Incêndios. António Costa diz que as causas profundas nunca serão resolvidas pelo combate

24-07-2019
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SociedadeIncêndios. António Costa diz que as causas profundas nunca serão resolvidas pelo combate17-06-2019O primeiro-ministro, António Costa, afirmou esta segunda-feira, dois anos após o grande fogo de Pedrógão Grande, que as causas profundas dos incêndios “nunca serão resolvidas” a partir dos meios de combateLusa"Depois de 2006, muitos acreditaram que estávamos a salvo e as alterações que tinham sido feitas na Proteção Civil e as estatísticas de redução de áreas ardidas significavam que tínhamos virado uma página. Infelizmente, a página não se virou, porque as causas profundas nunca serão resolvidas nos meios de combate", disse António Costa, que discursava na cerimónia de assinatura de protocolo para a criação do Memorial às Vítimas dos Incêndios de Pedrógão Grande, que decorreu na Câmara de Castanheira de Pera, um dos concelhos mais afetados. Segundo o primeiro-ministro, as causas dos incêndios que afetam o país de forma cíclica apenas poderão ser combatidas quando se conseguir "vencer o desafio extraordinário de revitalizar estes territórios de baixa densidade" e se conseguir "concluir a reforma da floresta". "Ninguém nos poderá perdoar alguma vez se não fizermos tudo aquilo que está ao nosso alcance para enfrentar estes dois desafios. Não são dois desafios para amanhã, mas dois desafios de médio e longo prazo que não podemos adiar mais uma vez, porque se não, mais uma vez, nós falharemos o compromisso que temos de ter de que isto nunca mais volte a acontecer", frisou António Costa. O líder do Governo vincou que o risco estrutural do país "não diminui porque num ano a área ardida é menor" ou porque não houve perda de vidas. O risco estrutural, numa das suas componentes, apenas vai agravar-se face às alterações climáticas, salientou. No entanto, há alterações que apenas dependem "dos homens e das mulheres", notou. Num momento em que se veem eucaliptais abandonados a regenerar à beira das estradas municipais dos concelhos atingidos pelo grande incêndio de 2017, António Costa apontou para a necessidade da alteração da paisagem, do ordenamento da floresta, da sua recomposição e da sua capacidade de gestão. "O direito da propriedade é fundamental, mas o direito à vida ainda é mais fundamental. Quando há um conflito de direitos é optar por aquele que é mais importante salvaguardar. Não há nada mais importante de salvaguardar do que o direito à vida", referiu. Dirigindo-se à presidente da Associação de Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande, Nádia Piazza, António Costa agradeceu-lhe a iniciativa e alento "para obrigar a fazer a mudança". "É muito gratificante ver o apego à vida depois da tragédia e da transformação da dor na determinação de assegurar que mais ninguém sofrerá a dor que seguramente ficará para sempre", disse. O incêndio que deflagrou há dois anos em Pedrógão Grande e que alastrou a concelhos vizinhos provocou a morte de 66 pessoas e 253 feridos, sete dos quais graves, e destruiu cerca de meio milhar de casas e 50 empresas.ÚltimasMais mulheres, bastante renovação, Governo em peso: estão aprovadas as listas do PS23-07-2019Filipe Santos CostaEle tem mais de Berlusconi do que de Trump: Boris não se leva muito a sério e isso é mais inteligente do que parece23-07-2019Marta GonçalvesChernobyl e o efeito HBO: depois do boom do dark tourism, o empurrão do Governo: “Era uma parte negativa da marca Ucrânia. É tempo de mudar”23-07-2019ExpressoBoris Johnson em 28 imagens (peculiares)23-07-2019ExpressoVenezuela. Parlamento aprova regresso ao Tratado Interamericano de Assistência Recíproca23-07-2019LusaVai estar ainda mais quente esta quarta-feira23-07-2019França reequilibra relações entre produtores de notícias e grupos tecnológicos23-07-2019LusaREN compra por cerca de €150 milhões empresa de transporte de eletricidade no Chile23-07-2019LusaÉ aproveitar o facto de haver legislativas ou depois será “um bocado difícil”: a estratégia dos motoristas para pressionar o Governo23-07-2019Caso dos peixes mortos em areal de praia da Costa de Caparica piorou23-07-2019

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