Augusto Santos Silva: maioria dos portugueses que emigraram está em mobilidade

21-12-2018
marcar artigo

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, pediu esta sexta-feira que se aprofunde o Conselho da Diáspora Portuguesa como "um importante instrumento diplomático português".

"Não me esqueço da importância que o Conselho da Diáspora teve quando, em 2012, foi formado no auge da crise", frisou o governante, na sessão de abertura do sexto Encontro Anual deste organismo, que decorre no Palácio da Cidadela, em Cascais.

No ano passado, "uma das grandes realizações em matérias internacionais, em Lisboa, foi o Fórum EuroÁfrica", disse, acrescentando que já olha para a próxima edição como uma nova "oportunidade de valorizar o relacionamento entre o nosso país e o conjunto do continente africano e o papel que Portugal têm como pivô da relação mais geral entre a Europa e África".

À plateia de portugueses destacados no mundo, Augusto Santos Silva, que soma o cargo de vice-presidente honorário do Conselho da Diáspora Portuguesa, destaca que "o número dos emigrantes temporários é duas vezes superior aos emigrantes permanentes" e terá tendência a ser "cada vez mais crescente".

E, detalhou: "Que nós saibamos, há portugueses a viver em 178 países diferentes do mundo e nacionais de 185 diferentes do mundo a viver hoje em Portugal e damo-nos bem com isso. Evidentemente, nas sucessivas vagas de emigração foram sendo constituídas comunidades portuguesas". "Aos dois milhões e 300 mil naturais de Portugal que residem no estrangeiro, se somarmos os que são filhos e netos de portugueses, chegamos perto dos seis milhões. Estas comunidades são muito fortes, estão muito enraizadas e são um exemplo claro, concreto e real de que é possível estar integrado numa sociedade que nos acolhe sem perder o vínculo com o país a que pertencemos e do qual partimos", diz.

"Precisamos de trazer para cá aquilo em que Portugal é extremamente deficitário", disse ainda, referindo-se à importância de instrumentos que permitam atrair capital económico e humano.

Para Augusto Santos Silva, Portugal deve ser "um centro internacional de formação de não-europeus". "Evidentemente, para o grande universo da CPLP , mas também para o grande universo ibero-americano", completou.

O Conselho da Diáspora Portuguesa está hoje reunido para debater o talento português e a atração de investimento, com a presença de diversos líderes empresariais, membros do Governo e personalidades institucionais nacionais. Como habitualmente, o encontro contará, no encerramento, com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, presidente honorário deste organismo.

Um dos painéis vai abordar o tema “Como potenciar e projetar o talento português em Portugal”. O segundo painel dedicar-se-á às “Vantagens do contexto: como pode Portugal reforçar a sua competitividade”.

Criado em 2012, então com 24 membros, o Conselho da Diáspora Portuguesa integra hoje 95 conselheiros, residentes em 27 países, num total de 47 cidades, a maioria nos Estados Unidos e Canadá.

*Última atualização às 11:30.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, pediu esta sexta-feira que se aprofunde o Conselho da Diáspora Portuguesa como "um importante instrumento diplomático português".

"Não me esqueço da importância que o Conselho da Diáspora teve quando, em 2012, foi formado no auge da crise", frisou o governante, na sessão de abertura do sexto Encontro Anual deste organismo, que decorre no Palácio da Cidadela, em Cascais.

No ano passado, "uma das grandes realizações em matérias internacionais, em Lisboa, foi o Fórum EuroÁfrica", disse, acrescentando que já olha para a próxima edição como uma nova "oportunidade de valorizar o relacionamento entre o nosso país e o conjunto do continente africano e o papel que Portugal têm como pivô da relação mais geral entre a Europa e África".

À plateia de portugueses destacados no mundo, Augusto Santos Silva, que soma o cargo de vice-presidente honorário do Conselho da Diáspora Portuguesa, destaca que "o número dos emigrantes temporários é duas vezes superior aos emigrantes permanentes" e terá tendência a ser "cada vez mais crescente".

E, detalhou: "Que nós saibamos, há portugueses a viver em 178 países diferentes do mundo e nacionais de 185 diferentes do mundo a viver hoje em Portugal e damo-nos bem com isso. Evidentemente, nas sucessivas vagas de emigração foram sendo constituídas comunidades portuguesas". "Aos dois milhões e 300 mil naturais de Portugal que residem no estrangeiro, se somarmos os que são filhos e netos de portugueses, chegamos perto dos seis milhões. Estas comunidades são muito fortes, estão muito enraizadas e são um exemplo claro, concreto e real de que é possível estar integrado numa sociedade que nos acolhe sem perder o vínculo com o país a que pertencemos e do qual partimos", diz.

"Precisamos de trazer para cá aquilo em que Portugal é extremamente deficitário", disse ainda, referindo-se à importância de instrumentos que permitam atrair capital económico e humano.

Para Augusto Santos Silva, Portugal deve ser "um centro internacional de formação de não-europeus". "Evidentemente, para o grande universo da CPLP , mas também para o grande universo ibero-americano", completou.

O Conselho da Diáspora Portuguesa está hoje reunido para debater o talento português e a atração de investimento, com a presença de diversos líderes empresariais, membros do Governo e personalidades institucionais nacionais. Como habitualmente, o encontro contará, no encerramento, com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, presidente honorário deste organismo.

Um dos painéis vai abordar o tema “Como potenciar e projetar o talento português em Portugal”. O segundo painel dedicar-se-á às “Vantagens do contexto: como pode Portugal reforçar a sua competitividade”.

Criado em 2012, então com 24 membros, o Conselho da Diáspora Portuguesa integra hoje 95 conselheiros, residentes em 27 países, num total de 47 cidades, a maioria nos Estados Unidos e Canadá.

*Última atualização às 11:30.

marcar artigo