Câmara Corporativa: "Agenda progressista"

23-05-2019
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Na troca de ideias com Rui Pena Pires sobre o financiamento das universidades, João Rodrigues elenca um conjunto de propostas sobre a fiscalidade que, suponho, não anda longe das que o BE vem apresentando nesta matéria.Num dos pontos do que apelida de “agenda progressista”, João Rodrigues afirma: “bancos a pagar IRC como as outras empresas (e não uns vergonhosos 13%)”.A taxa efectiva de IRC das instituições financeiras (bancos e seguradoras) não é, nem de perto nem de longe, os “vergonhosos 13%” referidos por João Rodrigues.É cedo para se conhecerem os resultados de 2007 e os de 2006 ainda não constam do site do fisco. Mas é de admitir, não tendo havido alterações legislativas significativas, que a taxa efectiva de IRC de 2006 não seja muito diferente da que se verificou em 2005.Eis as taxas efectivas de IRC das instituições financeiras nos três últimos anos: • Em 2003, 23 por cento;• Em 2004, 18 por cento;• Em 2005, 20 por cento.É de notar que o Governo de Durão Barroso baixou a taxa nominal de IRC em 2004 (artigo 30º da Lei n.º 107-B/2003, de 31 de Dezembro): passou de 30 para 25 por cento. Significa que, entre a taxa nominal e a taxa efectiva, houve uma diferença de sete por cento em 2003, igualmente sete por cento de diferença em 2004 e de cinco por cento em 2005.Acresce que a taxa efectiva das instituições financeiras em 2005 (20 por cento) é superior à taxa efectiva global (17 por cento). São as instituições financeiras favorecidas em termos fiscais, como sustentam repetidamente o PCP ou o BE?___________Nota — A discussão dos outros pontos da “agenda progressista” enunciada por João Rodrigues fica para outra oportunidade, embora adiante que nem todas me pareçam ser suficientemente consistentes.


Na troca de ideias com Rui Pena Pires sobre o financiamento das universidades, João Rodrigues elenca um conjunto de propostas sobre a fiscalidade que, suponho, não anda longe das que o BE vem apresentando nesta matéria.Num dos pontos do que apelida de “agenda progressista”, João Rodrigues afirma: “bancos a pagar IRC como as outras empresas (e não uns vergonhosos 13%)”.A taxa efectiva de IRC das instituições financeiras (bancos e seguradoras) não é, nem de perto nem de longe, os “vergonhosos 13%” referidos por João Rodrigues.É cedo para se conhecerem os resultados de 2007 e os de 2006 ainda não constam do site do fisco. Mas é de admitir, não tendo havido alterações legislativas significativas, que a taxa efectiva de IRC de 2006 não seja muito diferente da que se verificou em 2005.Eis as taxas efectivas de IRC das instituições financeiras nos três últimos anos: • Em 2003, 23 por cento;• Em 2004, 18 por cento;• Em 2005, 20 por cento.É de notar que o Governo de Durão Barroso baixou a taxa nominal de IRC em 2004 (artigo 30º da Lei n.º 107-B/2003, de 31 de Dezembro): passou de 30 para 25 por cento. Significa que, entre a taxa nominal e a taxa efectiva, houve uma diferença de sete por cento em 2003, igualmente sete por cento de diferença em 2004 e de cinco por cento em 2005.Acresce que a taxa efectiva das instituições financeiras em 2005 (20 por cento) é superior à taxa efectiva global (17 por cento). São as instituições financeiras favorecidas em termos fiscais, como sustentam repetidamente o PCP ou o BE?___________Nota — A discussão dos outros pontos da “agenda progressista” enunciada por João Rodrigues fica para outra oportunidade, embora adiante que nem todas me pareçam ser suficientemente consistentes.

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