Crónicas Modernas

12-04-2019
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A queda da Associação Raríssimas não é
mais nem menos do que um mero exemplo dos tombos que o país de sempre deu,
constantemente, há tempos e tempos, basta reler a História.

É o país do manganão, definitivamente, dos
farsolas e dos falsos enganados que se alimentam, promovem e bajulam
reciprocamente.

E quando rebenta mais um escândalo é
vê-los, uns e outros, algozes e supostos impolutos, a arredar o pé.

  

É um exemplo que leva a outra realidade
paralela em que o recato e a sobriedade são palavras vazias.

Não há problema, nunca há problema.

Nem que seja à custa do uso e abuso de
donativos para assistir crianças ainda mais raras.

E venha uma Rainha...

Custa a acreditar que estas
"vítimas" de mais um(a) saloio(a) deslumbrado(a), que nunca se livrou
do chinelo no pé e do modus
operandi do bairro suburbano,
nunca suspeitassem de nada.

Claro, agora, é vê-los com cara de espanto.

Quanta desfaçatez...

No meio desta farsa existe um padrão de
actuação mais profundo, resultado dos tempos em que vivemos, em que os valores e
os princípios se resumem ao moralismo e voyeurismo dos costumes.

Ai, como é triste tudo isto.

Que exemplo para as futuras gerações tudo deitar
fora por um carro topo de gama, por um trapo da moda ou por um prato de marisco...

E como é revoltante assistir a uma elite
que sonha e se contenta com o supérfluo, que perde o norte e o sul por um par de mordomias sem importância.

A novela medíocre e grotesca, entre nós
nada raríssima, faz lembrar os velhos tempos do cavaquismo e do socratismo em
que o brilho falso fazia rodopiar os parolos deslumbrados com o poder e o dinheiro fácil, enquanto os oportunistas e os poderosos de sempre se aproveitavam e
rebolavam a rir.

Sim, é isso mesmo, ainda não nos
habituámos aos valores da Democracia, ao significado da responsabilidade
política e pública, ao imperativo da gestão da coisa pública com ética e
desprendimento, de que o Estado não sou eu, mas somos todos nós.

O caso Raríssimas é, mais uma vez, o país
a ver-se ao espelho.

É o centrão em todo o seu esplendor.

É o modelo assistencial a mostrar uma
parte do seu buraco negro.

É a dança das cadeiras entre o poder
político e um rendimento obsceno nem que seja à custa de donativos para tentar
salvar crianças ainda mais únicas.

Dizemos que não gostamos! 

Garantimos que não se pode repetir!

E, depois...

Next!

A queda da Associação Raríssimas não é
mais nem menos do que um mero exemplo dos tombos que o país de sempre deu,
constantemente, há tempos e tempos, basta reler a História.

É o país do manganão, definitivamente, dos
farsolas e dos falsos enganados que se alimentam, promovem e bajulam
reciprocamente.

E quando rebenta mais um escândalo é
vê-los, uns e outros, algozes e supostos impolutos, a arredar o pé.

  

É um exemplo que leva a outra realidade
paralela em que o recato e a sobriedade são palavras vazias.

Não há problema, nunca há problema.

Nem que seja à custa do uso e abuso de
donativos para assistir crianças ainda mais raras.

E venha uma Rainha...

Custa a acreditar que estas
"vítimas" de mais um(a) saloio(a) deslumbrado(a), que nunca se livrou
do chinelo no pé e do modus
operandi do bairro suburbano,
nunca suspeitassem de nada.

Claro, agora, é vê-los com cara de espanto.

Quanta desfaçatez...

No meio desta farsa existe um padrão de
actuação mais profundo, resultado dos tempos em que vivemos, em que os valores e
os princípios se resumem ao moralismo e voyeurismo dos costumes.

Ai, como é triste tudo isto.

Que exemplo para as futuras gerações tudo deitar
fora por um carro topo de gama, por um trapo da moda ou por um prato de marisco...

E como é revoltante assistir a uma elite
que sonha e se contenta com o supérfluo, que perde o norte e o sul por um par de mordomias sem importância.

A novela medíocre e grotesca, entre nós
nada raríssima, faz lembrar os velhos tempos do cavaquismo e do socratismo em
que o brilho falso fazia rodopiar os parolos deslumbrados com o poder e o dinheiro fácil, enquanto os oportunistas e os poderosos de sempre se aproveitavam e
rebolavam a rir.

Sim, é isso mesmo, ainda não nos
habituámos aos valores da Democracia, ao significado da responsabilidade
política e pública, ao imperativo da gestão da coisa pública com ética e
desprendimento, de que o Estado não sou eu, mas somos todos nós.

O caso Raríssimas é, mais uma vez, o país
a ver-se ao espelho.

É o centrão em todo o seu esplendor.

É o modelo assistencial a mostrar uma
parte do seu buraco negro.

É a dança das cadeiras entre o poder
político e um rendimento obsceno nem que seja à custa de donativos para tentar
salvar crianças ainda mais únicas.

Dizemos que não gostamos! 

Garantimos que não se pode repetir!

E, depois...

Next!

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