Rui deixou a Ricon para o irmão, perdeu milhões no Trofense e criou a Refive

07-12-2017
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Manhã de 1 de Outubro de 2008: em comunicado enviado às redacções, a Ricon anunciava que tinha sido alcançado um acordo entre os accionistas do grupo, com Pedro Silva a ficar com o controlo a 100% do universo da dona da Gant em Portugal.

Tratava-se de uma separação entre irmãos, filhos de Américo Silva, que fundou o grupo em 1973. "Este acordo implica a saída do grupo por parte de Rui Silva, passando este a ocupar-se de outros negócios que não o vestuário", explicava o grupo no mesmo comunicado.

É que Rui Silva (na foto à direita) vinha a dedicar mais do seu tempo à presidência do clube de futebol Trofense, que tinha acabado de chegar à I Liga, onde apenas marcou presença na época de 2008/2009.

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Presidente do Trofense desde 2006, Rui Silva acabou por sair do cargo em 2011. O clube viveu com muitas dificuldades financeiras nos últimos anos, tendo acabado por se apresentar à insolvência.

Já este ano, com a equipa a disputar o campeonato de Portugal (correspondente à III divisão), o Trofense chegou a acordo com os credores, com o plano de recuperação aprovado a determinar que o clube tem 13 anos para pagar cerca de 1,5 milhões de euros.

Isto significa que os credores perdoaram a esmagadora maioria dos seus créditos, que ascendiam a 7,9 milhões de euros. Acontece que Rui Silva é detentor de quatro quintos (73%) desses créditos - em nome individual ou através de empresas relacionadas com a sua família -, pelo que, como reconheceu o então presidente da comissão administrativa do clube, o antigo accionista da Ricon "abdicou de vários milhões de euros em créditos".

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O que é feito de Rui Silva? No Verão do ano passado, o irmão de Pedro, que apresentou esta semana as empresas do grupo Ricon à insolvência, criou uma nova marca de moda, que está a tentar conquistar o mercado nacional e a lançar-se na internacionalização.

Chama-se Refive e já está presente em cerca de oito dezenas de pontos de venda multimarca em Portugal, onde prevê abrir as primeiras lojas próprias no próximo ano, e entrar em Espanha na Primavera.

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A Revive - Distribuição de Moda, empresa sediada na freguesia de Vilarinho das Cambas, em Famalicão, e dona da marca Refive, foi visitada, em Julho passado, pelo presidente da autarquia.

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"A nossa ambição de ultrapassar fronteiras é clara, fundamental para conseguirmos ganhar dimensão, mas ao mesmo tempo muito pensada e ponderada. Espanha é um prolongamento natural de Portugal e depois avançaremos para França", transmitiu Rui Silva a Paulo Cunha, presidente da Câmara de Famalicão.

Na altura, Rui Silva definiu a Refive, que emprega uma dúzia de pessoas, como "uma marca de ‘casual wear’ com um ‘twist’ de sofisticação revivalista, que combina design, tendências de moda e qualidade superior com preços médios", que subcontrata toda a produção a empresas portuguesas, sobretudo de Famalicão.

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Rui Silva conta com o apoio do seu pai, Américo Silva, como consultor estratégico de negócio.

Manhã de 1 de Outubro de 2008: em comunicado enviado às redacções, a Ricon anunciava que tinha sido alcançado um acordo entre os accionistas do grupo, com Pedro Silva a ficar com o controlo a 100% do universo da dona da Gant em Portugal.

Tratava-se de uma separação entre irmãos, filhos de Américo Silva, que fundou o grupo em 1973. "Este acordo implica a saída do grupo por parte de Rui Silva, passando este a ocupar-se de outros negócios que não o vestuário", explicava o grupo no mesmo comunicado.

É que Rui Silva (na foto à direita) vinha a dedicar mais do seu tempo à presidência do clube de futebol Trofense, que tinha acabado de chegar à I Liga, onde apenas marcou presença na época de 2008/2009.

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Presidente do Trofense desde 2006, Rui Silva acabou por sair do cargo em 2011. O clube viveu com muitas dificuldades financeiras nos últimos anos, tendo acabado por se apresentar à insolvência.

Já este ano, com a equipa a disputar o campeonato de Portugal (correspondente à III divisão), o Trofense chegou a acordo com os credores, com o plano de recuperação aprovado a determinar que o clube tem 13 anos para pagar cerca de 1,5 milhões de euros.

Isto significa que os credores perdoaram a esmagadora maioria dos seus créditos, que ascendiam a 7,9 milhões de euros. Acontece que Rui Silva é detentor de quatro quintos (73%) desses créditos - em nome individual ou através de empresas relacionadas com a sua família -, pelo que, como reconheceu o então presidente da comissão administrativa do clube, o antigo accionista da Ricon "abdicou de vários milhões de euros em créditos".

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O que é feito de Rui Silva? No Verão do ano passado, o irmão de Pedro, que apresentou esta semana as empresas do grupo Ricon à insolvência, criou uma nova marca de moda, que está a tentar conquistar o mercado nacional e a lançar-se na internacionalização.

Chama-se Refive e já está presente em cerca de oito dezenas de pontos de venda multimarca em Portugal, onde prevê abrir as primeiras lojas próprias no próximo ano, e entrar em Espanha na Primavera.

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Na altura, Rui Silva definiu a Refive, que emprega uma dúzia de pessoas, como "uma marca de ‘casual wear’ com um ‘twist’ de sofisticação revivalista, que combina design, tendências de moda e qualidade superior com preços médios", que subcontrata toda a produção a empresas portuguesas, sobretudo de Famalicão.

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