À terça é dia de comité central em S. Bento

25-05-2016
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Mário Centeno tem estado quase sempre presente, mas não faz parte dos ‘oito magníficos’, o grupo que se reúne às terças-feiras de manhã para fazer a coordenação política do Governo. Mas com um draft de orçamento que tem que ser enviado a Bruxelas - e um Orçamento do Estado para entregar no Parlamento -, Centeno tem sido um habitué nos encontros semanais marcados por António Costa para preparar a estratégia política do Executivo, embora não tenha assento permanente nesta espécie de Comité Central de coordenação política.

Segundo o SOL apurou junto de fontes governamentais, além do primeiro-ministro, fazem parte deste grupo que se reúne todas as terças-feiras pela manhãzinha o ministro Adjunto Eduardo Cabrita - um dos homens-fortes de António Costa e um dos seus mais próximos - , Augusto Santos Silva (ministro dos Negócios Estrangeiros), Carlos César (líder parlamentar), Vieira da Silva (ministro do Trabalho), Maria Manuel Leitão Marques (Presidência e Modernização Administrativa) Pedro Nuno Santos (secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares) e Mariana Vieira da Silva (secretária de Estado adjunta do primeiro-ministro).

À terça por causa de César

Mas, tal como tem acontecido com Mário Centeno, presença mais assídua, outros ministros têm assento na reunião de coordenação política conforme o assunto setorial que estiver na agenda imediata.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros é, por natureza, quase consensual - e dificilmente está no olho do furacão político. Mas António Costa não quis desperdiçar o gosto de Santos Silva para, entre outras coisas, «malhar na direita» - a expressão que o próprio usou numa longínqua reunião com militantes socialistas, em 2009, ainda no tempo do governo Sócrates.

As reuniões de coordenação política do Executivo não são realizadas à segunda-feira por uma razão simples: o líder parlamentar, Carlos César, com residência nos Açores, tem dificuldade de estar em Lisboa às segundas de manhãzinha. E Carlos César não é um líder parlamentar qualquer: não sendo ministro, é uma espécie de número dois da ‘geringonça’ que tem Costa no leme: é presidente do partido e o papel de líder parlamentar, num momento complexo em que o Governo é suportado por uma maioria de esquerda, é essencial para o regular funcionamento da instituição.

Vieira da Silva, o atual ministro do Trabalho, já fazia parte das reuniões de coordenação política de Sócrates. António Costa tem recorrido à sua experiência, não só como ministro mas também como estratega político. Agora, está neste tipo de reuniões acompanhado pela filha Mariana Vieira da Silva.

Já Pedro Nuno Santos, que tutela os Assuntos Parlamentares, é o interlocutor principal dos partidos que apoiam o Governo, o BE e o PCP. Não foi por acaso que Costa o escolheu: sendo representante de uma ala esquerda do PS - mais à esquerda do que António Costa - Pedro Nuno Santos tem a confiança do BE e do PCP que alguém com um perfil mais à direita dificilmente teria.

Mas Pedro Nuno Santos não é o único interlocutor dos partidos à esquerda do PS: o que está estipulado no Governo é que, quando o assunto a articular com PCP e BE seja de âmbito setorial, os próprios ministros podem entrar em diálogo direto com aqueles partidos - mas sempre passando por Pedro Nuno.

Finalmente, Maria Manuel Leitão Marques: a ‘mãe’ do Simplex é há muitos anos uma das pessoas em que António Costa mais confia, desde os governos de Sócrates.

Mário Centeno tem estado quase sempre presente, mas não faz parte dos ‘oito magníficos’, o grupo que se reúne às terças-feiras de manhã para fazer a coordenação política do Governo. Mas com um draft de orçamento que tem que ser enviado a Bruxelas - e um Orçamento do Estado para entregar no Parlamento -, Centeno tem sido um habitué nos encontros semanais marcados por António Costa para preparar a estratégia política do Executivo, embora não tenha assento permanente nesta espécie de Comité Central de coordenação política.

Segundo o SOL apurou junto de fontes governamentais, além do primeiro-ministro, fazem parte deste grupo que se reúne todas as terças-feiras pela manhãzinha o ministro Adjunto Eduardo Cabrita - um dos homens-fortes de António Costa e um dos seus mais próximos - , Augusto Santos Silva (ministro dos Negócios Estrangeiros), Carlos César (líder parlamentar), Vieira da Silva (ministro do Trabalho), Maria Manuel Leitão Marques (Presidência e Modernização Administrativa) Pedro Nuno Santos (secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares) e Mariana Vieira da Silva (secretária de Estado adjunta do primeiro-ministro).

À terça por causa de César

Mas, tal como tem acontecido com Mário Centeno, presença mais assídua, outros ministros têm assento na reunião de coordenação política conforme o assunto setorial que estiver na agenda imediata.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros é, por natureza, quase consensual - e dificilmente está no olho do furacão político. Mas António Costa não quis desperdiçar o gosto de Santos Silva para, entre outras coisas, «malhar na direita» - a expressão que o próprio usou numa longínqua reunião com militantes socialistas, em 2009, ainda no tempo do governo Sócrates.

As reuniões de coordenação política do Executivo não são realizadas à segunda-feira por uma razão simples: o líder parlamentar, Carlos César, com residência nos Açores, tem dificuldade de estar em Lisboa às segundas de manhãzinha. E Carlos César não é um líder parlamentar qualquer: não sendo ministro, é uma espécie de número dois da ‘geringonça’ que tem Costa no leme: é presidente do partido e o papel de líder parlamentar, num momento complexo em que o Governo é suportado por uma maioria de esquerda, é essencial para o regular funcionamento da instituição.

Vieira da Silva, o atual ministro do Trabalho, já fazia parte das reuniões de coordenação política de Sócrates. António Costa tem recorrido à sua experiência, não só como ministro mas também como estratega político. Agora, está neste tipo de reuniões acompanhado pela filha Mariana Vieira da Silva.

Já Pedro Nuno Santos, que tutela os Assuntos Parlamentares, é o interlocutor principal dos partidos que apoiam o Governo, o BE e o PCP. Não foi por acaso que Costa o escolheu: sendo representante de uma ala esquerda do PS - mais à esquerda do que António Costa - Pedro Nuno Santos tem a confiança do BE e do PCP que alguém com um perfil mais à direita dificilmente teria.

Mas Pedro Nuno Santos não é o único interlocutor dos partidos à esquerda do PS: o que está estipulado no Governo é que, quando o assunto a articular com PCP e BE seja de âmbito setorial, os próprios ministros podem entrar em diálogo direto com aqueles partidos - mas sempre passando por Pedro Nuno.

Finalmente, Maria Manuel Leitão Marques: a ‘mãe’ do Simplex é há muitos anos uma das pessoas em que António Costa mais confia, desde os governos de Sócrates.

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