Fogo no estacionamento do Andanças

23-01-2017
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Foram destruídas 422 viaturas, 9 parcialmente danificadas e outras 24 afectadas pelo calor do fogo. É tudo quanto se sabe. Na ausência de crime, segue-se a demanda pela responsabilidade civil do fogo que destruiu centenas de veículos no estacionamento do festival Andanças, em Castelo de Vide, quarta-feira dia 3. “A confirmação que nos foi dada pela PJ é que não há indícios de crime na ocorrência do incêndio. Não há indícios de mão criminosa”, disse o oficial de relações-públicas do Comando Territorial de Portalegre da GNR, tenente-coronel Carlos Belchior, na sexta-feira, dia 5. Aquele oficial superior adiantou que as causas do fogo “continuam em processo de investigação” pela PJ e GNR. As viaturas começaram a ser retiradas do estacionamento ao final do dia de sexta-feira.

Quem paga?

A investigação tem um mês para apurar qual foi o ponto de ignição do incêndio e remeter a conclusão ao Ministério Público. Uma fonte da TvMais adianta que poderá ter ocorrido no mato rasteiro e não dentro de um automóvel. A ser assim, não haveria qualquer responsabilidade do seguro do primeiro carro que ardeu e uma das outras hipóteses seria o seguro contratado pelo festival ter de assumir o prejuízo.

O seguro do festival

“Para isso, seria necessário que se provasse que o fogo começara no interior do recinto assegurado”, explicou à TvMais a advogada Sofia Matos, aconselhando as pessoas lesadas a guardarem o bilhete de entrada para o evento. “A área onde os carros arderam é considerada área do festival. Faz parte do perímetro do festival e faz parte do licenciamento”, disse Catarina Serrazino, da organização do Andanças, ao programa “Queridas Manhãs”, da SIC. Uma área de 28 hectares onde estariam mais de quatro mil pessoas, por aquela hora.

O seguro do festival, se chegar...

A Caixa Agrícola Seguros aceitou a apólice de responsabilidade civil da Associação Pé de Xumbo, a organizadora do festival Andanças. Aquela seguradora já disse que vai assumir as suas responsabilidades, mas alertou para um detalhe: o seguro “pode ou não ser suficiente para cobrir os danos”. A seguradora recusou divulgar o valor contratado. E se o valor contratado não cobrir? O prejuízo foi estimado em mais de dois milhões de euros (primeiros cálculos), a uma média de cinco mil euros de valor comercial por cada automóvel destruído.

O alerta

Às 14.50 h da tarde de quarta-feira, 3 de Agosto, foi dado o alerta de fogo quando as chamas tomaram o estacionamento do Andanças, na Barragem da Póvoa, no concelho de Castelo de Vide. O recinto do festival tem uma área de 28 hectares onde estariam, à hora a que deflagrou o fogo, mais de quatro mil pessoas. As chamas instalaram-se em duas das cinco zonas em que está dividido o estacionamento do festival. O fogo foi dominado cerca de uma hora após o alerta.

Cautelas

A Associação Portuguesa de Seguradores aconselha os proprietários dos automóveis danificados a accionarem os seus seguros. A Deco diz que quem tem cobertura de incêndio no seguro automóvel deve accioná-lo já. À agência Lusa, Ricardo Lucas, advogado especialista em Responsabilidade Civil e Direito dos Seguros, disse considerar que os proprietários de carros destruídos deveriam contactar as respetivas seguradoras por escrito e esperar que o processo de averiguação demore muito tempo. “Uma ‘embrulhada’ muito difícil de resolver”, disse, considerando ainda que todos os lesados deveriam contactar um advogado que defenda os seus direitos.

Novas regras do seguro

Sem incidentes com estas características, até hoje, são cenários possíveis um acordo entre seguradoras, o pagamento pela organização ou a criação, pelas seguradoras, de regras próprias e excepcionais para este caso. É sabido que os detentores de seguros automóveis contra todos os riscos (danos próprios) são uma minoria e que os seguros contra terceiros (maioria) não cobrem este tipo de situação. Estes terão de aguardar até ao apuramento final das responsabilidades.

Que meios havia

Quando o fogo deflagrou no estacionamento do Andanças, estava no local uma viatura tripulada por quatro sapadores florestais da autarquia. Num ápice, a erva alta ardeu por baixo das viaturas e propagou as chamas a todo o espaço. Um pasto com quase meio metro de altura alimentou o fogo que destruiu centenas de viaturas e uma motorizada. A Proteção Civil confirmou não haver qualquer viatura de combate a fogo no local, mas a organização já referiu que os meios previstos no plano de segurança executado pelo festival foram aprovados pela autarquia. De acordo com a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), no combate ao incêndio do estacionamento do Andanças estiveram 198 operacionais

apoiados em 57 viaturas e cinco meios aéreos.

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Foram destruídas 422 viaturas, 9 parcialmente danificadas e outras 24 afectadas pelo calor do fogo. É tudo quanto se sabe. Na ausência de crime, segue-se a demanda pela responsabilidade civil do fogo que destruiu centenas de veículos no estacionamento do festival Andanças, em Castelo de Vide, quarta-feira dia 3. “A confirmação que nos foi dada pela PJ é que não há indícios de crime na ocorrência do incêndio. Não há indícios de mão criminosa”, disse o oficial de relações-públicas do Comando Territorial de Portalegre da GNR, tenente-coronel Carlos Belchior, na sexta-feira, dia 5. Aquele oficial superior adiantou que as causas do fogo “continuam em processo de investigação” pela PJ e GNR. As viaturas começaram a ser retiradas do estacionamento ao final do dia de sexta-feira.

Quem paga?

A investigação tem um mês para apurar qual foi o ponto de ignição do incêndio e remeter a conclusão ao Ministério Público. Uma fonte da TvMais adianta que poderá ter ocorrido no mato rasteiro e não dentro de um automóvel. A ser assim, não haveria qualquer responsabilidade do seguro do primeiro carro que ardeu e uma das outras hipóteses seria o seguro contratado pelo festival ter de assumir o prejuízo.

O seguro do festival

“Para isso, seria necessário que se provasse que o fogo começara no interior do recinto assegurado”, explicou à TvMais a advogada Sofia Matos, aconselhando as pessoas lesadas a guardarem o bilhete de entrada para o evento. “A área onde os carros arderam é considerada área do festival. Faz parte do perímetro do festival e faz parte do licenciamento”, disse Catarina Serrazino, da organização do Andanças, ao programa “Queridas Manhãs”, da SIC. Uma área de 28 hectares onde estariam mais de quatro mil pessoas, por aquela hora.

O seguro do festival, se chegar...

A Caixa Agrícola Seguros aceitou a apólice de responsabilidade civil da Associação Pé de Xumbo, a organizadora do festival Andanças. Aquela seguradora já disse que vai assumir as suas responsabilidades, mas alertou para um detalhe: o seguro “pode ou não ser suficiente para cobrir os danos”. A seguradora recusou divulgar o valor contratado. E se o valor contratado não cobrir? O prejuízo foi estimado em mais de dois milhões de euros (primeiros cálculos), a uma média de cinco mil euros de valor comercial por cada automóvel destruído.

O alerta

Às 14.50 h da tarde de quarta-feira, 3 de Agosto, foi dado o alerta de fogo quando as chamas tomaram o estacionamento do Andanças, na Barragem da Póvoa, no concelho de Castelo de Vide. O recinto do festival tem uma área de 28 hectares onde estariam, à hora a que deflagrou o fogo, mais de quatro mil pessoas. As chamas instalaram-se em duas das cinco zonas em que está dividido o estacionamento do festival. O fogo foi dominado cerca de uma hora após o alerta.

Cautelas

A Associação Portuguesa de Seguradores aconselha os proprietários dos automóveis danificados a accionarem os seus seguros. A Deco diz que quem tem cobertura de incêndio no seguro automóvel deve accioná-lo já. À agência Lusa, Ricardo Lucas, advogado especialista em Responsabilidade Civil e Direito dos Seguros, disse considerar que os proprietários de carros destruídos deveriam contactar as respetivas seguradoras por escrito e esperar que o processo de averiguação demore muito tempo. “Uma ‘embrulhada’ muito difícil de resolver”, disse, considerando ainda que todos os lesados deveriam contactar um advogado que defenda os seus direitos.

Novas regras do seguro

Sem incidentes com estas características, até hoje, são cenários possíveis um acordo entre seguradoras, o pagamento pela organização ou a criação, pelas seguradoras, de regras próprias e excepcionais para este caso. É sabido que os detentores de seguros automóveis contra todos os riscos (danos próprios) são uma minoria e que os seguros contra terceiros (maioria) não cobrem este tipo de situação. Estes terão de aguardar até ao apuramento final das responsabilidades.

Que meios havia

Quando o fogo deflagrou no estacionamento do Andanças, estava no local uma viatura tripulada por quatro sapadores florestais da autarquia. Num ápice, a erva alta ardeu por baixo das viaturas e propagou as chamas a todo o espaço. Um pasto com quase meio metro de altura alimentou o fogo que destruiu centenas de viaturas e uma motorizada. A Proteção Civil confirmou não haver qualquer viatura de combate a fogo no local, mas a organização já referiu que os meios previstos no plano de segurança executado pelo festival foram aprovados pela autarquia. De acordo com a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), no combate ao incêndio do estacionamento do Andanças estiveram 198 operacionais

apoiados em 57 viaturas e cinco meios aéreos.

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