Não chega já? Digam lá, é incompetência ou estão a fazer de propósito?

10-07-2019
marcar artigo

Bom dia,

Este é o seu Expresso Curto de terça-feira dia 9 de julho de 2019. Há cinco anos as manchetes dos jornais variavam entre BES e BES. Em poucos meses um império desmoronou-se arrastando com ele a imagem de uma das mais conhecidas famílias portuguesas, um império, empregos e muitos muitos milhões. Cinco anos depois, a Justiça diz que nada tem. Pelo contrário, quer mais tempo.

Estão à espera de resposta às cartas rogatórias enviadas para a Suíça. Há três anos. Assim, a investigação ao ‘Universo Espírito Santo’ que devia estar concluída, foi adiada sine die. As autoridades portuguesas não mandam no calendário das autoridades suíças mas, quando um dos países mais desenvolvidos do mundo demora três anos para responder às exigências de uma investigação é motivo para tocarem todos os alarmes em Lisboa. Mesmo quando esse país é a Suíça que protegeu durante anos, atrás de cortina de aço, banqueiros de todo o mundo.

Já mudou o Governo, o BES já não existe, o Novo Banco foi vendido, a PT também, a crise foi embora e com ela a Troika. Até os lesados do Grupo Espírito Santo foram ressarcidos graças a promessas políticas disparatadas.

Acusados sobre um dos maiores escândalos financeiros é que não há.

Claro que os processos são complicados e envolvem vários países, o que aumenta a complexidade, principalmente quando se fala de bancos. Sabemos que a Justiça tem poucos meios e que do outro lado há dinheiro para comprar o serviço dos melhores advogados. Mas há limites. Para as pessoas envolvidas e para a nossa paciência. A morosidade de todos estes processos só serve para aumentar o descrédito na Justiça.

Nem a propósito, Ricardo Salgado, um dos visados nesta investigação, foi ontem a tribunal no âmbito de outro processo que também parece não ter fim, a “Operação Marquês”. O ex-banqueiro (acusado da prática dos crimes de corrupção ativa de titular de cargo político, branqueamento de capitais, abuso de confiança, falsificação de documentos e fraude fiscal qualificada) foi ouvido ontem por Ivo Rosa, o juiz de instrução do caso, para explicar como foram parar às mãos de Zeinal Bava 25,2 milhões de euros.

À saída disse ter “esclarecido tudo” em relação aos dinheiros atribuídos ao ex-presidente da PT e garantiu, depois de ter dito que não lhe fizeram perguntas sobre José Sócrates, “nunca na vida corrompi alguém”. Estamos todos mais descansados. Não estamos?

Quando a esmola é muita Os dois líderes dos principais partidos a prometerem no espaço de poucos dias descida de impostos e mais investimento público! É fácil perceber que só podemos estar perto de eleições. Primeiro foi Rui Rio a comprometer-se baixar vários impostos, agora foi António Costa. O primeiro-ministro promete que vai "continuar a prosseguir a trajetória de diminuição dos impostos sobre o trabalho, como tem acontecido ao longo desta legislatura. Costa lembrou que "este ano, os portugueses pagaram menos mil milhões de euros de IRS do que teriam pago com os mesmos rendimentos em 2015".

OUTRAS NOTÍCIAS

Rio ao ataque O líder do PSD ainda não sabe o que vai fazer se perder as eleições de outubro. Em entrevista à TVI, garante que ficar “vai depender de muitos fatores”. Na entrevista Rui Rio fugiu a comentar diretamente a polémica em torno da demissão do seu vice-presidente, Castro Almeida, mas rejeitou as críticas de centralismo — "Quem me conhece bem sabe que não. Só quando tenho relativamente a uma matéria uma convicção, aí sou inabalável. Aí não vale a pena fazer reuniões que não mudo de opinião, mas isso são coisas pontuais, no dia a dia não.”.

Onde a convicção de Rui Rio não parece de todo inabalável é em relação às 35 horas semanais de trabalho para a função pública. Depois das inúmeras criticas à medida, o líder laranja vem agora dizer que vão “fazer um esforço para pôr cá fora uma solução que não precise à cabeça de voltar a passar das 35 para as 40 horas".

Desculpem qualquer coisinha O sindicato dos motoristas de matérias perigosas avançou com um pedido de desculpas aos portugueses pela greve prevista para agosto. Numa carta dirigida à Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) pedem “perdão aos portugueses por eventuais transtornos no seu quotidiano”.

Sempre a descer Em dez anos os licenciados perderam 15,8% do seu poder de compra. Entre 2007 e 2017, os trabalhadores por conta de outrem com formação superior viram o salário médio descer de 1896,5 euros para 1823,2 euros, revelam os dados mais recentes do Ministério do Trabalho. Se a análise considerar o valor da inflação a queda é muito maior.

E a subir Não é de hoje, é da edição de sábado do Expresso, umas das notícias mais lidas dos últimos dias. Se perdeu veja aqui os projetos para as novas prisões onde o Governo vai gastar €120 milhões para as transformar em espaços com quartos sem grades, mas com árvores e relva. Tudo para promover a redução do stresse e o equilíbrio emocional.

Dicas de poupança Mais um grande trabalho de Pedro Andersson, desta vez sobre a sua fatura de telecomunicações. Fica a dica. Olhe bem para a sua fatura de julho. Se não tiver a data do fim da fidelização e o valor da penalização em caso de um eventual fim antecipado do contrato, é porque a operadora lhe está a esconder (legalmente, porque você não pediu) informações importantes.

Boa João Há coisas que parecem constantes. Perder com Nadal é uma delas. O português sucumbiu ao espanhol que muito raramente perde. João Sousa sai (6-2, 6-2 e 6-2) de Wimbledon nos oitavos-de-final com a melhor prestação de sempre de um tenista português.

Vozes serenas Ainda sobre a polémica em torno do artigo de Maria de Fátima Bonifácio vale a pena ler este de Daniel Oliveira.

É Kyriakos Mitsotakis O novo primeiro-ministro da Grécia faz parte de uma das mais poderosas dinastias políticas no país mas insiste em que se olhe para o currículo e não para o apelido. Estudou em Harvard e Stanford, fez consultoria financeira e chegou a trabalhar para o Banco Nacional grego.

Apanharam o ‘Barão Invisível’ Em agosto de 2016 o Expresso publicou uma grande investigação (que pode ler aqui), sobre Nicola Assisi, um dos principais traficantes de droga ao serviço da ’Ndrangheta (máfia calabresa italiana). O trabalho jornalístico foi coordenado pelo IRPI (Investigative Reporting Project Italy), em Itália. Nicola chegou a ser detido em Portugal, em 2014, mas conseguiu fugir. Agora, foi apanhado numa operação policial no Brasil batizada com o nome do trabalho de investigação: “Barão Invisível”.

Moro ao Sol Sérgio Moro, ministro da Justiça do Brasil, vai tirar uma licença de cinco dias para “tratar de assuntos particulares”. Esta é a justificação oficial, numa altura em que Moro tem sido alvo de uma onda de críticas desde que foram divulgadas mensagens que provam a sua interferência na investigação do processo Lava Jato.

Deixem-no morrer Vincent está há 11 anos em morte cerebral. O seu caso dividiu a própria família em longas batalhas legais para lhe permitir a morte ou, por outro lado, para que os médicos continuassem a alimentá-lo por via intravenosa. Os pais de Vincent Lambert disseram agora que não vão lutar mais para o manter vivo.

Com ele não Trump diz que os Estados Unidos não irão manter qualquer contacto com o embaixador britânico em Washington depois de terem sido divulgadas mensagens do diplomata a criticar a administração e o presidente norte americano.

É desta? O financeiro e multimilionário americano, Jeffrey Epstein, foi acusado de manter relação sexuais com raparigas menores. Os alegados crimes terão ocorrido nas suas casas em Miami e em Manhattan (uma mansão de 56 milhões de dólares onde foram encontradas provas comprometedoras).

A agonia do alemão Depois de ter anunciado a criação de um banco mau no valor de 74 mil milhões de euros e da intenção de cortar 18 mil postos de trabalho, o Deutsche Bank começou a escolher as equipas que serão cortadas. Sim, a escolha, para já, nem sequer é individual. O gigante alemão está a dispensar equipas inteiras em todo o mundo.

Depois de Paris, Berlim A cidade alemã está a ser invadida pelas scooter. ‘Expulsas’ de Paris, as startups escolheram o seu novo alvo.

FRASES

“Não tenho a menor das dúvidas de que Azeredo Lopes não cometeu qualquer ilegalidade ou qualquer tipo de crime” – António Costa

"Foi seguramente a mais traumática de todas as experiências vividas nos últimos anos na Europa [crise financeira], foi o maior conjunto de pacotes de ajuda externa alguma vez desenhados no mundo e na história. É muito importante ter a noção disso e da responsabilidade que isso coloca seguramente no novo Governo grego. Ninguém quer voltar a experimentar o que foram aqueles anos e aqueles dias de ajuda económica" - Mário Centeno.

"O tema dos valores é uma coisa do mercado, não me interessa. Quero simplesmente jogar e fazer o meu trabalho. O que me interessa é ajudar o clube. Não presto muita atenção, ou nenhuma, ao assunto do valor da transferência" - João Félix sobre a transferência para o Atlético de Madrid.

O QUE EU ANDO A LER

Joachim Fest morreu em 2006, mas a sua obra é eterna, como deve ser. Como tem de ser. Para que nos lembremos sempre. Um dos maiores historiadores do nazismo cresceu na luta anti-Hitler e, no pós guerra, fez deste o seu objeto de estudo.

“Podemos afundar-nos. Mas levamos connosco um mundo inteiro”. A citação, atribuída ao líder nazi, torna-se, no prefácio deste livro, o fio condutor que nos transporta para os últimos dias de Hitler. Como ele, de dentro do seu bunker, a 10 metros de profundidade, continuava a comandar e a pôr em prática um terrível plano, não de destruição do inimigo, mas de auto destruição. ‘No bunker de Hitler — os últimos dias do Terceiro Reich’ foi publicado originalmente em 2002 e foi, mais tarde, a base para o argumento do filme ‘A Queda’. A reedição da Guerra e Paz é imperdível para quem ainda não conhece a obra. Um retrato o mais fiel possível dos últimos dias de um império construído pelas armas, erguido sobre o medo e o ódio. Uma descrição brutal de um dos episódios mais destruidoras da II Guerra Mundial e muitas vezes ignorado, a Batalha de Berlim.

Este Expresso Curto fica por aqui. Tenha uma ótima terça-feira, cuidado com o calor (mas só amanhã), e não se esqueça que pode ir acompanhando toda a atualidade e a melhor opinião em www.expresso.pt e que, ao final do dia, tem mais uma edição do Expresso Diário.

Bom dia,

Este é o seu Expresso Curto de terça-feira dia 9 de julho de 2019. Há cinco anos as manchetes dos jornais variavam entre BES e BES. Em poucos meses um império desmoronou-se arrastando com ele a imagem de uma das mais conhecidas famílias portuguesas, um império, empregos e muitos muitos milhões. Cinco anos depois, a Justiça diz que nada tem. Pelo contrário, quer mais tempo.

Estão à espera de resposta às cartas rogatórias enviadas para a Suíça. Há três anos. Assim, a investigação ao ‘Universo Espírito Santo’ que devia estar concluída, foi adiada sine die. As autoridades portuguesas não mandam no calendário das autoridades suíças mas, quando um dos países mais desenvolvidos do mundo demora três anos para responder às exigências de uma investigação é motivo para tocarem todos os alarmes em Lisboa. Mesmo quando esse país é a Suíça que protegeu durante anos, atrás de cortina de aço, banqueiros de todo o mundo.

Já mudou o Governo, o BES já não existe, o Novo Banco foi vendido, a PT também, a crise foi embora e com ela a Troika. Até os lesados do Grupo Espírito Santo foram ressarcidos graças a promessas políticas disparatadas.

Acusados sobre um dos maiores escândalos financeiros é que não há.

Claro que os processos são complicados e envolvem vários países, o que aumenta a complexidade, principalmente quando se fala de bancos. Sabemos que a Justiça tem poucos meios e que do outro lado há dinheiro para comprar o serviço dos melhores advogados. Mas há limites. Para as pessoas envolvidas e para a nossa paciência. A morosidade de todos estes processos só serve para aumentar o descrédito na Justiça.

Nem a propósito, Ricardo Salgado, um dos visados nesta investigação, foi ontem a tribunal no âmbito de outro processo que também parece não ter fim, a “Operação Marquês”. O ex-banqueiro (acusado da prática dos crimes de corrupção ativa de titular de cargo político, branqueamento de capitais, abuso de confiança, falsificação de documentos e fraude fiscal qualificada) foi ouvido ontem por Ivo Rosa, o juiz de instrução do caso, para explicar como foram parar às mãos de Zeinal Bava 25,2 milhões de euros.

À saída disse ter “esclarecido tudo” em relação aos dinheiros atribuídos ao ex-presidente da PT e garantiu, depois de ter dito que não lhe fizeram perguntas sobre José Sócrates, “nunca na vida corrompi alguém”. Estamos todos mais descansados. Não estamos?

Quando a esmola é muita Os dois líderes dos principais partidos a prometerem no espaço de poucos dias descida de impostos e mais investimento público! É fácil perceber que só podemos estar perto de eleições. Primeiro foi Rui Rio a comprometer-se baixar vários impostos, agora foi António Costa. O primeiro-ministro promete que vai "continuar a prosseguir a trajetória de diminuição dos impostos sobre o trabalho, como tem acontecido ao longo desta legislatura. Costa lembrou que "este ano, os portugueses pagaram menos mil milhões de euros de IRS do que teriam pago com os mesmos rendimentos em 2015".

OUTRAS NOTÍCIAS

Rio ao ataque O líder do PSD ainda não sabe o que vai fazer se perder as eleições de outubro. Em entrevista à TVI, garante que ficar “vai depender de muitos fatores”. Na entrevista Rui Rio fugiu a comentar diretamente a polémica em torno da demissão do seu vice-presidente, Castro Almeida, mas rejeitou as críticas de centralismo — "Quem me conhece bem sabe que não. Só quando tenho relativamente a uma matéria uma convicção, aí sou inabalável. Aí não vale a pena fazer reuniões que não mudo de opinião, mas isso são coisas pontuais, no dia a dia não.”.

Onde a convicção de Rui Rio não parece de todo inabalável é em relação às 35 horas semanais de trabalho para a função pública. Depois das inúmeras criticas à medida, o líder laranja vem agora dizer que vão “fazer um esforço para pôr cá fora uma solução que não precise à cabeça de voltar a passar das 35 para as 40 horas".

Desculpem qualquer coisinha O sindicato dos motoristas de matérias perigosas avançou com um pedido de desculpas aos portugueses pela greve prevista para agosto. Numa carta dirigida à Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) pedem “perdão aos portugueses por eventuais transtornos no seu quotidiano”.

Sempre a descer Em dez anos os licenciados perderam 15,8% do seu poder de compra. Entre 2007 e 2017, os trabalhadores por conta de outrem com formação superior viram o salário médio descer de 1896,5 euros para 1823,2 euros, revelam os dados mais recentes do Ministério do Trabalho. Se a análise considerar o valor da inflação a queda é muito maior.

E a subir Não é de hoje, é da edição de sábado do Expresso, umas das notícias mais lidas dos últimos dias. Se perdeu veja aqui os projetos para as novas prisões onde o Governo vai gastar €120 milhões para as transformar em espaços com quartos sem grades, mas com árvores e relva. Tudo para promover a redução do stresse e o equilíbrio emocional.

Dicas de poupança Mais um grande trabalho de Pedro Andersson, desta vez sobre a sua fatura de telecomunicações. Fica a dica. Olhe bem para a sua fatura de julho. Se não tiver a data do fim da fidelização e o valor da penalização em caso de um eventual fim antecipado do contrato, é porque a operadora lhe está a esconder (legalmente, porque você não pediu) informações importantes.

Boa João Há coisas que parecem constantes. Perder com Nadal é uma delas. O português sucumbiu ao espanhol que muito raramente perde. João Sousa sai (6-2, 6-2 e 6-2) de Wimbledon nos oitavos-de-final com a melhor prestação de sempre de um tenista português.

Vozes serenas Ainda sobre a polémica em torno do artigo de Maria de Fátima Bonifácio vale a pena ler este de Daniel Oliveira.

É Kyriakos Mitsotakis O novo primeiro-ministro da Grécia faz parte de uma das mais poderosas dinastias políticas no país mas insiste em que se olhe para o currículo e não para o apelido. Estudou em Harvard e Stanford, fez consultoria financeira e chegou a trabalhar para o Banco Nacional grego.

Apanharam o ‘Barão Invisível’ Em agosto de 2016 o Expresso publicou uma grande investigação (que pode ler aqui), sobre Nicola Assisi, um dos principais traficantes de droga ao serviço da ’Ndrangheta (máfia calabresa italiana). O trabalho jornalístico foi coordenado pelo IRPI (Investigative Reporting Project Italy), em Itália. Nicola chegou a ser detido em Portugal, em 2014, mas conseguiu fugir. Agora, foi apanhado numa operação policial no Brasil batizada com o nome do trabalho de investigação: “Barão Invisível”.

Moro ao Sol Sérgio Moro, ministro da Justiça do Brasil, vai tirar uma licença de cinco dias para “tratar de assuntos particulares”. Esta é a justificação oficial, numa altura em que Moro tem sido alvo de uma onda de críticas desde que foram divulgadas mensagens que provam a sua interferência na investigação do processo Lava Jato.

Deixem-no morrer Vincent está há 11 anos em morte cerebral. O seu caso dividiu a própria família em longas batalhas legais para lhe permitir a morte ou, por outro lado, para que os médicos continuassem a alimentá-lo por via intravenosa. Os pais de Vincent Lambert disseram agora que não vão lutar mais para o manter vivo.

Com ele não Trump diz que os Estados Unidos não irão manter qualquer contacto com o embaixador britânico em Washington depois de terem sido divulgadas mensagens do diplomata a criticar a administração e o presidente norte americano.

É desta? O financeiro e multimilionário americano, Jeffrey Epstein, foi acusado de manter relação sexuais com raparigas menores. Os alegados crimes terão ocorrido nas suas casas em Miami e em Manhattan (uma mansão de 56 milhões de dólares onde foram encontradas provas comprometedoras).

A agonia do alemão Depois de ter anunciado a criação de um banco mau no valor de 74 mil milhões de euros e da intenção de cortar 18 mil postos de trabalho, o Deutsche Bank começou a escolher as equipas que serão cortadas. Sim, a escolha, para já, nem sequer é individual. O gigante alemão está a dispensar equipas inteiras em todo o mundo.

Depois de Paris, Berlim A cidade alemã está a ser invadida pelas scooter. ‘Expulsas’ de Paris, as startups escolheram o seu novo alvo.

FRASES

“Não tenho a menor das dúvidas de que Azeredo Lopes não cometeu qualquer ilegalidade ou qualquer tipo de crime” – António Costa

"Foi seguramente a mais traumática de todas as experiências vividas nos últimos anos na Europa [crise financeira], foi o maior conjunto de pacotes de ajuda externa alguma vez desenhados no mundo e na história. É muito importante ter a noção disso e da responsabilidade que isso coloca seguramente no novo Governo grego. Ninguém quer voltar a experimentar o que foram aqueles anos e aqueles dias de ajuda económica" - Mário Centeno.

"O tema dos valores é uma coisa do mercado, não me interessa. Quero simplesmente jogar e fazer o meu trabalho. O que me interessa é ajudar o clube. Não presto muita atenção, ou nenhuma, ao assunto do valor da transferência" - João Félix sobre a transferência para o Atlético de Madrid.

O QUE EU ANDO A LER

Joachim Fest morreu em 2006, mas a sua obra é eterna, como deve ser. Como tem de ser. Para que nos lembremos sempre. Um dos maiores historiadores do nazismo cresceu na luta anti-Hitler e, no pós guerra, fez deste o seu objeto de estudo.

“Podemos afundar-nos. Mas levamos connosco um mundo inteiro”. A citação, atribuída ao líder nazi, torna-se, no prefácio deste livro, o fio condutor que nos transporta para os últimos dias de Hitler. Como ele, de dentro do seu bunker, a 10 metros de profundidade, continuava a comandar e a pôr em prática um terrível plano, não de destruição do inimigo, mas de auto destruição. ‘No bunker de Hitler — os últimos dias do Terceiro Reich’ foi publicado originalmente em 2002 e foi, mais tarde, a base para o argumento do filme ‘A Queda’. A reedição da Guerra e Paz é imperdível para quem ainda não conhece a obra. Um retrato o mais fiel possível dos últimos dias de um império construído pelas armas, erguido sobre o medo e o ódio. Uma descrição brutal de um dos episódios mais destruidoras da II Guerra Mundial e muitas vezes ignorado, a Batalha de Berlim.

Este Expresso Curto fica por aqui. Tenha uma ótima terça-feira, cuidado com o calor (mas só amanhã), e não se esqueça que pode ir acompanhando toda a atualidade e a melhor opinião em www.expresso.pt e que, ao final do dia, tem mais uma edição do Expresso Diário.

marcar artigo