PàF: Pobreza à Frente

06-10-2019
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Pouco depois de ser eleito em 2011, Pedro Passos Coelho abandonou definitivamente a propaganda pré-eleitoral e mostrou ao que vinha: Portugal tinha que empobrecer. Ora bem, nem todos teriam que empobrecer, apenas aqueles que se encontravam do lado errado do fosso, fosso esse que não parou de aumentar desde que o actual governo chegou ao poder. Os restantes cresceram e multiplicaram-se.

Mas eis que as Legislativas estão de volta, e com elas novas promessas, indicadores surpreendentes e a transparência virtual a que as pessoas no poder nos têm habituado. No Centro de Incubação e Condicionamento de Castelo de Vide, Pedro Passos Coelho anunciou às camadas jovens esse seu grande conseguimento, que é também o cumprimento da sua promessa pós-eleitoral de empobrecimento generalizado do país: Portugal é hoje um país profundamente desigual. E, relembrando 2011, o ainda primeiro-ministro defendeu a necessidade de combater essas desigualdades, com a mesma convicção com que há 4 anos defendia o não aumento de impostos ou o fim dos cortes em salários e pensões.

Entre tantos inconseguimentos, seria injusto negar ao governo esta sua grande vitória. Prometeram empobrecer o país e cumpriram a sua promessa. Passos Coelho, do alto da humildade que todos lhe reconhecemos, ainda tentou desvalorizar o seu feito no início do ano, quando afirmava que existia menos pobreza do que aquela que as estatísticas reportavam. E, convenhamos, o homem sabe do que fala. Se há coisa da qual este governo percebe, é de estatísticas manipuladas.

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Pouco depois de ser eleito em 2011, Pedro Passos Coelho abandonou definitivamente a propaganda pré-eleitoral e mostrou ao que vinha: Portugal tinha que empobrecer. Ora bem, nem todos teriam que empobrecer, apenas aqueles que se encontravam do lado errado do fosso, fosso esse que não parou de aumentar desde que o actual governo chegou ao poder. Os restantes cresceram e multiplicaram-se.

Mas eis que as Legislativas estão de volta, e com elas novas promessas, indicadores surpreendentes e a transparência virtual a que as pessoas no poder nos têm habituado. No Centro de Incubação e Condicionamento de Castelo de Vide, Pedro Passos Coelho anunciou às camadas jovens esse seu grande conseguimento, que é também o cumprimento da sua promessa pós-eleitoral de empobrecimento generalizado do país: Portugal é hoje um país profundamente desigual. E, relembrando 2011, o ainda primeiro-ministro defendeu a necessidade de combater essas desigualdades, com a mesma convicção com que há 4 anos defendia o não aumento de impostos ou o fim dos cortes em salários e pensões.

Entre tantos inconseguimentos, seria injusto negar ao governo esta sua grande vitória. Prometeram empobrecer o país e cumpriram a sua promessa. Passos Coelho, do alto da humildade que todos lhe reconhecemos, ainda tentou desvalorizar o seu feito no início do ano, quando afirmava que existia menos pobreza do que aquela que as estatísticas reportavam. E, convenhamos, o homem sabe do que fala. Se há coisa da qual este governo percebe, é de estatísticas manipuladas.

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