A máscara caiu: assumam as devidas responsabilidades

22-05-2019
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“É nos momentos de pressão que se esquece a imagem, o cargo institucional e a postura. É nesses momentos que se revela aquilo que tanto se quer maquiar e encobrir. (…) Não é isto que a Trofa e os Trofenses merecem. Não é isto que queremos para a Trofa“

(artigo “A Máscara caiu” publicado a 3 de Março de 2012 no blogue da JSD Trofa)

*****

No terceiro episódio da trilogia original – A vingança dos Sith – Anakin Skywalker é atraído para o lado negro da força e transforma-se no célebre vilão Darth Vader. Na Guerra das Jotas, Filipe Couto Reis (FCR) passa de, nas palavras da líder da JSD Sofia Matos, “uma pessoa que tem estado sempre presente e que nos ajuda em tudo e que nos veio defender” para o único interveniente com coragem para assumir o que realmente se passou, deitando por terra parte significativa dos argumentos anedóticos e absurdos veiculados oficialmente pela JSD em comunicado e através de declarações prestadas à comunicação social. Terá sido atraído para o lado negro da força? Seja como for uma coisa é certa: considerando o retratamento de FCR, a quantidade de mentiras debitadas pela líder da JSD Trofa aumentou substancialmente. E Sofia Matos é representante do PSD na Assembleia Municipal. Eu não quero ser representado por um aldrabão. Você quer?

Esta situação podia ter sido evitada de muitas formas. Juízos de valor à parte, os intervenientes poderiam ter abafado a situação, podiam ter retirado a situação da esfera política, podiam ter procurado um acordo bilateral de conciliação em vez de irem a correr para os media, podiam ter-se remetido ao silêncio ou, melhor das opções a meu ver, nem sequer se terem confrontado de forma alguma que envolvesse violência. Entre outras opções. Ao emitir comunicados em nome de estruturas partidárias, a que se seguiu uma conferência de imprensa da JSD Trofa na própria noite dos acontecimentos, o problema ganhou dimensão pública e passou a ter implicações directas no processo eleitoral que começava a ganhar forma. A partir daqui, TODOS os trofenses têm uma palavra a dizer. Podem é optar por não o fazer.

Com a confissão de um dos intervenientes no processo, Filipe Couto Reis (FCR), a frágil versão dos eventos apresentada pela JSD desmoronou-se em pontos-chave que a colocam em xeque. Existem aspectos discutíveis e esta confissão não invalida tudo o que foi dito pela JSD, mas a verdade é que, segundo o que é narrado na peça do Notícias da Trofa de 28 de Novembro (página 12 na edição de papel), a retractação por escrito de FCR deita por terra muita coisa que foi referida tanto na conferência de imprensa como no comunicado da JSD. Transforma desculpas esfarrapadas em mentiras (mal) calculadas.

Em primeiro lugar que Daniel Lourenço (DL) não mordeu em FCR e que as agressões “mútuas” foram afinal de um sentido apenas. Duas mentiras, tanto na comunicação social como na comunicação feita no blogue, que são automaticamente expostas. Sofia Matos sabia disto desde o início e mesmo assim não hesitou em insistir nas agressões mútuas e no facto de Daniel Lourenço se ter atirado ao braço de FCR. Optou por mentir e agora foi exposta.

Em segundo lugar, ficamos também a saber que FCR tinha como testemunhas Sofia Matos e Ana Luísa Campos. Mas se na conferência de imprensa Sofia Matos fez questão de frisar que estavam lá apenas os 3, ela própria, FCR e alguém que é descrito por Sofia Matos como sendo “a minha secretária-geral adjunta” que, segundo o blogue da JSD, é Marta Almeida, como é que Ana Luísa Campos é chamada a testemunhar? O número sobe magicamente para 4 pessoas, a que podemos acrescentar outros membros da JSD Trofa que já assumiram publicamente, em discussões sobre o assunto nas redes sociais, terem presenciado a situação. Se presenciaram estavam lá e se estavam lá a mentira presente nas declarações da JSD vê a sua dimensão crescer. Sofia Matos também sabia disto e, mesmo assim, optou pela mentira.

Em terceiro lugar, e segundo o Auto de Denúncia da GNR referente à queixa de FCR, a tal que este agora afirma não corresponder à realidade, citado pelo NT na edição já referida, FCR teria avistado DL e Amadeu Dias (AD) a sair do local após retirarem a fatídica placa que afinal nunca chegou a sair do lugar. Mentira: FCR avistou DL e AD no beco da Trofauto. Uma vez mais, Sofia Matos sabia disto e optou por faltar à verdade.

Em quarto lugar, afinal quem é que ferrou no braço de FCR? É que a marca dos dentes é visível nas imagens da comunicação social e ele próprio já assumiu que DL não lhe ferrou. Simulou-se uma ferradela? E quem ferrou em FCR? Ele próprio? Algum dos jotas no local? Seja qual for a resposta, a verdade é que a ferradela mais não foi do que outra mentira inventada pela JSD para enganar os trofenses sobre um caso pelo qual foram responsáveis. Reparem que o enredo de mentiras é tão gritante que foi possível simular uma ferradela no braço de FCR para dar credibilidade a este embuste patético.

A juntar a estes 4 pontos já tínhamos as mentiras inicialmente detectadas como o conflito das declarações de Sofia Matos que afirma que, quando a perseguição começou, chamou FCR que estava por perto, com as declarações do próprio FCR que declarou à Sábado que estava em casa a dormir. E ainda que a casa de FCR seja ali à beira, qualquer criança com 7 anos perceberia que o salvamento fantástico relatado pela líder da JSD à comunicação social é pura e simplesmente impossível. É do domínio ficção. É uma mentira mal calculada que choca contra as leis da física. Uma mentira de um extenso rol de mentiras cuja única dúvida que sobre elas paira é se terão saído da cabeça dos jotas ou sido impostas pela direcção do partido. Se existe dedo da direcção do partido, confesso que me causa bastante preocupação. É assustador que gente crescida possa dar cobertura a este tipo de esquemas, quanto mais ajudar a engendra-los, principalmente quando são tão mal elaborados.

Podemos confiar em alguém que participa numa armadilha com vista a intimidar, através da violência física e verbal, dois jovens do partido opositor? Eu tenho a certeza absoluta que não. São práticas de outro tempo, de um tempo em que os totalitarismos de esquerda e direita perseguiam os dissidentes. Não são práticas de quem se diz herdeiro da democracia ou de Sá Carneiro. Sá Carneiro estaria envergonhado com estas pessoas, teria com certeza algum nojo deles, principalmente por se tratar de alguém que bateu o pé ao regime salazarista. E aquilo que os envolvidos da JSD fizeram, um esquema de manipulação no qual participou inclusive o jornal do regime, não é digno de democratas. E é preciso retirar consequências políticas de tudo isto, a começar pela pessoa que deu a cara por todas estas mentiras, Sofia Matos, representante da coligação Unidos pela Trofa na Assembleia Municipal. Como trofense, contribuinte, eleitor e sobretudo democrata, não posso ficar de braços cruzados perante a gravidade destes actos. Exijo respostas, exijo verticalidade e sobretudo exijo respeito. E a verdade é que me sinto desrespeitado por ser representado por alguém que mentiu para escapar de um esquema perverso no qual participou activamente. Claro que parte da minha argumentação poderá também cair por terra caso se prove que FCR mentiu no seu retratamento. Algo altamente improvável mas que, a acontecer, cá estarei para me retratar também.

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“É nos momentos de pressão que se esquece a imagem, o cargo institucional e a postura. É nesses momentos que se revela aquilo que tanto se quer maquiar e encobrir. (…) Não é isto que a Trofa e os Trofenses merecem. Não é isto que queremos para a Trofa“

(artigo “A Máscara caiu” publicado a 3 de Março de 2012 no blogue da JSD Trofa)

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No terceiro episódio da trilogia original – A vingança dos Sith – Anakin Skywalker é atraído para o lado negro da força e transforma-se no célebre vilão Darth Vader. Na Guerra das Jotas, Filipe Couto Reis (FCR) passa de, nas palavras da líder da JSD Sofia Matos, “uma pessoa que tem estado sempre presente e que nos ajuda em tudo e que nos veio defender” para o único interveniente com coragem para assumir o que realmente se passou, deitando por terra parte significativa dos argumentos anedóticos e absurdos veiculados oficialmente pela JSD em comunicado e através de declarações prestadas à comunicação social. Terá sido atraído para o lado negro da força? Seja como for uma coisa é certa: considerando o retratamento de FCR, a quantidade de mentiras debitadas pela líder da JSD Trofa aumentou substancialmente. E Sofia Matos é representante do PSD na Assembleia Municipal. Eu não quero ser representado por um aldrabão. Você quer?

Esta situação podia ter sido evitada de muitas formas. Juízos de valor à parte, os intervenientes poderiam ter abafado a situação, podiam ter retirado a situação da esfera política, podiam ter procurado um acordo bilateral de conciliação em vez de irem a correr para os media, podiam ter-se remetido ao silêncio ou, melhor das opções a meu ver, nem sequer se terem confrontado de forma alguma que envolvesse violência. Entre outras opções. Ao emitir comunicados em nome de estruturas partidárias, a que se seguiu uma conferência de imprensa da JSD Trofa na própria noite dos acontecimentos, o problema ganhou dimensão pública e passou a ter implicações directas no processo eleitoral que começava a ganhar forma. A partir daqui, TODOS os trofenses têm uma palavra a dizer. Podem é optar por não o fazer.

Com a confissão de um dos intervenientes no processo, Filipe Couto Reis (FCR), a frágil versão dos eventos apresentada pela JSD desmoronou-se em pontos-chave que a colocam em xeque. Existem aspectos discutíveis e esta confissão não invalida tudo o que foi dito pela JSD, mas a verdade é que, segundo o que é narrado na peça do Notícias da Trofa de 28 de Novembro (página 12 na edição de papel), a retractação por escrito de FCR deita por terra muita coisa que foi referida tanto na conferência de imprensa como no comunicado da JSD. Transforma desculpas esfarrapadas em mentiras (mal) calculadas.

Em primeiro lugar que Daniel Lourenço (DL) não mordeu em FCR e que as agressões “mútuas” foram afinal de um sentido apenas. Duas mentiras, tanto na comunicação social como na comunicação feita no blogue, que são automaticamente expostas. Sofia Matos sabia disto desde o início e mesmo assim não hesitou em insistir nas agressões mútuas e no facto de Daniel Lourenço se ter atirado ao braço de FCR. Optou por mentir e agora foi exposta.

Em segundo lugar, ficamos também a saber que FCR tinha como testemunhas Sofia Matos e Ana Luísa Campos. Mas se na conferência de imprensa Sofia Matos fez questão de frisar que estavam lá apenas os 3, ela própria, FCR e alguém que é descrito por Sofia Matos como sendo “a minha secretária-geral adjunta” que, segundo o blogue da JSD, é Marta Almeida, como é que Ana Luísa Campos é chamada a testemunhar? O número sobe magicamente para 4 pessoas, a que podemos acrescentar outros membros da JSD Trofa que já assumiram publicamente, em discussões sobre o assunto nas redes sociais, terem presenciado a situação. Se presenciaram estavam lá e se estavam lá a mentira presente nas declarações da JSD vê a sua dimensão crescer. Sofia Matos também sabia disto e, mesmo assim, optou pela mentira.

Em terceiro lugar, e segundo o Auto de Denúncia da GNR referente à queixa de FCR, a tal que este agora afirma não corresponder à realidade, citado pelo NT na edição já referida, FCR teria avistado DL e Amadeu Dias (AD) a sair do local após retirarem a fatídica placa que afinal nunca chegou a sair do lugar. Mentira: FCR avistou DL e AD no beco da Trofauto. Uma vez mais, Sofia Matos sabia disto e optou por faltar à verdade.

Em quarto lugar, afinal quem é que ferrou no braço de FCR? É que a marca dos dentes é visível nas imagens da comunicação social e ele próprio já assumiu que DL não lhe ferrou. Simulou-se uma ferradela? E quem ferrou em FCR? Ele próprio? Algum dos jotas no local? Seja qual for a resposta, a verdade é que a ferradela mais não foi do que outra mentira inventada pela JSD para enganar os trofenses sobre um caso pelo qual foram responsáveis. Reparem que o enredo de mentiras é tão gritante que foi possível simular uma ferradela no braço de FCR para dar credibilidade a este embuste patético.

A juntar a estes 4 pontos já tínhamos as mentiras inicialmente detectadas como o conflito das declarações de Sofia Matos que afirma que, quando a perseguição começou, chamou FCR que estava por perto, com as declarações do próprio FCR que declarou à Sábado que estava em casa a dormir. E ainda que a casa de FCR seja ali à beira, qualquer criança com 7 anos perceberia que o salvamento fantástico relatado pela líder da JSD à comunicação social é pura e simplesmente impossível. É do domínio ficção. É uma mentira mal calculada que choca contra as leis da física. Uma mentira de um extenso rol de mentiras cuja única dúvida que sobre elas paira é se terão saído da cabeça dos jotas ou sido impostas pela direcção do partido. Se existe dedo da direcção do partido, confesso que me causa bastante preocupação. É assustador que gente crescida possa dar cobertura a este tipo de esquemas, quanto mais ajudar a engendra-los, principalmente quando são tão mal elaborados.

Podemos confiar em alguém que participa numa armadilha com vista a intimidar, através da violência física e verbal, dois jovens do partido opositor? Eu tenho a certeza absoluta que não. São práticas de outro tempo, de um tempo em que os totalitarismos de esquerda e direita perseguiam os dissidentes. Não são práticas de quem se diz herdeiro da democracia ou de Sá Carneiro. Sá Carneiro estaria envergonhado com estas pessoas, teria com certeza algum nojo deles, principalmente por se tratar de alguém que bateu o pé ao regime salazarista. E aquilo que os envolvidos da JSD fizeram, um esquema de manipulação no qual participou inclusive o jornal do regime, não é digno de democratas. E é preciso retirar consequências políticas de tudo isto, a começar pela pessoa que deu a cara por todas estas mentiras, Sofia Matos, representante da coligação Unidos pela Trofa na Assembleia Municipal. Como trofense, contribuinte, eleitor e sobretudo democrata, não posso ficar de braços cruzados perante a gravidade destes actos. Exijo respostas, exijo verticalidade e sobretudo exijo respeito. E a verdade é que me sinto desrespeitado por ser representado por alguém que mentiu para escapar de um esquema perverso no qual participou activamente. Claro que parte da minha argumentação poderá também cair por terra caso se prove que FCR mentiu no seu retratamento. Algo altamente improvável mas que, a acontecer, cá estarei para me retratar também.

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