João Cotrim Figueiredo. Quem é o deputado da Iniciativa Liberal?

09-10-2019
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O seu bisavô foi o fundador empresa de cabides Manequim e foi, ainda miúdo, a vender cabides, porta a porta, pela Baixa de Lisboa, que descobriu que queria ser um homem de negócios, como contou à revista Sábado: “A venda é das coisas mais nobres que existem; significa pormo-nos nos pés e na cabeça do outro para lhe passar algo relevante. Não é enganá-lo, é tornar a sua vida melhor”.

João Cotrim Figueiredo estudou na Escola Alemã e formou-se em Economia na London School of Economics.Tirou um MBA em Administração, Negócios e Marketing na Universidade Nova de Lisboa. A sua carreira como gestor passou pela Compal, a Nutricafés, a Privado Holding (dona do BPP) e a direção-geral da TVI (2010/11). Depois passou para a área do turismo. Em 2015, foi eleito vice-presidente da European Travel Commission, que reúne organismos de turismo de 33 países europeus que se querem promover fora do continente.

Foi presidente do conselho diretivo do Turismo de Portugal entre 2013 e 2016 – chegou lá a convite do então secretário de Estado Adolfo Mesquita Nunes, do CDS, e saiu em rutura com a sua sucessora, Ana Mendes Godinho, do PS. “Tenho pena de não ter oportunidade de acabar o que comecei, desde a modernização do funcionamento do Turismo de Portugal ao reforço da área do conhecimento ou do empreendedorismo, à continuada sofisticação da promoção”, disse na altura.

No entanto, como explicou ao DN mais tarde, não poderia aceitar as interferências da tutela no instituto: “As instâncias políticas estavam a tomar decisões puramente técnicas. É legítimo que a tutela o faça, mas é uma forma de relacionamento que não é a minha. Se a secretária de Estado estava a tomar decisões técnicas, eu estava no TP a fazer o quê? Assim que os objetivos estão definidos, a forma de lá chegar é técnica. Percebi que havia interferência política na parte técnica, e ia continuar a haver, e quis sair.”

Cotrim de Figueiredo não é adepto de proibições preventivas, no turismo ou noutra área qualquer, defende antes que ao Estado compete dar condições e estimular a iniciativa privada: “Quem está na política tem de gerir o entorno e dar oportunidades para que se construa – e isso não se faz só com as linhas de crédito do IAPMEI, faz-se dando às pessoas força para avançarem, não desconfiando da iniciativa privada e não limitando antes de acontecer. Mal comparado, é como educar um miúdo: deixem-no esfolar o joelho e lá estaremos com o betadine.”

Essa é, aliás, a matriz do programa liberal. “Portugal nunca foi verdadeiramente liberal, nunca colocou a confiança na capacidade e maturidade dos portugueses no centro da política. Nunca promoveu a liberdade individual, com a correspondente responsabilidade, acima de todas as outras”, escreveu em agosto num artigo de opinião no Público, intitulado “Chegou o tempo das ideias liberais”. “Um liberal aceita o papel do Estado, emanado da vontade dos indivíduos e não como impositor-mor. Um Estado que seja o garante das liberdades individuais, a começar na liberdade de escolher o tipo de vida privada ou pública que entende ser a melhor para si e para os seus mais próximos.”

Como escreveu quando anunciou a sua candidatura: [os portugueses] “Só precisam que os deixem ser livres e autónomos; que o Estado não lhes tolha os passos; que os poderes políticos e todos os outros não os impeçam de procurar o melhor para si e para as suas famílias”.

O seu bisavô foi o fundador empresa de cabides Manequim e foi, ainda miúdo, a vender cabides, porta a porta, pela Baixa de Lisboa, que descobriu que queria ser um homem de negócios, como contou à revista Sábado: “A venda é das coisas mais nobres que existem; significa pormo-nos nos pés e na cabeça do outro para lhe passar algo relevante. Não é enganá-lo, é tornar a sua vida melhor”.

João Cotrim Figueiredo estudou na Escola Alemã e formou-se em Economia na London School of Economics.Tirou um MBA em Administração, Negócios e Marketing na Universidade Nova de Lisboa. A sua carreira como gestor passou pela Compal, a Nutricafés, a Privado Holding (dona do BPP) e a direção-geral da TVI (2010/11). Depois passou para a área do turismo. Em 2015, foi eleito vice-presidente da European Travel Commission, que reúne organismos de turismo de 33 países europeus que se querem promover fora do continente.

Foi presidente do conselho diretivo do Turismo de Portugal entre 2013 e 2016 – chegou lá a convite do então secretário de Estado Adolfo Mesquita Nunes, do CDS, e saiu em rutura com a sua sucessora, Ana Mendes Godinho, do PS. “Tenho pena de não ter oportunidade de acabar o que comecei, desde a modernização do funcionamento do Turismo de Portugal ao reforço da área do conhecimento ou do empreendedorismo, à continuada sofisticação da promoção”, disse na altura.

No entanto, como explicou ao DN mais tarde, não poderia aceitar as interferências da tutela no instituto: “As instâncias políticas estavam a tomar decisões puramente técnicas. É legítimo que a tutela o faça, mas é uma forma de relacionamento que não é a minha. Se a secretária de Estado estava a tomar decisões técnicas, eu estava no TP a fazer o quê? Assim que os objetivos estão definidos, a forma de lá chegar é técnica. Percebi que havia interferência política na parte técnica, e ia continuar a haver, e quis sair.”

Cotrim de Figueiredo não é adepto de proibições preventivas, no turismo ou noutra área qualquer, defende antes que ao Estado compete dar condições e estimular a iniciativa privada: “Quem está na política tem de gerir o entorno e dar oportunidades para que se construa – e isso não se faz só com as linhas de crédito do IAPMEI, faz-se dando às pessoas força para avançarem, não desconfiando da iniciativa privada e não limitando antes de acontecer. Mal comparado, é como educar um miúdo: deixem-no esfolar o joelho e lá estaremos com o betadine.”

Essa é, aliás, a matriz do programa liberal. “Portugal nunca foi verdadeiramente liberal, nunca colocou a confiança na capacidade e maturidade dos portugueses no centro da política. Nunca promoveu a liberdade individual, com a correspondente responsabilidade, acima de todas as outras”, escreveu em agosto num artigo de opinião no Público, intitulado “Chegou o tempo das ideias liberais”. “Um liberal aceita o papel do Estado, emanado da vontade dos indivíduos e não como impositor-mor. Um Estado que seja o garante das liberdades individuais, a começar na liberdade de escolher o tipo de vida privada ou pública que entende ser a melhor para si e para os seus mais próximos.”

Como escreveu quando anunciou a sua candidatura: [os portugueses] “Só precisam que os deixem ser livres e autónomos; que o Estado não lhes tolha os passos; que os poderes políticos e todos os outros não os impeçam de procurar o melhor para si e para as suas famílias”.

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