Rio diz que “é pouco crível” que Costa não soubesse do encobrimento de Tancos

09-10-2019
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Rui Rio esperou para falar, mas, depois de se ter informado devidamente sobre os contornos da acusação do processo de Tancos carregou nas tintas. Principal visado? António Costa, claro, dado que os crimes imputados (prevaricação, favorecimento de funcionário, denegação de justiça e abuso de poder) a José Azeredo Lopes, ex-ministro da Defesa, já estão nas mãos da justiça. Para o presidente do PSD, o assunto agora é político e o chefe do Governo só terá “duas hipóteses”: “ou sabia ou não sabia” das manobras para encobrir o assalto aos paióis e, sustentou, “ambas são muito más”. Isto porque, reforçou, no despacho “pode não ser tudo verdade, mas não é tudo mentira”.

“É pouco crível que um ministro não articule aspetos desta gravidade com o primeiro-ministro”, respondeu Rio, numa declaração aos jornalistas, num hotel nas Caldas da Raínha, Leiria. Mesmo frisando que ele próprio “nunca poderia dizer se [Costa] sabia ou não sabia” do sucedido, o líder social-democrata questionou: “Se não sabia, como é que funciona um Governo? Como é que pode um Governo ter um chefe com quem [os mininistros] não articulam?”

Mas os disparos prosseguiram. Ancorado uma acusação que expõe as confissões de Azeredo ao então líder da concelhia do PS-Porto, o deputado Tiago Barbosa Ribeiro, Rio foi taxativo, formulando novas perguntas: “Perante um assunto desta gravidade, o ministro da Defesa não avisa o primeiro-ministro? Sabemos que articulou com o presidente da Comissão Política concelhia do PS-Porto e não articulou com o secretário-geral do PS e primeiro-ministro do Governo a que ele pertence?”

Para reforçar a posição do líder, o staff do PSD distribuiu duas folhas com declarações públicas do ainda deputado. Uma primeira na qual o socialista realçava que uma audição parlamentar de Azeredo Lopes a propósito do encobrimento de Tancos tinha sido “sólida” e “esclarecedora” e uma segunda, com um print de um post no Facebook, de 12 de outubro do ano passado, em que Barbosa Ribeiro enalteceu a “elevação, dignidade e dimensão ética” do “amigo” que acabava de abandonar as funções executivas.

Tomadas de posição, acrescentou Rio, “completamente fora da verdade” e “no sentido de branquear e fugir à verdade”, que “demonstram uma certa cultura”. Para o líder dos sociais-democratas, o jovem quadro do PS não tem condições para se recandidar à Assembleia da República.

Além disso, Rio deu peso institucional a uma insinuação que o seu vice-presidente David Justino fizera nas redes sociais. No fundo, carregou nas tintas e sugeriu que a informação que tem sido veiculada a envolver Marcelo Rebelo de Sousa neste escândalo tem dedo socialista. “Tudo leva a crer que houve uma encenação por parte do Governo (…) para que saíssem notícias para criar uma cortina de fumo”, atirou. Um plano, adiantou, que não ficará por aqui. “Algumas mentes do PS”, indicou, “devem estar a puxar pela imaginação” com o intuito de ofuscar este episódio. Seja como for, enfatizou, esse “tiro”, até ver, “saiu pela culatra”.

Para já, Rio admitiu que o PSD vai solicitar a convocação de uma reunião urgente da Comissão Permanente da Assembleia da República para ouvir novamente Azeredo Lopes, e observou que, caso António Costa insista no guião de que nada sabe sobre este folhetim, caberá aos eleitores tirarem as suas eleições.

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Rui Rio esperou para falar, mas, depois de se ter informado devidamente sobre os contornos da acusação do processo de Tancos carregou nas tintas. Principal visado? António Costa, claro, dado que os crimes imputados (prevaricação, favorecimento de funcionário, denegação de justiça e abuso de poder) a José Azeredo Lopes, ex-ministro da Defesa, já estão nas mãos da justiça. Para o presidente do PSD, o assunto agora é político e o chefe do Governo só terá “duas hipóteses”: “ou sabia ou não sabia” das manobras para encobrir o assalto aos paióis e, sustentou, “ambas são muito más”. Isto porque, reforçou, no despacho “pode não ser tudo verdade, mas não é tudo mentira”.

“É pouco crível que um ministro não articule aspetos desta gravidade com o primeiro-ministro”, respondeu Rio, numa declaração aos jornalistas, num hotel nas Caldas da Raínha, Leiria. Mesmo frisando que ele próprio “nunca poderia dizer se [Costa] sabia ou não sabia” do sucedido, o líder social-democrata questionou: “Se não sabia, como é que funciona um Governo? Como é que pode um Governo ter um chefe com quem [os mininistros] não articulam?”

Mas os disparos prosseguiram. Ancorado uma acusação que expõe as confissões de Azeredo ao então líder da concelhia do PS-Porto, o deputado Tiago Barbosa Ribeiro, Rio foi taxativo, formulando novas perguntas: “Perante um assunto desta gravidade, o ministro da Defesa não avisa o primeiro-ministro? Sabemos que articulou com o presidente da Comissão Política concelhia do PS-Porto e não articulou com o secretário-geral do PS e primeiro-ministro do Governo a que ele pertence?”

Para reforçar a posição do líder, o staff do PSD distribuiu duas folhas com declarações públicas do ainda deputado. Uma primeira na qual o socialista realçava que uma audição parlamentar de Azeredo Lopes a propósito do encobrimento de Tancos tinha sido “sólida” e “esclarecedora” e uma segunda, com um print de um post no Facebook, de 12 de outubro do ano passado, em que Barbosa Ribeiro enalteceu a “elevação, dignidade e dimensão ética” do “amigo” que acabava de abandonar as funções executivas.

Tomadas de posição, acrescentou Rio, “completamente fora da verdade” e “no sentido de branquear e fugir à verdade”, que “demonstram uma certa cultura”. Para o líder dos sociais-democratas, o jovem quadro do PS não tem condições para se recandidar à Assembleia da República.

Além disso, Rio deu peso institucional a uma insinuação que o seu vice-presidente David Justino fizera nas redes sociais. No fundo, carregou nas tintas e sugeriu que a informação que tem sido veiculada a envolver Marcelo Rebelo de Sousa neste escândalo tem dedo socialista. “Tudo leva a crer que houve uma encenação por parte do Governo (…) para que saíssem notícias para criar uma cortina de fumo”, atirou. Um plano, adiantou, que não ficará por aqui. “Algumas mentes do PS”, indicou, “devem estar a puxar pela imaginação” com o intuito de ofuscar este episódio. Seja como for, enfatizou, esse “tiro”, até ver, “saiu pela culatra”.

Para já, Rio admitiu que o PSD vai solicitar a convocação de uma reunião urgente da Comissão Permanente da Assembleia da República para ouvir novamente Azeredo Lopes, e observou que, caso António Costa insista no guião de que nada sabe sobre este folhetim, caberá aos eleitores tirarem as suas eleições.

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