Rio lembra vitórias de 2001 como inspiração para 2019

22-12-2018
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Política Rio lembra vitórias de 2001 como inspiração para 2019 20.12.2018 às 0h10 Facebook Twitter Email Whatsapp Mais Google+ Linkedin Pinterest Link: MÁRIO CRUZ/LUSA No jantar de Natal do PSD, Rui Rio inspirou-se nas vitórias improváveis de há 17 anos para lançar um ano com três eleições. Fez já o balanço de 2018 e 2019, e anunciou que o PSD terá uma proposta de atualização da Lei de Bases da Saúde Filipe Santos Costa Jornalista da secção Política Não há coincidências: no jantar de natal do grupo parlamentar do PSD, esta quarta-feira à noite, Rui Rio fez as contas e encontrou uma efeméride auspiciosa. O encontro, que decorreu na Assembleia da República, aconteceu “exatamente” dezassete anos depois de um outro jantar de natal do grupo parlamentar do PSD. Nesse, a 19 de dezembro de 2001, o PSD ainda festejava a vitória, três dias antes, nas eleições autárquicas - a noite em que Pedro Santana Lopes venceu a câmara de Lisboa e Rui Rio conquistou a autarquia do Porto -, vitória essa que abriu caminho a outra, nas legislativas antecipadas de 2002, em que venceu Durão Barroso. Três candidatos, lembrou Rui Rio, que “pelas opiniões publicadas e pelas sondagens, jamais ganhariam as eleições a que se propunham. Santana Lopes, ainda havia uma ténue esperança de ganhar Lisboa, eu era impossível ganhar o Porto e Durão Barroso era impossível alguma vez ganhar as legislativas.” Invocada a efeméride, mesmo sem número redondo, Rio retirou daí um bom auspício: “Espero que esta coincidência de datas - faz 17 anos hoje, a esta hora - possa ser a mola impulsionadora para podermos daqui a alguns meses ter vitórias, talvez não tão estrondosas como essa, mas vitórias reais nos atos eleitorais que vamos ter” - as europeias, as regionais da Madeira e as legislativas. A memória de Rio, porém, traiu-o. De facto nenhuma sondagem previu a sua vitória no Porto (longe disso), e o triunfo de Santana em Lisboa, não sendo previsível, era dado como possível. Mas, nesse dia de dezembro de 2001, a vitória de Durão Barroso nas legislativas (que aconteceram em março) estava longe de ser improvável. Pelo contrário: logo na primeira sondagem após essas autárquicas, divulgada pelo Público, PS e PSD surgiam em situação de empate técnico, com vantagem para Durão Barroso. E, se olharmos para o PSD de Durão Barroso à mesma distância a que estamos hoje das eleições de 2019, a versão de Rio também não adere à realidade - a dez meses das legislativas de 2002, o barómetro do Expresso punha o PSD só um ponto percentual atrás do PS, que era Governo; agora, o barómetro coloca o PSD de Rui Rio a 15 pontos do PS... PSD com lei de bases da Saúde Num discurso de cerca de quarenta minutos, perante o grupo parlamentar e quase toda a direção do PSD, Rui Rio deixou apenas uma novidade: o anúncio de que o partido terá uma proposta própria para a revisão da Lei de Bases da Saúde. Sem revoluções, apenas com adaptações à atualidade. "É preciso modernizar a lei atual e adaptá-la às circunstâncias atuais", disse Rio, assegurando que "não é preciso fazer nenhuma revolução ao que é a lei atual", que já tem 28 anos. "Mais importante de que [saber] se é mais público ou privado ou mais social, é que se sirva as pessoas e ao preço o mais económico que se consiga. O que temos é de cumprir a Constituição: as pessoas terem acesso ao SNS e de forma tendencialmente gratuita. E por isso o PSD vai também apresentar o seu projeto de lei relativamente à Lei de Bases da Saúde", anunciou Rio. “Quem semeia ilusões, colhe greves” Aproveitando o final do ano, Rio fez um balanço “sintético” de 2018 e, prospetivamente, até fez o balanço de 2019, pois “isto não vai mudar muito”. Para o líder social-democrata, o Governo do PS, apoiado pelo PCP e pelo BE, tem “três marcas”: “o PS não tem uma estratégia de crescimento económico, que é aquilo de que Portugal mais precisa”, assistimos à “degradação dos serviços públicos”, e temos um “governo que engana os portugueses”. É esse “engano”, segundo Rio, que justifica o clima de agitação social que o país tem vivido. "O povo diz que quem semeia ventos colhe tempestades, eu diria que quem semeia ilusões, colhe greves. Estas greves são o resultado de quem vendeu uma realidade que é virtual e não corresponde ao que o país é capaz de dar", explicou o líder da oposição. Facebook Twitter Email Whatsapp Mais Google+ Linkedin Pinterest Link:

Política Rio lembra vitórias de 2001 como inspiração para 2019 20.12.2018 às 0h10 Facebook Twitter Email Whatsapp Mais Google+ Linkedin Pinterest Link: MÁRIO CRUZ/LUSA No jantar de Natal do PSD, Rui Rio inspirou-se nas vitórias improváveis de há 17 anos para lançar um ano com três eleições. Fez já o balanço de 2018 e 2019, e anunciou que o PSD terá uma proposta de atualização da Lei de Bases da Saúde Filipe Santos Costa Jornalista da secção Política Não há coincidências: no jantar de natal do grupo parlamentar do PSD, esta quarta-feira à noite, Rui Rio fez as contas e encontrou uma efeméride auspiciosa. O encontro, que decorreu na Assembleia da República, aconteceu “exatamente” dezassete anos depois de um outro jantar de natal do grupo parlamentar do PSD. Nesse, a 19 de dezembro de 2001, o PSD ainda festejava a vitória, três dias antes, nas eleições autárquicas - a noite em que Pedro Santana Lopes venceu a câmara de Lisboa e Rui Rio conquistou a autarquia do Porto -, vitória essa que abriu caminho a outra, nas legislativas antecipadas de 2002, em que venceu Durão Barroso. Três candidatos, lembrou Rui Rio, que “pelas opiniões publicadas e pelas sondagens, jamais ganhariam as eleições a que se propunham. Santana Lopes, ainda havia uma ténue esperança de ganhar Lisboa, eu era impossível ganhar o Porto e Durão Barroso era impossível alguma vez ganhar as legislativas.” Invocada a efeméride, mesmo sem número redondo, Rio retirou daí um bom auspício: “Espero que esta coincidência de datas - faz 17 anos hoje, a esta hora - possa ser a mola impulsionadora para podermos daqui a alguns meses ter vitórias, talvez não tão estrondosas como essa, mas vitórias reais nos atos eleitorais que vamos ter” - as europeias, as regionais da Madeira e as legislativas. A memória de Rio, porém, traiu-o. De facto nenhuma sondagem previu a sua vitória no Porto (longe disso), e o triunfo de Santana em Lisboa, não sendo previsível, era dado como possível. Mas, nesse dia de dezembro de 2001, a vitória de Durão Barroso nas legislativas (que aconteceram em março) estava longe de ser improvável. Pelo contrário: logo na primeira sondagem após essas autárquicas, divulgada pelo Público, PS e PSD surgiam em situação de empate técnico, com vantagem para Durão Barroso. E, se olharmos para o PSD de Durão Barroso à mesma distância a que estamos hoje das eleições de 2019, a versão de Rio também não adere à realidade - a dez meses das legislativas de 2002, o barómetro do Expresso punha o PSD só um ponto percentual atrás do PS, que era Governo; agora, o barómetro coloca o PSD de Rui Rio a 15 pontos do PS... PSD com lei de bases da Saúde Num discurso de cerca de quarenta minutos, perante o grupo parlamentar e quase toda a direção do PSD, Rui Rio deixou apenas uma novidade: o anúncio de que o partido terá uma proposta própria para a revisão da Lei de Bases da Saúde. Sem revoluções, apenas com adaptações à atualidade. "É preciso modernizar a lei atual e adaptá-la às circunstâncias atuais", disse Rio, assegurando que "não é preciso fazer nenhuma revolução ao que é a lei atual", que já tem 28 anos. "Mais importante de que [saber] se é mais público ou privado ou mais social, é que se sirva as pessoas e ao preço o mais económico que se consiga. O que temos é de cumprir a Constituição: as pessoas terem acesso ao SNS e de forma tendencialmente gratuita. E por isso o PSD vai também apresentar o seu projeto de lei relativamente à Lei de Bases da Saúde", anunciou Rio. “Quem semeia ilusões, colhe greves” Aproveitando o final do ano, Rio fez um balanço “sintético” de 2018 e, prospetivamente, até fez o balanço de 2019, pois “isto não vai mudar muito”. Para o líder social-democrata, o Governo do PS, apoiado pelo PCP e pelo BE, tem “três marcas”: “o PS não tem uma estratégia de crescimento económico, que é aquilo de que Portugal mais precisa”, assistimos à “degradação dos serviços públicos”, e temos um “governo que engana os portugueses”. É esse “engano”, segundo Rio, que justifica o clima de agitação social que o país tem vivido. "O povo diz que quem semeia ventos colhe tempestades, eu diria que quem semeia ilusões, colhe greves. Estas greves são o resultado de quem vendeu uma realidade que é virtual e não corresponde ao que o país é capaz de dar", explicou o líder da oposição. Facebook Twitter Email Whatsapp Mais Google+ Linkedin Pinterest Link:

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