Brexit. Santos Silva vê perspetivas de um acordo esta quarta-feira

18-10-2019
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O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, vê "perspetivas" de um acordo sobre o 'Brexit' ser alcançado esta quarta-feira, sobretudo depois do adiamento da reunião dos negociadores europeus com os embaixadores dos Estados-membros.

Santos Silva disse ter recebido informação de que a reunião entre o negociador-chefe da União Europeia (UE) para o 'Brexit', Michel Barnier, com os embaixadores dos 27 Estados-membros prevista para as 16h00 desta quarta-feira foi adiada, o que, estando a decorrer negociações intensas com Londres, considera permitir supor que se deva "à possibilidade de fechar alguns pontos" ainda em aberto.

"Quero apenas dizer que as perspetivas são as de que as negociações possam concluir-se com alguma forma de acordo. As equipas negociais estão a trabalhar intensamente (...) e o adiamento da reunião prevista para o inicio da tarde (...) deve-se justamente à possibilidade de poder fechar alguns pontos que ainda estão em aberto", disse o ministro aos jornalistas no Parlamento.

"Neste momento não sei dizer qual vai ser o resultado final, sei apenas dizer que espero, e esperamos todos em Portugal, que o resultado de um acordo possa ser alcançado", acrescentou.

O ministro recusou contudo dizer se as informações que recebe o deixam confiante, respondendo que "não tem dotes de adivinhação" e que todos quantos acompanham o processo de saída do Reino Unido da UE, iniciado em junho de 2016, sabem que "é mais razoável fazer apostas nos resultados de jogos que previsões no processo de 'Brexit'".

Portugal defende “extensão prolongada”

Sobre um eventual adiamento da data de saída, o ministro, que foi esta quarta-feira ouvido nas comissões de Assuntos Europeus e dos Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas sobre o Conselho Europeu de quinta e sexta-feira, repetiu que Portugal está disponível e defende mesmo "uma extensão prolongada", e não "adiamentos aos soluços", que permita "tempo necessário para chegar a um acordo".

Nas declarações que fez depois aos jornalistas, Santos Silva manteve também nesta matéria o tom cauteloso, frisando que há neste momento "várias possibilidades em aberto" e evocando a declaração, horas antes, de Londres, de que se não houver acordo, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, pedirá um adiamento.

Mesmo com acordo, disse, "os dirigentes europeus terão que dar a sua validação politica" e os parlamentos britânico e europeu a sua aprovação, pelo que "é muito possível que mesmo que haja acordo seja necessária uma extensão do prazo".

As negociações entre o Governo britânico e Bruxelas intensificaram-se na semana passada após um encontro de Boris Johnson com o homólogo irlandês, Leo Varadkar, no sentido de encontrar uma solução antes do Conselho Europeu de quinta e sexta-feira e para concluir o processo do 'Brexit' até ao prazo de 31 de outubro.

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, vê "perspetivas" de um acordo sobre o 'Brexit' ser alcançado esta quarta-feira, sobretudo depois do adiamento da reunião dos negociadores europeus com os embaixadores dos Estados-membros.

Santos Silva disse ter recebido informação de que a reunião entre o negociador-chefe da União Europeia (UE) para o 'Brexit', Michel Barnier, com os embaixadores dos 27 Estados-membros prevista para as 16h00 desta quarta-feira foi adiada, o que, estando a decorrer negociações intensas com Londres, considera permitir supor que se deva "à possibilidade de fechar alguns pontos" ainda em aberto.

"Quero apenas dizer que as perspetivas são as de que as negociações possam concluir-se com alguma forma de acordo. As equipas negociais estão a trabalhar intensamente (...) e o adiamento da reunião prevista para o inicio da tarde (...) deve-se justamente à possibilidade de poder fechar alguns pontos que ainda estão em aberto", disse o ministro aos jornalistas no Parlamento.

"Neste momento não sei dizer qual vai ser o resultado final, sei apenas dizer que espero, e esperamos todos em Portugal, que o resultado de um acordo possa ser alcançado", acrescentou.

O ministro recusou contudo dizer se as informações que recebe o deixam confiante, respondendo que "não tem dotes de adivinhação" e que todos quantos acompanham o processo de saída do Reino Unido da UE, iniciado em junho de 2016, sabem que "é mais razoável fazer apostas nos resultados de jogos que previsões no processo de 'Brexit'".

Portugal defende “extensão prolongada”

Sobre um eventual adiamento da data de saída, o ministro, que foi esta quarta-feira ouvido nas comissões de Assuntos Europeus e dos Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas sobre o Conselho Europeu de quinta e sexta-feira, repetiu que Portugal está disponível e defende mesmo "uma extensão prolongada", e não "adiamentos aos soluços", que permita "tempo necessário para chegar a um acordo".

Nas declarações que fez depois aos jornalistas, Santos Silva manteve também nesta matéria o tom cauteloso, frisando que há neste momento "várias possibilidades em aberto" e evocando a declaração, horas antes, de Londres, de que se não houver acordo, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, pedirá um adiamento.

Mesmo com acordo, disse, "os dirigentes europeus terão que dar a sua validação politica" e os parlamentos britânico e europeu a sua aprovação, pelo que "é muito possível que mesmo que haja acordo seja necessária uma extensão do prazo".

As negociações entre o Governo britânico e Bruxelas intensificaram-se na semana passada após um encontro de Boris Johnson com o homólogo irlandês, Leo Varadkar, no sentido de encontrar uma solução antes do Conselho Europeu de quinta e sexta-feira e para concluir o processo do 'Brexit' até ao prazo de 31 de outubro.

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