“A dor e a humilhação manifestam-se mais quando lhe beliscam o ego do que quando agridem a soco uma mulher": as reacções a Neto de Moura

15-06-2019
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Bruno Nogueira está entre as figuras públicas que Neto de Moura ameaça processar, mas, ao Expresso, o humorista reage com ironia: "Aparentemente, segundo Neto de Moura, a dor e a humilhação manifestam-se mais quado lhe beliscam o ego do que quando agridem a soco o tímpano de uma mulher".

O humorista é co-autor, com João Quadros, do programa "Tubo de Ensaio", que também já tinha reagido na rede social twitter com uma promessa, em jeito de desafio: "Estamos mesmo arrependidos de só ter feito este. Para a semana fazemos mais".

A notícia avançada este sábado pelo jornal Expresso também levou Mariana Mortágia a reagir nas redes sociais: "Um juiz machista que coloca em causa a segurança das mulheres não deixa de ser um juiz machista que coloca em causa a segurança das mulheres só porque se ofende que digam que é um juiz machista que coloca em causa a segurança das mulheres", comentou Mariana Mortágua na sua página na rede social Twitter.

A coordenadora do Bloco de Esquerda, durante uma visita a Amarante, também se pronunciou sobre o juiz Neto de Moura. "Eu acho que o juiz Neto de Moura vai ter de processar a maioria do país, porque neste país as pessoas sabem que a violência doméstica é um crime e as sentenças do juiz Neto de Moura tentam legitimar e atenuar a violência doméstica, humilhando mulheres, e isso é inaceitável", afirmou, citada pela Lusa.

"O que grave é que alguém como Neto Moura continue a ser um juiz. Eu acho que, com todo o respeito pela separação de poderes, a magistratura tem de olhar para este caso, porque Neto Moura continuar a produzir as sentenças que tem produzido é um insulto a todos os magistrados deste século", afirmou ainda Catarina Martins.

Sem presença ativa nas redes sociais, Ricardo Araújo Pereira optou por fazer declarações ao jornal “Público”, ao qual referiu que irá continuar a falar sobre o juiz. "É o meu trabalho”. Aliás, diz o humorista, "ele tem o direito de se sentir ofendido, eu tenho o direito de dizer coisas que potencialmente o ofendem. Há pessoas que acham que têm o direito a não ser ofendidas. É impossível não ofender pessoas. Ele ofende-me com as considerações que faz nos acórdãos. E tem todo o direito de se sentir ofendido com o que eu digo. Vivemos numa sociedade aberta e isso é mesmo assim!"

Por seu turno, Fernanda Câncio usou o Twitter para comentar a situação, mas não resistiu a usar também o humor nas suas publicações. “Tenho uma ideia para o juiz Neto de Moura: era fazer uma lista de quem não disse mal dele. Tenho a certeza de que há alguém. Pelo menos a familia e a associação sindical dos juízes. E processa todo o resto do país. É pedir as listas de eleitores e vai por ali fora”, escreveu na rede social, mostrando a dimensão das críticas — e do número de críticos contra Neto de Moura.

Recorde-se que o advogado do juiz Neto de Moura, Ricardo Serrano Vieira, disse ao Expresso estar a analisar publicações nas redes sociais e artigos de opinião na comunicação social. "O objetivo é processar todos os que extravasaram os limites da liberdade de expressão", declarou.

Bruno Nogueira está entre as figuras públicas que Neto de Moura ameaça processar, mas, ao Expresso, o humorista reage com ironia: "Aparentemente, segundo Neto de Moura, a dor e a humilhação manifestam-se mais quado lhe beliscam o ego do que quando agridem a soco o tímpano de uma mulher".

O humorista é co-autor, com João Quadros, do programa "Tubo de Ensaio", que também já tinha reagido na rede social twitter com uma promessa, em jeito de desafio: "Estamos mesmo arrependidos de só ter feito este. Para a semana fazemos mais".

A notícia avançada este sábado pelo jornal Expresso também levou Mariana Mortágia a reagir nas redes sociais: "Um juiz machista que coloca em causa a segurança das mulheres não deixa de ser um juiz machista que coloca em causa a segurança das mulheres só porque se ofende que digam que é um juiz machista que coloca em causa a segurança das mulheres", comentou Mariana Mortágua na sua página na rede social Twitter.

A coordenadora do Bloco de Esquerda, durante uma visita a Amarante, também se pronunciou sobre o juiz Neto de Moura. "Eu acho que o juiz Neto de Moura vai ter de processar a maioria do país, porque neste país as pessoas sabem que a violência doméstica é um crime e as sentenças do juiz Neto de Moura tentam legitimar e atenuar a violência doméstica, humilhando mulheres, e isso é inaceitável", afirmou, citada pela Lusa.

"O que grave é que alguém como Neto Moura continue a ser um juiz. Eu acho que, com todo o respeito pela separação de poderes, a magistratura tem de olhar para este caso, porque Neto Moura continuar a produzir as sentenças que tem produzido é um insulto a todos os magistrados deste século", afirmou ainda Catarina Martins.

Sem presença ativa nas redes sociais, Ricardo Araújo Pereira optou por fazer declarações ao jornal “Público”, ao qual referiu que irá continuar a falar sobre o juiz. "É o meu trabalho”. Aliás, diz o humorista, "ele tem o direito de se sentir ofendido, eu tenho o direito de dizer coisas que potencialmente o ofendem. Há pessoas que acham que têm o direito a não ser ofendidas. É impossível não ofender pessoas. Ele ofende-me com as considerações que faz nos acórdãos. E tem todo o direito de se sentir ofendido com o que eu digo. Vivemos numa sociedade aberta e isso é mesmo assim!"

Por seu turno, Fernanda Câncio usou o Twitter para comentar a situação, mas não resistiu a usar também o humor nas suas publicações. “Tenho uma ideia para o juiz Neto de Moura: era fazer uma lista de quem não disse mal dele. Tenho a certeza de que há alguém. Pelo menos a familia e a associação sindical dos juízes. E processa todo o resto do país. É pedir as listas de eleitores e vai por ali fora”, escreveu na rede social, mostrando a dimensão das críticas — e do número de críticos contra Neto de Moura.

Recorde-se que o advogado do juiz Neto de Moura, Ricardo Serrano Vieira, disse ao Expresso estar a analisar publicações nas redes sociais e artigos de opinião na comunicação social. "O objetivo é processar todos os que extravasaram os limites da liberdade de expressão", declarou.

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