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29-09-2016
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A guerra surda que vinha a ser travada entre António Costa e José Sócrates atingiu outra dimensão. A direcção do PS, furiosa com o convite da deputada Susana Amador para o antigo primeiro-ministro falar na Universidade de Verão, fez o que pôde e pressionou a organizadora para fazer com que a intervenção do ex-primeiro-ministro decorresse à porta fechada.A SÁBADO apurou junto de várias fontes do PS que a direcção de Costa ficou desagradada quando soube que Susana Amador, presidente do Departamento Federativo das Mulheres Socialistas (DFMS) da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL), tinha chamado Sócrates para discursar sobre Política Externa e Globalização e já na sexta-feira (23 de Setembro) procurou in extremis que a conferência não fosse aberta.Sócrates reagiu com estrondo: recusou discursar apenas para os militantes presentes nas instalações da FAUL, na Avenida Fontes Pereira de Melo e ameaçou tornar o episódio público. Nem precisou de o fazer, o partido tratou do assunto.Apesar da desdramatização e da tentativa de despolitização do convite, assim que as primeiras notícias do reaparecimento de Sócrates em eventos junto das bases foram conhecidas, a direcção do PS tratou de mostrar desagrado a Susana Amador. E o porta-voz socialista, João Galamba, que chegou a deputado pela mão do antigo chefe de Governo, terá sido dos mais duros.Algumas vozes do partido ouvidas pela SÁBADO dão conta de que Galamba terá dito, entre outras coisas, que o embaraço criado era "lamentável" e que aquilo que tinha sido feito - o convite - constituía "uma traição à direcção do partido". Uma fonte socialista garante mesmo que "vários deputados de Lisboa ouviram a sova que ele lhe deu".Contactado pela SÁBADO, Galamba não quis dizer o que quer que fosse sobre o assunto. O silêncio do porta-voz foi seguido pela secretária-geral adjunta, Ana Catarina Mendes, a quem a SÁBADO pediu, em vão, um comentário.Susana Amador, promotora da iniciativa, tenta esvaziar a controvérsia: "Lamento que um convite para uma conferência de política internacional de um evento (foi errónea e abusiva a designação de rentrée) de um simples departamento federativo tenha gerado tanto ruído noticioso", vinca, fazendo ainda um "balanço muito positivo" da conferência. Refutando as colagens a Sócrates, justifica o convite directo a Ana Catarina Mendes: "Convidámos a secretária-geral adjunta porque é mulher e representa de forma muito justa aquilo que deve ser a participação política das mulheres num novo cargo que ela desempenha com muita força e determinação."

A guerra surda que vinha a ser travada entre António Costa e José Sócrates atingiu outra dimensão. A direcção do PS, furiosa com o convite da deputada Susana Amador para o antigo primeiro-ministro falar na Universidade de Verão, fez o que pôde e pressionou a organizadora para fazer com que a intervenção do ex-primeiro-ministro decorresse à porta fechada.A SÁBADO apurou junto de várias fontes do PS que a direcção de Costa ficou desagradada quando soube que Susana Amador, presidente do Departamento Federativo das Mulheres Socialistas (DFMS) da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL), tinha chamado Sócrates para discursar sobre Política Externa e Globalização e já na sexta-feira (23 de Setembro) procurou in extremis que a conferência não fosse aberta.Sócrates reagiu com estrondo: recusou discursar apenas para os militantes presentes nas instalações da FAUL, na Avenida Fontes Pereira de Melo e ameaçou tornar o episódio público. Nem precisou de o fazer, o partido tratou do assunto.Apesar da desdramatização e da tentativa de despolitização do convite, assim que as primeiras notícias do reaparecimento de Sócrates em eventos junto das bases foram conhecidas, a direcção do PS tratou de mostrar desagrado a Susana Amador. E o porta-voz socialista, João Galamba, que chegou a deputado pela mão do antigo chefe de Governo, terá sido dos mais duros.Algumas vozes do partido ouvidas pela SÁBADO dão conta de que Galamba terá dito, entre outras coisas, que o embaraço criado era "lamentável" e que aquilo que tinha sido feito - o convite - constituía "uma traição à direcção do partido". Uma fonte socialista garante mesmo que "vários deputados de Lisboa ouviram a sova que ele lhe deu".Contactado pela SÁBADO, Galamba não quis dizer o que quer que fosse sobre o assunto. O silêncio do porta-voz foi seguido pela secretária-geral adjunta, Ana Catarina Mendes, a quem a SÁBADO pediu, em vão, um comentário.Susana Amador, promotora da iniciativa, tenta esvaziar a controvérsia: "Lamento que um convite para uma conferência de política internacional de um evento (foi errónea e abusiva a designação de rentrée) de um simples departamento federativo tenha gerado tanto ruído noticioso", vinca, fazendo ainda um "balanço muito positivo" da conferência. Refutando as colagens a Sócrates, justifica o convite directo a Ana Catarina Mendes: "Convidámos a secretária-geral adjunta porque é mulher e representa de forma muito justa aquilo que deve ser a participação política das mulheres num novo cargo que ela desempenha com muita força e determinação."

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