Seis retratos toca-e-foge dos candidatos do sistema

23-05-2019
marcar artigo

Ao quarto dia de campanha, já houve cinco membros do Governo na estrada ao lado do cabeça de lista do PS, sem contar com o primeiro-ministro e com Mário Centeno, o “Ronaldo” do Eurogrupo, que já aquece no banco, prestes a saltar para o campo. Para já, ganham 6 a 5 aos candidatos do sistema. E o jogo só agora começou. Fomos espreitá-los no terreno. Descubra as diferenças.

COSTA - “O” VERDADEIRO CANDIDATO

tiago miranda

António Costa condicionou a dinâmica das europeias quando pôs a cabeça no cepo. Disse que estas eleições eram as primárias das legislativas. Mais, disse que estas eleições são “uma moção de confiança” para o Governo. E tudo o que os candidatos façam na estrada está enquadrado pela dinâmica que vem de trás. O verdadeiro candidato do PS - como Paulo Rangel não se cansa de dizer - chama-se António Costa. E a ajuda que o primeiro-ministro dá a Pedro Marques é preciosa, porque um político vende mais do que um técnico, um governante vende mais do que um ex-governante com obra fraca, e um rosto de todos os dias vende muito mais do que um rosto que poucos conhecem. Terça-feira passada, levava a campanha apenas dois dias de vida, o molhinho de gente que aguardava em Faro para entrar no espaçinho do comício parecia, visto à distância, estar à porta de um velório. Quando o carro preto estacionou e António Costa saiu, as palmadas nas costas ouvem-se ao longe e a voz do artista convidado faz eco: “Olá! Está em forma?”, “Olá, tudo bem?”. Puxa pelos autarcas (“quando os autarcas estão presentes, a sua gente está mobilizada”), abraça militantes, o povo anima-se, Pedro Marques cresce e a sessão de pancada no candidato do PSD, sendo a dois, vale o triplo. António Costa salta do discurso da responsabilidade orçamental com que geriu a crise dos professores para o discurso da responsabilidade política. E tenta arrasar o voo que Rangel fizera de helicópetro pelas zonas ardidas no fatídico verão de 2017: “A política não é um espetáculo de TV (E a ida com a família à Cristina Ferreira?). Não são frases engraçadinhas. Não é denegrir os adversários”. Isso, segundo “o” candidato, é “sujeira”. Quando for preciso arrasar o adversário, Costa - o homem que Carlos Moedas, mandatário do candidato do PSD, diz ser, “por mérito próprio”, “o líder dos socialistas europeus” -, vai estar lá. Pedro Marques agradece.

Ao quarto dia de campanha, já houve cinco membros do Governo na estrada ao lado do cabeça de lista do PS, sem contar com o primeiro-ministro e com Mário Centeno, o “Ronaldo” do Eurogrupo, que já aquece no banco, prestes a saltar para o campo. Para já, ganham 6 a 5 aos candidatos do sistema. E o jogo só agora começou. Fomos espreitá-los no terreno. Descubra as diferenças.

COSTA - “O” VERDADEIRO CANDIDATO

tiago miranda

António Costa condicionou a dinâmica das europeias quando pôs a cabeça no cepo. Disse que estas eleições eram as primárias das legislativas. Mais, disse que estas eleições são “uma moção de confiança” para o Governo. E tudo o que os candidatos façam na estrada está enquadrado pela dinâmica que vem de trás. O verdadeiro candidato do PS - como Paulo Rangel não se cansa de dizer - chama-se António Costa. E a ajuda que o primeiro-ministro dá a Pedro Marques é preciosa, porque um político vende mais do que um técnico, um governante vende mais do que um ex-governante com obra fraca, e um rosto de todos os dias vende muito mais do que um rosto que poucos conhecem. Terça-feira passada, levava a campanha apenas dois dias de vida, o molhinho de gente que aguardava em Faro para entrar no espaçinho do comício parecia, visto à distância, estar à porta de um velório. Quando o carro preto estacionou e António Costa saiu, as palmadas nas costas ouvem-se ao longe e a voz do artista convidado faz eco: “Olá! Está em forma?”, “Olá, tudo bem?”. Puxa pelos autarcas (“quando os autarcas estão presentes, a sua gente está mobilizada”), abraça militantes, o povo anima-se, Pedro Marques cresce e a sessão de pancada no candidato do PSD, sendo a dois, vale o triplo. António Costa salta do discurso da responsabilidade orçamental com que geriu a crise dos professores para o discurso da responsabilidade política. E tenta arrasar o voo que Rangel fizera de helicópetro pelas zonas ardidas no fatídico verão de 2017: “A política não é um espetáculo de TV (E a ida com a família à Cristina Ferreira?). Não são frases engraçadinhas. Não é denegrir os adversários”. Isso, segundo “o” candidato, é “sujeira”. Quando for preciso arrasar o adversário, Costa - o homem que Carlos Moedas, mandatário do candidato do PSD, diz ser, “por mérito próprio”, “o líder dos socialistas europeus” -, vai estar lá. Pedro Marques agradece.

marcar artigo