Rio responde em alemão sobre Silvano: “Ich weiss nicht was sie sagen” – Observador

08-11-2018
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Primeiro foi iogurte, agora é Berlim. Rui Rio não escondeu o desconforto com o caso Silvano no segundo dia do Congresso do PPE. Ao entrar no centro de congressos Messukeskus, em Helsínquia, o presidente do PSD respondeu às perguntas sobre o secretário-geral em alemão. Confrontado pelos jornalistas portugueses em Português, Rio só falou na língua estrangeira. Começou por perguntar, em alemão: “Bom dia, dormiram bem?” Após as primeiras perguntas, acrescentou no mesmo registo: “Hoje não preciso de falar”. Quando a pergunta foi mais séria, sobre o facto do Ministério Público estar a analisar o caso José Silvano, Rio voltou a responder em alemão: “Ich weiss nicht was sie sagen”. Em português: “Não sei do que estão a falar.”

As perguntas foram feitas enquanto Rio se ia a escapar e, após um jornalista perguntar ao presidente do PSD se não ia falar português, este respondeu novamente em alemão a dizer: “De todo. Não. De todo.” E despediu-se novamente em alemão: “Adeus”.

Oiça o som do momento insólito:

Na quarta-feira, na intervenção no Congresso, Rio optou por falar em alemão, mas aí tinha uma justificação: não podia falar português e tinha de optar por espanhol, inglês, francês e o alemão, a língua que se sente mais confortável.

Já na quarta-feira, no primeiro dia de Congresso em Helsínquia, Rui Rio recorreu a uma metáfora com laticínios para fugir às questões sobre o secretário-geral do PSD, José Silvano, que continua sem explicar como teve uma presença fantasma no hemiciclo. “As minhas palavras não são como os iogurtes, que têm uma validade de 30 dias, têm uma validade prolongada”, disse o presidente do PSD à chegada do Congresso do Partido Popular Europeu, em Helsínquia. Rio dizia que, para saberem a sua opinião, os jornalistas só precisariam de rebobinar o que disse nos últimos dias, em que reduziu o caso a uma “pequena questiúncula”. Para Rio nada mudou desde que falou já que as suas palavras “só se alteram quando se alteram as circunstâncias”. Ou seja: está satisfeito com as justificações dadas por Silvano.

Texto de Rui Pedro Antunes (em Helsínquia).

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Primeiro foi iogurte, agora é Berlim. Rui Rio não escondeu o desconforto com o caso Silvano no segundo dia do Congresso do PPE. Ao entrar no centro de congressos Messukeskus, em Helsínquia, o presidente do PSD respondeu às perguntas sobre o secretário-geral em alemão. Confrontado pelos jornalistas portugueses em Português, Rio só falou na língua estrangeira. Começou por perguntar, em alemão: “Bom dia, dormiram bem?” Após as primeiras perguntas, acrescentou no mesmo registo: “Hoje não preciso de falar”. Quando a pergunta foi mais séria, sobre o facto do Ministério Público estar a analisar o caso José Silvano, Rio voltou a responder em alemão: “Ich weiss nicht was sie sagen”. Em português: “Não sei do que estão a falar.”

As perguntas foram feitas enquanto Rio se ia a escapar e, após um jornalista perguntar ao presidente do PSD se não ia falar português, este respondeu novamente em alemão a dizer: “De todo. Não. De todo.” E despediu-se novamente em alemão: “Adeus”.

Oiça o som do momento insólito:

Na quarta-feira, na intervenção no Congresso, Rio optou por falar em alemão, mas aí tinha uma justificação: não podia falar português e tinha de optar por espanhol, inglês, francês e o alemão, a língua que se sente mais confortável.

Já na quarta-feira, no primeiro dia de Congresso em Helsínquia, Rui Rio recorreu a uma metáfora com laticínios para fugir às questões sobre o secretário-geral do PSD, José Silvano, que continua sem explicar como teve uma presença fantasma no hemiciclo. “As minhas palavras não são como os iogurtes, que têm uma validade de 30 dias, têm uma validade prolongada”, disse o presidente do PSD à chegada do Congresso do Partido Popular Europeu, em Helsínquia. Rio dizia que, para saberem a sua opinião, os jornalistas só precisariam de rebobinar o que disse nos últimos dias, em que reduziu o caso a uma “pequena questiúncula”. Para Rio nada mudou desde que falou já que as suas palavras “só se alteram quando se alteram as circunstâncias”. Ou seja: está satisfeito com as justificações dadas por Silvano.

Texto de Rui Pedro Antunes (em Helsínquia).

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