CDS-PP: Concelhia de Lisboa

11-04-2019
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O tema da direita liberal entrou no XXII Congresso do CDS pela mão de Pires Lima. O ex-deputado anunciou, em entrevista, a vontade de abrir o partido a um eleitorado mais vasto.Aos jornalistas, à margem da reunião, explicou que «O CDS tem de olhar para o seu passado e saber como tem de evoluir para ter a confiança não de 5 ou 7 por cento, mas de um eleitorado mais vasto». O ex-deputado olha para França, Espanha e agora Inglaterra com o sucessor de Tony Blair e quer que em Portugal, com Paulo Portas, o CDS também evolua e estique o seu eleitorado.Para isso é preciso deixar de «gerar anticorpos em 90 por cento da população portuguesa» e que o CDS faça «coerentemente um discurso amigo da liberdade». Além da liberdade em relação à iniciativa privada e da economia, o ex-deputado quer também o discurso da «liberdade individual. Na boa tradição da direita liberal», Pires de Lima refere-se «ao direito à diferença e o direito de cada um viver a sua vida».Esticando o eleitorado, Pires de Lima espera chegar a «muitas simpatias de gente que tradicionalmente cabe no PSD e todo o eleitorado que não é socialista».Questionado sobre se receia perder o eleitorado conservador, que historicamente cabe no CDS, o ex-dirigente rejeita «diabolizações» às suas ideias. Até porque, na sua intervenção no Congresso, momentos mais tarde, Pires de Lima garante que não é a favor do casamento entre homossexuais ou da adopção por casais homossexuais.Aborto: Pires de Lima tinha razão antes de tempoE para provar que a abertura ao partido é importante, Pires de Lima recorda que há dois anos disse, em reunião-magna, que era impraticável a legislação que condenava as mulheres a julgamentos públicos por praticarem o aborto. «Na altura, a sala gelou. Vi muitos rasgarem as vestes e dizerem que o caminho que eu sugeria era perigoso. Depois, os mesmos pediram-me para fazer campanha contra a liberalização do aborto, no último referendo que nós perdemos. E a dois dias» da consulta popular «esses mesmos disseram o que eu tinha proposto dois anos antes».Linha democrata-cristã conservadora Na sua intervenção ao Congresso, Paulo Núncio, que esteve à frente dos movimentos pró-vida por altura do referendo ao aborto, defende um «linha democrata-cristã conservadora», «sem cedências a progressismos ou experimentalismos sociais».«Ventos de modernidade»Já Sampaio Pimentel, vereador na câmara do Porto, e que alinha pela corrente de Pires de Lima, aposta numa «leitura contemporânea e mais liberal». Por isso, Sampaio Pimentel propõe uma estratégia que aponte para o «arco de governabilidade» do país.O autarca portuense «não quer abdicar» do código genético do CDS, mas também contesta que o partido se tranque no sotão das ideias, fechando «as janelas aos ventos da modernidade». in Portugal Diário

O tema da direita liberal entrou no XXII Congresso do CDS pela mão de Pires Lima. O ex-deputado anunciou, em entrevista, a vontade de abrir o partido a um eleitorado mais vasto.Aos jornalistas, à margem da reunião, explicou que «O CDS tem de olhar para o seu passado e saber como tem de evoluir para ter a confiança não de 5 ou 7 por cento, mas de um eleitorado mais vasto». O ex-deputado olha para França, Espanha e agora Inglaterra com o sucessor de Tony Blair e quer que em Portugal, com Paulo Portas, o CDS também evolua e estique o seu eleitorado.Para isso é preciso deixar de «gerar anticorpos em 90 por cento da população portuguesa» e que o CDS faça «coerentemente um discurso amigo da liberdade». Além da liberdade em relação à iniciativa privada e da economia, o ex-deputado quer também o discurso da «liberdade individual. Na boa tradição da direita liberal», Pires de Lima refere-se «ao direito à diferença e o direito de cada um viver a sua vida».Esticando o eleitorado, Pires de Lima espera chegar a «muitas simpatias de gente que tradicionalmente cabe no PSD e todo o eleitorado que não é socialista».Questionado sobre se receia perder o eleitorado conservador, que historicamente cabe no CDS, o ex-dirigente rejeita «diabolizações» às suas ideias. Até porque, na sua intervenção no Congresso, momentos mais tarde, Pires de Lima garante que não é a favor do casamento entre homossexuais ou da adopção por casais homossexuais.Aborto: Pires de Lima tinha razão antes de tempoE para provar que a abertura ao partido é importante, Pires de Lima recorda que há dois anos disse, em reunião-magna, que era impraticável a legislação que condenava as mulheres a julgamentos públicos por praticarem o aborto. «Na altura, a sala gelou. Vi muitos rasgarem as vestes e dizerem que o caminho que eu sugeria era perigoso. Depois, os mesmos pediram-me para fazer campanha contra a liberalização do aborto, no último referendo que nós perdemos. E a dois dias» da consulta popular «esses mesmos disseram o que eu tinha proposto dois anos antes».Linha democrata-cristã conservadora Na sua intervenção ao Congresso, Paulo Núncio, que esteve à frente dos movimentos pró-vida por altura do referendo ao aborto, defende um «linha democrata-cristã conservadora», «sem cedências a progressismos ou experimentalismos sociais».«Ventos de modernidade»Já Sampaio Pimentel, vereador na câmara do Porto, e que alinha pela corrente de Pires de Lima, aposta numa «leitura contemporânea e mais liberal». Por isso, Sampaio Pimentel propõe uma estratégia que aponte para o «arco de governabilidade» do país.O autarca portuense «não quer abdicar» do código genético do CDS, mas também contesta que o partido se tranque no sotão das ideias, fechando «as janelas aos ventos da modernidade». in Portugal Diário

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