Leonor Antunes, a artista portuguesa selecionada para representar o país na 58.ª Bienal de Arte de Veneza, criou um furacão em volta de si e da ministra da Cultura, Graça Fonseca, após afirmar esta semana que não aceitaria representar internacionalmente o país se o atual Governo fosse de direita. “Se estivesse o PSD ou o CDS no Governo, não aceitaria. Embora sejam partidos democráticos, defendem valores em que não acredito”, afirmou.
Agora, avança o “Jornal de Notícias” esta sexta-feira, o CDS exige a substituição da artista ou a demissão da ministra.
Em declarações ao jornal, Nuno Melo, eurodeputado do CDS, afirmou que se impõe uma atitude por parte do Governo: “Retira o apoio a Leonor Antunes, que renega uma grande parte dos portugueses que, com o seus impostos, contribuem para pagar a representação na Bienal [500 mil euros], ou a ministra da Cultura tem de demitir-se.”
Ouvido também pelo matutino, Paulo Rangel, eurodeputado do PSD, disse que “o silêncio da ministra Graça Fonseca não é aceitável”. “A ministra tem falhado sistematicamente e, desta vez, voltou a demonstrar que não tem a mínima sensibilidade para o cargo. O Estado tem um dever de neutralidade que ela tem obrigação de repor, distanciando-se das declarações infelizes e facciosas da artista”, afirmou.
As críticas às palavras de Leonor Antunes não são exclusivas da direita. Francisco Assis, eurodeputado do PS, disse também que garante não entender “por que razão a ministra não se distanciou imediatamente daquela declaração absurda”. No mesmo sentido, posicionou-se também o eurodeputado do PCP João Ferreira: a preferência partidária da artista “não deve determinar a sua seleção nem o seu afastamento da bienal”, disse.
Contactado pelo “JN”, o Ministério da Cultura recusou pronunciar-se sobre a polémica, lembrando que Leonor Antunes foi “escolhida por concurso e não por convite”.
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Leonor Antunes, a artista portuguesa selecionada para representar o país na 58.ª Bienal de Arte de Veneza, criou um furacão em volta de si e da ministra da Cultura, Graça Fonseca, após afirmar esta semana que não aceitaria representar internacionalmente o país se o atual Governo fosse de direita. “Se estivesse o PSD ou o CDS no Governo, não aceitaria. Embora sejam partidos democráticos, defendem valores em que não acredito”, afirmou.
Agora, avança o “Jornal de Notícias” esta sexta-feira, o CDS exige a substituição da artista ou a demissão da ministra.
Em declarações ao jornal, Nuno Melo, eurodeputado do CDS, afirmou que se impõe uma atitude por parte do Governo: “Retira o apoio a Leonor Antunes, que renega uma grande parte dos portugueses que, com o seus impostos, contribuem para pagar a representação na Bienal [500 mil euros], ou a ministra da Cultura tem de demitir-se.”
Ouvido também pelo matutino, Paulo Rangel, eurodeputado do PSD, disse que “o silêncio da ministra Graça Fonseca não é aceitável”. “A ministra tem falhado sistematicamente e, desta vez, voltou a demonstrar que não tem a mínima sensibilidade para o cargo. O Estado tem um dever de neutralidade que ela tem obrigação de repor, distanciando-se das declarações infelizes e facciosas da artista”, afirmou.
As críticas às palavras de Leonor Antunes não são exclusivas da direita. Francisco Assis, eurodeputado do PS, disse também que garante não entender “por que razão a ministra não se distanciou imediatamente daquela declaração absurda”. No mesmo sentido, posicionou-se também o eurodeputado do PCP João Ferreira: a preferência partidária da artista “não deve determinar a sua seleção nem o seu afastamento da bienal”, disse.
Contactado pelo “JN”, o Ministério da Cultura recusou pronunciar-se sobre a polémica, lembrando que Leonor Antunes foi “escolhida por concurso e não por convite”.