500 mil funcionários públicos com aumentos no espaço de dois anos

01-01-2019
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Foi de balanço o discurso de Mário Centeno, ministro das Finanças, na manhã desta quarta-feira, na Assembleia da República. Na audição regimental na Comissão de Trabalho e Segurança Social, Mário Centeno disse que "entramos na quarta sessão legislativa desta legislatura assistindo à mais significativa recuperação das condições laborais em mais de 15 anos", com melhorias "visíveis" no setor público e no setor privado.

O ministro elencou todas as medidas que têm beneficiado, em concreto, os trabalhadores da Administração Pública, como a reposição das 35 horas, ou o descongelamento das carreiras.

E frisou que "a despesa com pessoal das Administrações Públicas aumentará 1950 milhões de euros ao longo da legislatura". Mário Centeno lembrou que "nos 13 anos anteriores (desde 2002) esta despesa aumentou apenas 170 milhões de euros. São mais 11 vezes em apenas 4 anos do que nos 13 anos anteriores".

Mais ainda, "o salário horário médio dos trabalhadores da Administração Pública aumentou cerca de 20% em apenas 4 anos", destacou Mário Centeno. Um aumento que tem a ver, por exemplo, com medidas como a reversão dos cortes salariais ou o descongelamento das carreiras a partir de 2018.

Sobre o descongelamento das carreiras, o ministro salientou que "permitiu, já em 2018, que perto de 350 mil trabalhadores tenham registado valorizações salariais".

Perspetivando 2019, Mário Centeno revelou que, no próximo ano, "com o novo biénio de avaliações e com o reposicionamento dos 70 mil trabalhadores com salários abaixo dos 635 euros, este número pode subir para mais de 500 mil". Assim, no espaço de dois anos, cerca de 75% dos trabalhadores do Estado verão os seus salários aumentar, contabiliza.

Sindicatos querem aumentos para todos

Apesar destes números, os sindicatos da Administração Pública têm vindo a subir o tom da contestação e não aceitam que não haja aumentos salariais para todos os trabalhadores.

Isto porque o Governo optou por concentrar os 50 milhões de euros reservados para aumentos salariais em 2019 no aumento do salário mínimo na Administração Pública para os 635 euros mensais.

Mário Centeno frisou, contudo, no Parlamento que "em 2019 a remuneração média na Administração Pública crescerá perto de 3,7%. As progressões na carreira serão uma realidade em dois anos consecutivos. Pela primeira vez em 10 anos".

E acrescentou: "Os trabalhadores com salários mais baixos beneficiarão de uma valorização adicional, repondo um diferencial para com o salário mínimo nacional que se havia perdido nos últimos anos".

No Parlamento, os partidos da oposição, tanto o PSD, como o CDS-PP, lembraram o forte aumento da contestação na função pública. Carla Barros, deputada do PSD, destacou "as greves que paralisam o país" e Filipe Anacoreta Correia, deputado do CDS-PP, frisou o forte aumento dos pré-avisos de greve, frisando que os trabalhadores "não sentem as melhorias" de que o Governo fala.

Foi de balanço o discurso de Mário Centeno, ministro das Finanças, na manhã desta quarta-feira, na Assembleia da República. Na audição regimental na Comissão de Trabalho e Segurança Social, Mário Centeno disse que "entramos na quarta sessão legislativa desta legislatura assistindo à mais significativa recuperação das condições laborais em mais de 15 anos", com melhorias "visíveis" no setor público e no setor privado.

O ministro elencou todas as medidas que têm beneficiado, em concreto, os trabalhadores da Administração Pública, como a reposição das 35 horas, ou o descongelamento das carreiras.

E frisou que "a despesa com pessoal das Administrações Públicas aumentará 1950 milhões de euros ao longo da legislatura". Mário Centeno lembrou que "nos 13 anos anteriores (desde 2002) esta despesa aumentou apenas 170 milhões de euros. São mais 11 vezes em apenas 4 anos do que nos 13 anos anteriores".

Mais ainda, "o salário horário médio dos trabalhadores da Administração Pública aumentou cerca de 20% em apenas 4 anos", destacou Mário Centeno. Um aumento que tem a ver, por exemplo, com medidas como a reversão dos cortes salariais ou o descongelamento das carreiras a partir de 2018.

Sobre o descongelamento das carreiras, o ministro salientou que "permitiu, já em 2018, que perto de 350 mil trabalhadores tenham registado valorizações salariais".

Perspetivando 2019, Mário Centeno revelou que, no próximo ano, "com o novo biénio de avaliações e com o reposicionamento dos 70 mil trabalhadores com salários abaixo dos 635 euros, este número pode subir para mais de 500 mil". Assim, no espaço de dois anos, cerca de 75% dos trabalhadores do Estado verão os seus salários aumentar, contabiliza.

Sindicatos querem aumentos para todos

Apesar destes números, os sindicatos da Administração Pública têm vindo a subir o tom da contestação e não aceitam que não haja aumentos salariais para todos os trabalhadores.

Isto porque o Governo optou por concentrar os 50 milhões de euros reservados para aumentos salariais em 2019 no aumento do salário mínimo na Administração Pública para os 635 euros mensais.

Mário Centeno frisou, contudo, no Parlamento que "em 2019 a remuneração média na Administração Pública crescerá perto de 3,7%. As progressões na carreira serão uma realidade em dois anos consecutivos. Pela primeira vez em 10 anos".

E acrescentou: "Os trabalhadores com salários mais baixos beneficiarão de uma valorização adicional, repondo um diferencial para com o salário mínimo nacional que se havia perdido nos últimos anos".

No Parlamento, os partidos da oposição, tanto o PSD, como o CDS-PP, lembraram o forte aumento da contestação na função pública. Carla Barros, deputada do PSD, destacou "as greves que paralisam o país" e Filipe Anacoreta Correia, deputado do CDS-PP, frisou o forte aumento dos pré-avisos de greve, frisando que os trabalhadores "não sentem as melhorias" de que o Governo fala.

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