Socialistas procuram sossegar Europa e mercados

10-11-2015
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A preocupação de responder à evolução instável dos mercados e de "sossegar a Europa" foi comum a Mário Centeno e outros deputados socialistas

"Portugal perdeu a Europa nos últimos quatro anos", acusou esta manhã Mário Centeno, no decurso do debate de apresentação do programa de Governo, na sequência de uma intervenção onde criticou severamente a política económica seguida nos últimos anos. "A austeridade quando é ideologia é uma escolha", afirmou.

O responsável pelo cenário macroeconómico do PS disse ainda que os socialistas "assumem as suas responsabilidades europeias e honrará todos os compromissos. Portugal precisa de outra política e terá outra política", concluiu.

A preocupação de responder à evolução instável dos mercados e de "sossegar a Europa" foi comum a outros deputados socialistas. Esta manhã, alguns títulos da imprensa internacional dão Portugal como "uma nova Grécia", perante a possibilidade da queda do Governo e da aliança de esquerda.

Para Paulo Trigo Pereira, por exemplo, é "natural" a atual incerteza que se verifica nos mercados e que já se fez sentir na Bolsa, mas o economista manifesta-se convicto de que ela passará tão logo seja apresentado o programa de Governo.

Segundo o professor do ISEG e agora também deputado eleito pelo PS, "a situação será ultrapassada quando houver conhecimento do programa do PS e uma clara perceção dos mercados de que vamos cumprir os compromissos europeus e que temos, até, um trabalho mais sólido em termos de quantificação de medidas do que o atual Governo".

O economista manifesta-se também surpreendido pela falta de "algum sentido de interesse nacional e de Estado" quando ouve alguns membros do Governo dizer que "o PS quer ter um défice superior ao défice real".

"Fico abismado, todos os atores políticos devem ter muito cuidado com o que dizem, porque as suas palavras têm impacto nos mercados. Ha profecias que se autorealizam e em economia isso é verdade", afirmou o deputado.

Para Trigo Pereira, "uma linguagem de crispação e de declarações desta natureza não ajuda ninguém o país e pode criar problemas completamente desnecessários".

Também a deputada Margarida Marques, cabeça de lista por Leiria e especialista em assuntos europeus, afirmou que "o PS foi um partido-chave no processo de adesão à União Europeia de Portugal" e que "sempre que esteve no Governo teve uma posição de pertença à UE" e "fez todos os esforços para que o país integrasse as cooperações reforçadas"

"É esse o espírito europeu que o PS, uma vez no Governo, mantém e é por isso que o programa do Governo tem um capítulo importante denominado 'Um novo impulso para a convergência com a Europa", no qual assume todas as responsabilidades de pertença de Portugal à UE e ao euro", declarou ao Expresso a antiga funcionária da Comissão Europeia.

A preocupação de responder à evolução instável dos mercados e de "sossegar a Europa" foi comum a Mário Centeno e outros deputados socialistas

"Portugal perdeu a Europa nos últimos quatro anos", acusou esta manhã Mário Centeno, no decurso do debate de apresentação do programa de Governo, na sequência de uma intervenção onde criticou severamente a política económica seguida nos últimos anos. "A austeridade quando é ideologia é uma escolha", afirmou.

O responsável pelo cenário macroeconómico do PS disse ainda que os socialistas "assumem as suas responsabilidades europeias e honrará todos os compromissos. Portugal precisa de outra política e terá outra política", concluiu.

A preocupação de responder à evolução instável dos mercados e de "sossegar a Europa" foi comum a outros deputados socialistas. Esta manhã, alguns títulos da imprensa internacional dão Portugal como "uma nova Grécia", perante a possibilidade da queda do Governo e da aliança de esquerda.

Para Paulo Trigo Pereira, por exemplo, é "natural" a atual incerteza que se verifica nos mercados e que já se fez sentir na Bolsa, mas o economista manifesta-se convicto de que ela passará tão logo seja apresentado o programa de Governo.

Segundo o professor do ISEG e agora também deputado eleito pelo PS, "a situação será ultrapassada quando houver conhecimento do programa do PS e uma clara perceção dos mercados de que vamos cumprir os compromissos europeus e que temos, até, um trabalho mais sólido em termos de quantificação de medidas do que o atual Governo".

O economista manifesta-se também surpreendido pela falta de "algum sentido de interesse nacional e de Estado" quando ouve alguns membros do Governo dizer que "o PS quer ter um défice superior ao défice real".

"Fico abismado, todos os atores políticos devem ter muito cuidado com o que dizem, porque as suas palavras têm impacto nos mercados. Ha profecias que se autorealizam e em economia isso é verdade", afirmou o deputado.

Para Trigo Pereira, "uma linguagem de crispação e de declarações desta natureza não ajuda ninguém o país e pode criar problemas completamente desnecessários".

Também a deputada Margarida Marques, cabeça de lista por Leiria e especialista em assuntos europeus, afirmou que "o PS foi um partido-chave no processo de adesão à União Europeia de Portugal" e que "sempre que esteve no Governo teve uma posição de pertença à UE" e "fez todos os esforços para que o país integrasse as cooperações reforçadas"

"É esse o espírito europeu que o PS, uma vez no Governo, mantém e é por isso que o programa do Governo tem um capítulo importante denominado 'Um novo impulso para a convergência com a Europa", no qual assume todas as responsabilidades de pertença de Portugal à UE e ao euro", declarou ao Expresso a antiga funcionária da Comissão Europeia.

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