Ministro garante que materiais usados nas escolas não são perigosos: “Este Governo não poupa na segurança”

20-01-2018
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Propaganda, publicidade enganosa, promessas vãs e orçamentos por conhecer: o CDS armou-se destes e outros argumentos para confrontar o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, esta tarde no Parlamento, durante um debate sobre políticas de educação. E apresentou a sua tese: o que corre bem nas escolas é resultado dos resquícios de governações anteriores; e o que corre mal deve-se às opções deste Governo, que 'apresenta desculpas' pelo 'muito que promete e pouco que realiza'.

Os centristas foram responsáveis pelo agendamento do debate e por isso deram o pontapé de saída, com uma declaração em que a deputada Ana Rita Bessa acusou o Governo de não cumprir promessas nem as apostas que anunciou, por exemplo no caso do ensino profissional ('o Ministério da Educação informou as escolas públicas, no final de dezembro, que não haveria financiamento para os cursos profissionais e não pagou ainda às escolas privadas as verbas de 017') ou dos acordos com os professores, que negoceiam com o Governo a contagem do tempo de serviço para efeitos de progressão na carreira ('os professores continuam sem saber o que lhes reserva a lei para a justa solução dos seus problemas').

A conclusão do CDS é que o Governo teve 'ânsia', em relação ao trabalho do anterior Governo, de 'tudo mudar sem esperar para ver' e que a política educativa atual se 'esgota em anúncios, em declarações informadas de apostas'. E o PSD concordou, falando numa lógica de 'muita parra e pouca uva'. 'Vejo-o a desfazer mas não o vejo a fazer nada', resumiu o deputado Duarte Marques.

Por entre críticas à forma como estão a ser tratadas as negociações com os professores e à execução, que dizem ser opaca, do Orçamento do Estado, os centristas tiveram ainda oportunidade de protagonizar um dos momentos mais caricatos do debate, quando Ana Rita Bessa decidiu citar uma canção dos Trovante para avisar o ministro: 'Há sempre alguém que nos diz: tem cuidado/ Há sempre alguém que nos faz pensar um pouco'.

Ministro garante que material usado nas escolas não é cancerígeno

A esquerda não demorou a responder. Do lado do BE, Joana Mortágua perguntou se a intenção do CDS é 'honrar o legado de Nuno Crato', anterior ministro da Educação, lembrando que os centristas 'participaram no Governo que mais dinheiro tirou à escola pública' e que apesar da 'muita conversa', a discrepância 'entre a prática da realidade do passado e o discurso de hoje é enorme'. E também o PCP acusou o CDS de fazer um 'branqueamento' quanto às suas próprias responsabilidades no estado do sector da educação.

Quando foi a vez de Brandão Rodrigues tomar a palavra, também foi recorrente o argumento do contraste entre o passado e o presente, com o ministro a dizer que embora haja 'sempre mais e melhor a fazer', a situação está 'bem melhor do que estava antes deste Governo'. 'Passou a haver professores colocados a tempo e horas e o ano letivo a começar em setembro'', frisou o ministro, garantindo ainda que foi executado 'um orçamento progressista, aumentando o investimento em 633 milhões de euros'. E fez a defesa do ensino profissional, garantindo que o Governo está a programar a médio prazo as verbas em conjunto com as escolas em questão - 'é preciso pensar além da legislatura' - e a 'reforçar a permeabilidade dos percursos' e a 'continuidade dos estudos'.

O ministro respondeu ainda sobre um dos temas que têm marcado as notícias dos últimos dias, depois de ter sido inicialmente avançado pelo 'Público': a suspeita de que o poliuretano, material usado para substituir o amianto nas escolas, também seria cancerígeno. Num dos momentos mais inflamados do debate, Brandão Rodrigues garantiu que 'este Governo não poupa na segurança'. '[O Governo] Não deu recomendações ou sugestões para se poupar com materiais que não estão na legislação e que ponham em risco a segurança das nossas crianças e docentes'. E garantiu que os regulamentos estão a ser cumpridos, 'tanto na questão do amianto como às outras questões de segurança', frisando que o poliuterano não é cancerígeno.

Propaganda, publicidade enganosa, promessas vãs e orçamentos por conhecer: o CDS armou-se destes e outros argumentos para confrontar o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, esta tarde no Parlamento, durante um debate sobre políticas de educação. E apresentou a sua tese: o que corre bem nas escolas é resultado dos resquícios de governações anteriores; e o que corre mal deve-se às opções deste Governo, que 'apresenta desculpas' pelo 'muito que promete e pouco que realiza'.

Os centristas foram responsáveis pelo agendamento do debate e por isso deram o pontapé de saída, com uma declaração em que a deputada Ana Rita Bessa acusou o Governo de não cumprir promessas nem as apostas que anunciou, por exemplo no caso do ensino profissional ('o Ministério da Educação informou as escolas públicas, no final de dezembro, que não haveria financiamento para os cursos profissionais e não pagou ainda às escolas privadas as verbas de 017') ou dos acordos com os professores, que negoceiam com o Governo a contagem do tempo de serviço para efeitos de progressão na carreira ('os professores continuam sem saber o que lhes reserva a lei para a justa solução dos seus problemas').

A conclusão do CDS é que o Governo teve 'ânsia', em relação ao trabalho do anterior Governo, de 'tudo mudar sem esperar para ver' e que a política educativa atual se 'esgota em anúncios, em declarações informadas de apostas'. E o PSD concordou, falando numa lógica de 'muita parra e pouca uva'. 'Vejo-o a desfazer mas não o vejo a fazer nada', resumiu o deputado Duarte Marques.

Por entre críticas à forma como estão a ser tratadas as negociações com os professores e à execução, que dizem ser opaca, do Orçamento do Estado, os centristas tiveram ainda oportunidade de protagonizar um dos momentos mais caricatos do debate, quando Ana Rita Bessa decidiu citar uma canção dos Trovante para avisar o ministro: 'Há sempre alguém que nos diz: tem cuidado/ Há sempre alguém que nos faz pensar um pouco'.

Ministro garante que material usado nas escolas não é cancerígeno

A esquerda não demorou a responder. Do lado do BE, Joana Mortágua perguntou se a intenção do CDS é 'honrar o legado de Nuno Crato', anterior ministro da Educação, lembrando que os centristas 'participaram no Governo que mais dinheiro tirou à escola pública' e que apesar da 'muita conversa', a discrepância 'entre a prática da realidade do passado e o discurso de hoje é enorme'. E também o PCP acusou o CDS de fazer um 'branqueamento' quanto às suas próprias responsabilidades no estado do sector da educação.

Quando foi a vez de Brandão Rodrigues tomar a palavra, também foi recorrente o argumento do contraste entre o passado e o presente, com o ministro a dizer que embora haja 'sempre mais e melhor a fazer', a situação está 'bem melhor do que estava antes deste Governo'. 'Passou a haver professores colocados a tempo e horas e o ano letivo a começar em setembro'', frisou o ministro, garantindo ainda que foi executado 'um orçamento progressista, aumentando o investimento em 633 milhões de euros'. E fez a defesa do ensino profissional, garantindo que o Governo está a programar a médio prazo as verbas em conjunto com as escolas em questão - 'é preciso pensar além da legislatura' - e a 'reforçar a permeabilidade dos percursos' e a 'continuidade dos estudos'.

O ministro respondeu ainda sobre um dos temas que têm marcado as notícias dos últimos dias, depois de ter sido inicialmente avançado pelo 'Público': a suspeita de que o poliuretano, material usado para substituir o amianto nas escolas, também seria cancerígeno. Num dos momentos mais inflamados do debate, Brandão Rodrigues garantiu que 'este Governo não poupa na segurança'. '[O Governo] Não deu recomendações ou sugestões para se poupar com materiais que não estão na legislação e que ponham em risco a segurança das nossas crianças e docentes'. E garantiu que os regulamentos estão a ser cumpridos, 'tanto na questão do amianto como às outras questões de segurança', frisando que o poliuterano não é cancerígeno.

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