Gabinetes de estatística e planeamento em vários ministérios vão receber mil técnicos especializados – Observador

09-07-2019
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Mariana Vieira da Silva não hesita em afirmar que “tem que ser revista” a regra que diz que só entra um funcionário nos quadros do Estado por cada dois que saem e que foi adoptada há vinte anos.

A entrada de mil funcionários públicos nos quadros do Estado para os gabinetes de estatística e planeamento deverá estar para breve. A notícia é avançada pela ministra da Presidência e da Modernização Administrativa que, em entrevista ao Público, garante estar “em vias de abrir” um concurso público para a contratação de “mil técnicos especializados nas áreas da estatística, da gestão, do planeamento e jurídicas”, que servirá vários ministérios.

Segundo a ministra, o principal objetivo do concurso é “reforçar os centros de competências, os gabinetes de estatística e de planeamento e as diversas direções gerais que fazem trabalho de estatística, planeamento e de desenho de políticas públicas”. A notícia da contratação de mil funcionários já tinha sido anunciada em meados de junho, mas restava saber em que serviços iriam abrir essas vagas.

Agora, explica Mariana Vieira da Silva, o Governo concretiza “um compromisso assumido no Programa de Estabilidade” aprovado este ano.

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O Executivo pretende também assim, argumentou ainda a ministra, investir desde já na recuperação dos serviços públicos, uma linha de ação que o primeiro-ministro anunciou como prioridade caso o Partido Socialista ganhe as legislativas.

Mariana Vieira da Silva defende ainda que “tem de ser revista” a regra segundo a qual só entra um funcionário nos quadros do Estado por cada dois que saem, até porque “há um envelhecimento que traz dificuldades” à prestação de serviços. Adotada há duas décadas, a regra foi posta em prática por Alberto Martins, na altura em que titulava a pasta da então Reforma Administrativa do segundo governo de António Guterres.

No entanto, ressalva, na Saúde e na Educação o Governo não tem seguido essa regras: “O Governo definiu uma prioridade, com a qual acho que todos os portugueses concordam. […] Foi que o reforço de funcionários públicos, nesta primeira fase, fosse feito na Saúde e na Educação. Temos hoje mais sete mil funcionários nas escolas, principalmente professores, e mais dez mil profissionais na saúde, nos centros de saúde e nos hospitais.”

O passo seguinte é “olhar para o recrutamento da forma centralizada, como acontece neste concurso, para se saber que este crescimento cumpre a capacidade de todo o Estado responder, e não apenas de setores como a Saúde e a Educação”.

Em declarações à Rádio Observador, José Abraão, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP), considera que toda a renovação dos quadros “é positiva”. No entanto, diz que apesar de importantes, “isoladas são pequenos contributos”. Já se forem “integradas numa política diferente de valorização de recursos humanos e valorização de salários, e de procurar atrair os melhores para os serviços públicos pode ser importante para no futuro se melhorar os serviços prestados às populações”, conclui.

Mariana Vieira da Silva não hesita em afirmar que “tem que ser revista” a regra que diz que só entra um funcionário nos quadros do Estado por cada dois que saem e que foi adoptada há vinte anos.

A entrada de mil funcionários públicos nos quadros do Estado para os gabinetes de estatística e planeamento deverá estar para breve. A notícia é avançada pela ministra da Presidência e da Modernização Administrativa que, em entrevista ao Público, garante estar “em vias de abrir” um concurso público para a contratação de “mil técnicos especializados nas áreas da estatística, da gestão, do planeamento e jurídicas”, que servirá vários ministérios.

Segundo a ministra, o principal objetivo do concurso é “reforçar os centros de competências, os gabinetes de estatística e de planeamento e as diversas direções gerais que fazem trabalho de estatística, planeamento e de desenho de políticas públicas”. A notícia da contratação de mil funcionários já tinha sido anunciada em meados de junho, mas restava saber em que serviços iriam abrir essas vagas.

Agora, explica Mariana Vieira da Silva, o Governo concretiza “um compromisso assumido no Programa de Estabilidade” aprovado este ano.

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O Executivo pretende também assim, argumentou ainda a ministra, investir desde já na recuperação dos serviços públicos, uma linha de ação que o primeiro-ministro anunciou como prioridade caso o Partido Socialista ganhe as legislativas.

Mariana Vieira da Silva defende ainda que “tem de ser revista” a regra segundo a qual só entra um funcionário nos quadros do Estado por cada dois que saem, até porque “há um envelhecimento que traz dificuldades” à prestação de serviços. Adotada há duas décadas, a regra foi posta em prática por Alberto Martins, na altura em que titulava a pasta da então Reforma Administrativa do segundo governo de António Guterres.

No entanto, ressalva, na Saúde e na Educação o Governo não tem seguido essa regras: “O Governo definiu uma prioridade, com a qual acho que todos os portugueses concordam. […] Foi que o reforço de funcionários públicos, nesta primeira fase, fosse feito na Saúde e na Educação. Temos hoje mais sete mil funcionários nas escolas, principalmente professores, e mais dez mil profissionais na saúde, nos centros de saúde e nos hospitais.”

O passo seguinte é “olhar para o recrutamento da forma centralizada, como acontece neste concurso, para se saber que este crescimento cumpre a capacidade de todo o Estado responder, e não apenas de setores como a Saúde e a Educação”.

Em declarações à Rádio Observador, José Abraão, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP), considera que toda a renovação dos quadros “é positiva”. No entanto, diz que apesar de importantes, “isoladas são pequenos contributos”. Já se forem “integradas numa política diferente de valorização de recursos humanos e valorização de salários, e de procurar atrair os melhores para os serviços públicos pode ser importante para no futuro se melhorar os serviços prestados às populações”, conclui.

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