Compra de medicamentos nas farmácias da Madeira aumentou 15% em maio

23-07-2017
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A compra de medicamentos nas farmácias da Madeira subiu em maio e, só em comparticipações, a região vai pagar mais 322 mil euros do que em abril, que tinha sido já um mês de grande procura de medicamentos. O governo regional continua a não ter uma causa identificável para este acréscimo de despesa, mas admite que pode estar relacionado com a falta de medicamentos na Venezuela. E, nas farmácias, são cada vez mais comuns os casos de emigrantes a aviar receitas de várias centenas euros para levar ou enviar para a família.

As autoridades regionais sabem que, desde que a crise se agudizou na Venezuela, há quase dois anos, que os emigrantes têm procurado mais os serviços de saúde na Madeira para consultas, exames e tratamentos, mas também para comprar os medicamentos que faltam no país sul-americano. Há quem compre para si, mas são muitos os madeirenses que compram e mandam por um portador que esteja de viagem para a Venezuela.

O primeiro sinal de alerta da pressão sobre o orçamento regional disparou no fim de abril, um mês depois de começaemr os confrontos nas ruas de Caracas entre o governo de Maduro e a oposição. O IASaúde, a entidade que gere os reembolsos e as comparticipações nos medicamentos na Madeira, informou o Governo de Miguel Albuquerque sobre o aumento anormal nas despesas de comparticipação: mais 500 mil euros do que em abril de 2016. A tendência manteve-se em maio que, face a abril de 2017, aumentou 15%. Ou seja, mais 322 mil euros.

Os dados levaram Miguel Albuquerque a apelar à solidariedade da República e, no fim de maio, o secretário regional dos Assuntos Parlamentares acompanhou o secretário de Estado das Comunidades numa visita à Venezuela para ver de perto a situação dos emigrantes e dos luso-descendentes. Dessa visita, saiu um plano do qual consta uma passagem de José Luís Carneiro pela Madeira, a 17 de julho, onde deverá ser colocado a par do impacto que a chegada dos portugueses oriundos da Venezuela está a ter na região.

Regressos devem aumentar com fim do ano letivo

O Governo regional quer apresentar um dossiê detalhado ao secretário de Estado das Comunidades na visita prevista para daqui a um mês. O gabinete de apoio ao emigrante irá abrir uma dependência no aeroporto Cristiano Ronaldo, onde as pessoas vindas da Venezuela serão convidadas a preencher um formulário. A intenção é apurar as dificuldades e as necessidades dos que chegam, saber o que precisam e ver em que medida podem ser ajudados. Segundo Sérgio Marques, secretário dos Assuntos Parlamentares, as autoridades regionais querem ter números e dados mais exatos, saber quantos regressam e em que condições.

Esses dados serão a base do dossiê que o Governo da ilha entregará a José Luís Carneiro, e será sobre esse documento que se poderá discutir a solidariedade da República. O secretário dos Assuntos Parlamentares tem poucas dúvidas de que será mesmo necessária uma ajuda, já que a Madeira tem limites orçamentais e, na Venezuela, não se vislumbram sinais de mudança. “O mais provável é que a situação continue a deteriorar-se e que o êxodo de venezuelanos se mantenha. À Madeira chega apenas uma pequena parte de luso-descendentes, mas essa pequena parte deverá continuar a chegar nos próximos tempos”.

No curto prazo, esse regresso deverá intensificar-se em meados de julho, altura em que termina o ano letivo na Venezuela e muitas famílias estarão a organizar-se para não prejudicar os estudos dos filhos. Pelo menos, essa é a informação de que dispõe Sérgio Marques. Desde que se intensificaram os confrontos nas ruas, terão chegado à Madeira três a quatro mil pessoas, mas os valores são uma estimativa já que muitos são cidadãos portugueses.

A compra de medicamentos nas farmácias da Madeira subiu em maio e, só em comparticipações, a região vai pagar mais 322 mil euros do que em abril, que tinha sido já um mês de grande procura de medicamentos. O governo regional continua a não ter uma causa identificável para este acréscimo de despesa, mas admite que pode estar relacionado com a falta de medicamentos na Venezuela. E, nas farmácias, são cada vez mais comuns os casos de emigrantes a aviar receitas de várias centenas euros para levar ou enviar para a família.

As autoridades regionais sabem que, desde que a crise se agudizou na Venezuela, há quase dois anos, que os emigrantes têm procurado mais os serviços de saúde na Madeira para consultas, exames e tratamentos, mas também para comprar os medicamentos que faltam no país sul-americano. Há quem compre para si, mas são muitos os madeirenses que compram e mandam por um portador que esteja de viagem para a Venezuela.

O primeiro sinal de alerta da pressão sobre o orçamento regional disparou no fim de abril, um mês depois de começaemr os confrontos nas ruas de Caracas entre o governo de Maduro e a oposição. O IASaúde, a entidade que gere os reembolsos e as comparticipações nos medicamentos na Madeira, informou o Governo de Miguel Albuquerque sobre o aumento anormal nas despesas de comparticipação: mais 500 mil euros do que em abril de 2016. A tendência manteve-se em maio que, face a abril de 2017, aumentou 15%. Ou seja, mais 322 mil euros.

Os dados levaram Miguel Albuquerque a apelar à solidariedade da República e, no fim de maio, o secretário regional dos Assuntos Parlamentares acompanhou o secretário de Estado das Comunidades numa visita à Venezuela para ver de perto a situação dos emigrantes e dos luso-descendentes. Dessa visita, saiu um plano do qual consta uma passagem de José Luís Carneiro pela Madeira, a 17 de julho, onde deverá ser colocado a par do impacto que a chegada dos portugueses oriundos da Venezuela está a ter na região.

Regressos devem aumentar com fim do ano letivo

O Governo regional quer apresentar um dossiê detalhado ao secretário de Estado das Comunidades na visita prevista para daqui a um mês. O gabinete de apoio ao emigrante irá abrir uma dependência no aeroporto Cristiano Ronaldo, onde as pessoas vindas da Venezuela serão convidadas a preencher um formulário. A intenção é apurar as dificuldades e as necessidades dos que chegam, saber o que precisam e ver em que medida podem ser ajudados. Segundo Sérgio Marques, secretário dos Assuntos Parlamentares, as autoridades regionais querem ter números e dados mais exatos, saber quantos regressam e em que condições.

Esses dados serão a base do dossiê que o Governo da ilha entregará a José Luís Carneiro, e será sobre esse documento que se poderá discutir a solidariedade da República. O secretário dos Assuntos Parlamentares tem poucas dúvidas de que será mesmo necessária uma ajuda, já que a Madeira tem limites orçamentais e, na Venezuela, não se vislumbram sinais de mudança. “O mais provável é que a situação continue a deteriorar-se e que o êxodo de venezuelanos se mantenha. À Madeira chega apenas uma pequena parte de luso-descendentes, mas essa pequena parte deverá continuar a chegar nos próximos tempos”.

No curto prazo, esse regresso deverá intensificar-se em meados de julho, altura em que termina o ano letivo na Venezuela e muitas famílias estarão a organizar-se para não prejudicar os estudos dos filhos. Pelo menos, essa é a informação de que dispõe Sérgio Marques. Desde que se intensificaram os confrontos nas ruas, terão chegado à Madeira três a quatro mil pessoas, mas os valores são uma estimativa já que muitos são cidadãos portugueses.

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