”, garantiu o
primeiro-ministro.

António Costa reconheceu que “o Partido Socialista sofreu, de facto, uma
situação muito traumática, que espero que nunca nenhum partido venha a
sofrer: ver acusações gravíssimas sobre um líder seu, que era muito
apreciado no partido, por quem muitos de nós tínhamos relações de
amizade.” “Eu tinha”, acrescentou.

Para o primeiro-ministro, o PS “teve uma grande maturidade” na gestão
da situação. “Nunca fizemos o que aconteceu em outros tempos, com
outras maiorias”, apontou, acusando outros de “asfixiarem” suspeitas de
corrupção “até à prescrição de ene casos”.

O líder dos socialistas quis deixar claro que não tolera “de forma
alguma qualquer forma de corrupção”. “Acho que é degradante para a
democracia e tem de ser exterminada”, vincou.
António Costa
comprometeu-se ainda a, em caso de suspeita de “uma situação de
corrupção no PS ou fora dele”, fazer o que tem a fazer e “reportar o
caso às autoridades”. “Não consigo conviver com quem tenha praticado
actos de corrupção.”

Exclusividade dos médicos
Durante o
programa, António Costa falou sobre uma questão pendente no Parlamento e
sobre a qual os parceiros de esquerda ainda não conseguiram
“encontrar-se": a Lei de Bases da Saúde. O primeiro-ministro destacou a
questão da exclusividade dos médicos que já tinha sido referida em
entrevista ao PÚBLICO pela ministra Marta Temido.

“A proposta de Lei de Bases da Saúde que está, neste momento, em vias
- que espero finais - de aprovação na Assembleia da República, aponta
como mecanismo geral a ideia da criação de mecanismos de exclusividade”,
lembrou António Costa, acrescentando que está a ser procurada uma
medida para que sejam asseguradas “melhores condições remuneratórias,
que permitam uma melhor dedicação ao SNS"​.

A exclusividade dos médicos estava na proposta de lei de bases do Governo,
que pretendia reduzir a mobilidade de profissionais entre o sector
público e o privado, abrindo porta à exclusividade no SNS em condições
voluntárias.

Em Dezembro de 2018, por altura da apresentação da proposta, Marta
Temido disse: “Parece-nos que, não sendo a exclusividade algo que tenha
de ter um carácter obrigatório ou universal, esse é um caminho que
teremos de percorrer.” Para a ministra, o facto de haver profissionais
que circulam entre sector público e privado “traz constrangimentos muito
fortes”.

Na quinta-feira, em entrevista ao PÚBLICO e à Rádio Renascença,
Marta Temido repetiu que a exclusividade dos médicos “é uma linha de
desenvolvimento que está no programa do actual Governo e que está na Lei
de Bases da Saúde" e anunciou que “está a ser constituído um grupo de
estudo para esse tema, mas também para o tema dos modelos
remuneratórios” dos profissionais de saúde.
“A dedicação exclusiva
é apenas um caminho, o que nós precisamos de garantir é que a
produtividade melhore. Isso pode-se fazer pela dedicação plena, que não
será nunca uma imposição; terá de ser uma opção com valorização
remuneratória e não poderá ser uma generalização”, explicou Marta
Temido.

Fonte: Publico

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