O negociador nato que quer repetir a proeza de unir patrões e sindicatos

05-12-2015
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A escolha de José Vieira da Silva para liderar o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS) não apanhou ninguém de surpresa. O economista de formação é um negociador nato, governante experiente e perito na área que tutela. Ligado à ala esquerda do PS, é um dos homens do aparelho e conselheiro de António Costa para as áreas económicas.

Aos 62 anos, regressa ao cargo que ocupou no primeiro governo de José Sócrates, entre 2005 e 2009. Foi o protagonista de uma das mais importantes reformas da Segurança Social que mereceu o acordo dos parceiros sociais (à excepção da CGTP) e elogios da comunidade internacional.

Nessa altura, Vieira da Silva conseguiu a assinatura de todas as confederações patronais e centrais sindicais na concertação social para um acordo de médio prazo com vista ao aumento do salário mínimo nacional. Um tema que muito em breve voltará a estar em discussão. Na próxima quinta-feira Vieira da Silva senta-se com patrões e sindicatos para o início da negociação da actualização do salário mínimo para que este atinja os 600 euros em 2019.

Com uma pasta sensível e complexa, além de ter de enfrentar os parceiros sociais, terá de estar na linha da frente nas negociações com os partidos da esquerda no Parlamento.

Licenciado em Economia e professor convidado no ISCTE, a sua vida na política começou cedo. E em 1999 foi secretário de Estado das Obras Públicas e depois da Segurança Social do governo de António Guterres. A liderar o Ministério nessa altura estava Ferro Rodrigues, o actual presidente da Assembleia da República, de quem é próximo.

Em 2009, depois da perda da maioria absoluta do governo de José Sócrates, Vieira da Silva manteve-se no executivo, mas desta vez com a Economia, que deixou em 2011 para passar ao Parlamento.

Para a sua equipa no Ministério escolheu dois ex-alunos seus do ISCTE, Miguel Cabrita, de 39 anos, e Claúdia Joaquim, de 40. O primeiro para secretário de Estado do Emprego, a segunda para secretária de Estado da Segurança Social. Por sua vez, Ana Sofia Antunes, de 34 anos, será a secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência e a primeira cega num governo português.

Miguel Cabrita é licenciado em sociologia e é professor de Políticas Políticas Públicas e Sociais no ISCTE. Integra a comissão nacional do PS e colaborou na preparação das medidas do programa eleitoral socialista. Investigador nas áreas da sociologia da família, políticas sociais e Estado-providência, exerceu funções de adjunto de Paulo Pedroso, quando este ocupava a secretaria de Estado da Formação, no governo de Guterres. Mais tarde, foi adjunto de Vieira da Silva no primeiro governo de Sócrates e chegou a ter o blogue “O País Relativo” com Mariana Vieira da Silva, actual secretária de Estado Adjunta do Primeiro-Ministro, entre outros.

Já Cláudia Joaquim - que terminou esta semana a tese de mestrado na área das políticas públicas no ISCTE com 19 valores - deixou o cargo de assessora parlamentar do PS, onde estava desde Janeiro de 2014, para ocupar agora a secretaria de Estado da Segurança Social. A economista é autora, com Pedro Adão e Silva e Mariana Trigo Pereira, do documento “O programa de assistência económica e financeira e as pensões”, de 2014, do Fórum de Políticas Públicas do ISCTE.

Ana Sofia Antunes é provedora do cliente da EMEL e reputada activista, é presidente da ACAPO - Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal e diz que prefere o termo “cego” a “invisual”. Integrou as listas do PS por Lisboa, mas não chegou a ser eleita. Licenciada em Direito, trabalhou na Câmara de Lisboa ao lado de Helena Roseta, durante a presidência de António Costa.

A escolha de José Vieira da Silva para liderar o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS) não apanhou ninguém de surpresa. O economista de formação é um negociador nato, governante experiente e perito na área que tutela. Ligado à ala esquerda do PS, é um dos homens do aparelho e conselheiro de António Costa para as áreas económicas.

Aos 62 anos, regressa ao cargo que ocupou no primeiro governo de José Sócrates, entre 2005 e 2009. Foi o protagonista de uma das mais importantes reformas da Segurança Social que mereceu o acordo dos parceiros sociais (à excepção da CGTP) e elogios da comunidade internacional.

Nessa altura, Vieira da Silva conseguiu a assinatura de todas as confederações patronais e centrais sindicais na concertação social para um acordo de médio prazo com vista ao aumento do salário mínimo nacional. Um tema que muito em breve voltará a estar em discussão. Na próxima quinta-feira Vieira da Silva senta-se com patrões e sindicatos para o início da negociação da actualização do salário mínimo para que este atinja os 600 euros em 2019.

Com uma pasta sensível e complexa, além de ter de enfrentar os parceiros sociais, terá de estar na linha da frente nas negociações com os partidos da esquerda no Parlamento.

Licenciado em Economia e professor convidado no ISCTE, a sua vida na política começou cedo. E em 1999 foi secretário de Estado das Obras Públicas e depois da Segurança Social do governo de António Guterres. A liderar o Ministério nessa altura estava Ferro Rodrigues, o actual presidente da Assembleia da República, de quem é próximo.

Em 2009, depois da perda da maioria absoluta do governo de José Sócrates, Vieira da Silva manteve-se no executivo, mas desta vez com a Economia, que deixou em 2011 para passar ao Parlamento.

Para a sua equipa no Ministério escolheu dois ex-alunos seus do ISCTE, Miguel Cabrita, de 39 anos, e Claúdia Joaquim, de 40. O primeiro para secretário de Estado do Emprego, a segunda para secretária de Estado da Segurança Social. Por sua vez, Ana Sofia Antunes, de 34 anos, será a secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência e a primeira cega num governo português.

Miguel Cabrita é licenciado em sociologia e é professor de Políticas Políticas Públicas e Sociais no ISCTE. Integra a comissão nacional do PS e colaborou na preparação das medidas do programa eleitoral socialista. Investigador nas áreas da sociologia da família, políticas sociais e Estado-providência, exerceu funções de adjunto de Paulo Pedroso, quando este ocupava a secretaria de Estado da Formação, no governo de Guterres. Mais tarde, foi adjunto de Vieira da Silva no primeiro governo de Sócrates e chegou a ter o blogue “O País Relativo” com Mariana Vieira da Silva, actual secretária de Estado Adjunta do Primeiro-Ministro, entre outros.

Já Cláudia Joaquim - que terminou esta semana a tese de mestrado na área das políticas públicas no ISCTE com 19 valores - deixou o cargo de assessora parlamentar do PS, onde estava desde Janeiro de 2014, para ocupar agora a secretaria de Estado da Segurança Social. A economista é autora, com Pedro Adão e Silva e Mariana Trigo Pereira, do documento “O programa de assistência económica e financeira e as pensões”, de 2014, do Fórum de Políticas Públicas do ISCTE.

Ana Sofia Antunes é provedora do cliente da EMEL e reputada activista, é presidente da ACAPO - Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal e diz que prefere o termo “cego” a “invisual”. Integrou as listas do PS por Lisboa, mas não chegou a ser eleita. Licenciada em Direito, trabalhou na Câmara de Lisboa ao lado de Helena Roseta, durante a presidência de António Costa.

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