Crónicas do Rochedo XXII – Pedro Passos Coelho

10-10-2017
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Quem pensa que a vida política de Pedro Passos Coelho terminou a 1 de Outubro de 2017 está enganado.

Para o PSD profundo, Pedro Passos Coelho é o líder que nunca perdeu umas eleições legislativas. Que ganhou a Sócrates e que, depois de quatro anos a governar com uma política de austeridade violenta, ganhou as legislativas a António Costa. E isso, como já se vê nas redes sociais nas opiniões desse PSD, é algo que não será esquecido. Daí o verdadeiro “tiro ao alvo” diário a Rui Rio, Morais Sarmento e Manuela Ferreira Leite.

Para a maioria dos militantes do PSD, Pedro Passos Coelho é um resistente e um vencedor, alguém a quem a história um dia fará justiça. E quando assim é, está a narrativa do mito em toda a sua força. A mesma que será resgatada após a derrota previsível do PSD nas próximas legislativas. E porquê essa derrota? Porque se o PSD escolher Rui Rio, o eleitorado vai olhar para ele como uma espécie de cópia de Costa na versão sisuda e cinzenta. E entre a cópia e o original… Se, por hipótese verosímil (pois o aparelho manda e muito) Luís Montenegro for o próximo presidente do PSD perde, porque entre o original (PPC) e a cópia a preto e branco em fotocopiadora chinesa de má qualidade, o eleitorado não hesita. O problema do PSD é mais profundo.

Esta era a hora para, mais do que escolher um novo líder para a fogueira, preparar o futuro com uma verdadeira discussão do que é e o que quer ser o PSD: Social Democrata? Liberal? Conservador? Do “centrão”? Quer ser um partido aglutinador do Centro Direita e da Direita? Ou quer ser uma espécie de PS mais “fino/queque”? Quer ser o partido dos pequenos e médios empresários, dos trabalhadores liberais, da classe média (a que resta)? Ou quer ser isto tudo ou nada disto? Esta era a altura certa para se discutir, para os militantes e simpatizantes do PSD e do PPD decidirem o futuro, o pensamento do partido, os caminhos que este deve trilhar para ser útil a Portugal. Se é certo que alguns, poucos (como Pedro Duarte, por exemplo), procuram que esse seja o caminho, a verdade nua e crua é que já está a grande maioria a tratar da velha e gasta mercearia. Quando vejo nomes como Luís Montenegro, Rui Rio, António Tavares (a sério???), Morais Sarmento, Hugo Soares (a sério????????), etc., na praça pública, não sei se chore ou ria. António Costa, esse, está que nem pode de tanto rir…

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Quem pensa que a vida política de Pedro Passos Coelho terminou a 1 de Outubro de 2017 está enganado.

Para o PSD profundo, Pedro Passos Coelho é o líder que nunca perdeu umas eleições legislativas. Que ganhou a Sócrates e que, depois de quatro anos a governar com uma política de austeridade violenta, ganhou as legislativas a António Costa. E isso, como já se vê nas redes sociais nas opiniões desse PSD, é algo que não será esquecido. Daí o verdadeiro “tiro ao alvo” diário a Rui Rio, Morais Sarmento e Manuela Ferreira Leite.

Para a maioria dos militantes do PSD, Pedro Passos Coelho é um resistente e um vencedor, alguém a quem a história um dia fará justiça. E quando assim é, está a narrativa do mito em toda a sua força. A mesma que será resgatada após a derrota previsível do PSD nas próximas legislativas. E porquê essa derrota? Porque se o PSD escolher Rui Rio, o eleitorado vai olhar para ele como uma espécie de cópia de Costa na versão sisuda e cinzenta. E entre a cópia e o original… Se, por hipótese verosímil (pois o aparelho manda e muito) Luís Montenegro for o próximo presidente do PSD perde, porque entre o original (PPC) e a cópia a preto e branco em fotocopiadora chinesa de má qualidade, o eleitorado não hesita. O problema do PSD é mais profundo.

Esta era a hora para, mais do que escolher um novo líder para a fogueira, preparar o futuro com uma verdadeira discussão do que é e o que quer ser o PSD: Social Democrata? Liberal? Conservador? Do “centrão”? Quer ser um partido aglutinador do Centro Direita e da Direita? Ou quer ser uma espécie de PS mais “fino/queque”? Quer ser o partido dos pequenos e médios empresários, dos trabalhadores liberais, da classe média (a que resta)? Ou quer ser isto tudo ou nada disto? Esta era a altura certa para se discutir, para os militantes e simpatizantes do PSD e do PPD decidirem o futuro, o pensamento do partido, os caminhos que este deve trilhar para ser útil a Portugal. Se é certo que alguns, poucos (como Pedro Duarte, por exemplo), procuram que esse seja o caminho, a verdade nua e crua é que já está a grande maioria a tratar da velha e gasta mercearia. Quando vejo nomes como Luís Montenegro, Rui Rio, António Tavares (a sério???), Morais Sarmento, Hugo Soares (a sério????????), etc., na praça pública, não sei se chore ou ria. António Costa, esse, está que nem pode de tanto rir…

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