Marta Temido: "SNS é uma estrutura paquidérmica"

02-07-2016
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Um paquiderme corresponde a um animal com pele espessa. Algo que pode ajudar a classificar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), na opinião de Marta Temido, a presidente, desde janeiro, do conselho diretivo da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

"O SNS tem um azar: é uma estrutura paquidérmica, muito mais do que gostaríamos. Temos muitas dificuldades em ter o ritmo da inovação", salientou a responsável no âmbito do debate "Inovação na Saúde", mais uma conferência da 2ª edição do Prémio Inovação NOS, uma parceria entre a NOS, o Dinheiro Vivo e a TSF, que decorreu esta terça-feira em Lisboa.

Por ser uma "estrutura gigante", com um orçamento anual de oito mil milhões de euros, a inovação "pode ter grande importância" para o SNS, que "é muitas vezes procurado como uma montra", o que é uma "sorte", na perspetiva de Marta Temido.

A presidente da ACSS, a entidade que gere todos os recursos do Ministério da Saúde, lembra, no entanto, que "estamos muito preparados para o culto da segurança, que é adverso à inovação. Temos de ter perceção que financiadores estatais e privados não estão sempre aliados ao consumo da inovação. O ambiente externo também não ajuda", salientou esta responsável.

Outra das dificuldades está relacionada com o empowerment dos utentes, que têm cada vez mais acesso às inovações e que "pressionam o sistema". O SNS tem como grande desafio "manter viva a cultura de inovação e organização, mantendo espaço para aceitar estímulos externos".

O Prémio Inovação Nos é vista por Marta Temido para "ajudar a materializar" o aspeto da prevenção nas intervenções do SNS, que "é muito vocacionado para a doença aguda e grave". Os cuidados de rotina "são olhados com alguma sobranceria, mas fazem diferença para os nossos utentes".

Um paquiderme corresponde a um animal com pele espessa. Algo que pode ajudar a classificar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), na opinião de Marta Temido, a presidente, desde janeiro, do conselho diretivo da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

"O SNS tem um azar: é uma estrutura paquidérmica, muito mais do que gostaríamos. Temos muitas dificuldades em ter o ritmo da inovação", salientou a responsável no âmbito do debate "Inovação na Saúde", mais uma conferência da 2ª edição do Prémio Inovação NOS, uma parceria entre a NOS, o Dinheiro Vivo e a TSF, que decorreu esta terça-feira em Lisboa.

Por ser uma "estrutura gigante", com um orçamento anual de oito mil milhões de euros, a inovação "pode ter grande importância" para o SNS, que "é muitas vezes procurado como uma montra", o que é uma "sorte", na perspetiva de Marta Temido.

A presidente da ACSS, a entidade que gere todos os recursos do Ministério da Saúde, lembra, no entanto, que "estamos muito preparados para o culto da segurança, que é adverso à inovação. Temos de ter perceção que financiadores estatais e privados não estão sempre aliados ao consumo da inovação. O ambiente externo também não ajuda", salientou esta responsável.

Outra das dificuldades está relacionada com o empowerment dos utentes, que têm cada vez mais acesso às inovações e que "pressionam o sistema". O SNS tem como grande desafio "manter viva a cultura de inovação e organização, mantendo espaço para aceitar estímulos externos".

O Prémio Inovação Nos é vista por Marta Temido para "ajudar a materializar" o aspeto da prevenção nas intervenções do SNS, que "é muito vocacionado para a doença aguda e grave". Os cuidados de rotina "são olhados com alguma sobranceria, mas fazem diferença para os nossos utentes".

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