“Se fosse hoje teria sido mais rigoroso na Lava-Jato”

10-07-2019
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Há dois anos, quando foi entrevistado pelo Expresso, Sérgio Moro era um homem contido. Agora, ministro da Justiça e da Segurança Pública do polémico Governo de Jair Bolsonaro, faz piadas, sorri e até pisca o olho ao jornalista. Reconhece que está “mais relaxado” e que o novo cargo não o obriga a tantas cautelas como a magistratura. Mas de que tanto se ri Sérgio Moro? Na sua passagem-relâmpago por Lisboa, não deixou de ser controverso nem se inibiu de deixar reparos à lentidão da Justiça portuguesa na Operação Marquês. Abriu mesmo um confronto com o ex-primeiro-ministro José Sócrates, que, tendo respondido aos comentários do ex-juiz brasileiro, recebeu a réplica: “Não debato com criminosos”. Moro chegou a Portugal, na segunda-feira, para participar num evento jurídico, no dia em que se assinala o “descobrimento” do Brasil por Pedro Álvares Cabral, e partiu 24 horas depois. Entretanto, encontrou-se com Marcelo Rebelo de Sousa e com a ministra da Justiça, Francisca Van Dunem. Volta em maio para as Conferências do Estoril, quando poderá comentar a decisão do Superior Tribunal, posterior à sua partida, de reduzir a pena do ex-Presidente Lula da Silva, que Moro condenara a nove anos de prisão.

Está a gostar de ser político?

Talvez esteja mais relaxado; como ministro tenho mais liberdade do que como juiz. Mas, apesar da minha autonomia, tenho de tomar cuidado porque faço parte de um Governo e não quero gerar crises desnecessárias.

Há dois anos, quando foi entrevistado pelo Expresso, Sérgio Moro era um homem contido. Agora, ministro da Justiça e da Segurança Pública do polémico Governo de Jair Bolsonaro, faz piadas, sorri e até pisca o olho ao jornalista. Reconhece que está “mais relaxado” e que o novo cargo não o obriga a tantas cautelas como a magistratura. Mas de que tanto se ri Sérgio Moro? Na sua passagem-relâmpago por Lisboa, não deixou de ser controverso nem se inibiu de deixar reparos à lentidão da Justiça portuguesa na Operação Marquês. Abriu mesmo um confronto com o ex-primeiro-ministro José Sócrates, que, tendo respondido aos comentários do ex-juiz brasileiro, recebeu a réplica: “Não debato com criminosos”. Moro chegou a Portugal, na segunda-feira, para participar num evento jurídico, no dia em que se assinala o “descobrimento” do Brasil por Pedro Álvares Cabral, e partiu 24 horas depois. Entretanto, encontrou-se com Marcelo Rebelo de Sousa e com a ministra da Justiça, Francisca Van Dunem. Volta em maio para as Conferências do Estoril, quando poderá comentar a decisão do Superior Tribunal, posterior à sua partida, de reduzir a pena do ex-Presidente Lula da Silva, que Moro condenara a nove anos de prisão.

Está a gostar de ser político?

Talvez esteja mais relaxado; como ministro tenho mais liberdade do que como juiz. Mas, apesar da minha autonomia, tenho de tomar cuidado porque faço parte de um Governo e não quero gerar crises desnecessárias.

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