CDU do Porto critica Rui Moreira por ser como o Tio Patinhas

27-04-2017
marcar artigo

Embora seja apologista de contas equilibradas, Pedro Carvalho vai votar contra o Relatório de Gestão 2016 da Câmara do Porto, a apresentar amanhã em reunião do executivo municipal. A justificação do vereador sem pelouro da CDU para o 'chumbo' é que “a política pública não foi feita para gerar lucro ou aforrar”.

Em conferência de imprensa, esta terça-feira, a CDU do Porto não poupou nas críticas ao executivo autárquico, “recordista das baixas taxas de execução orçamental e da elevada execução do lado da receita, sobretudo fiscal”. Na origem da censura à estratégia de gestão de Rui Moreira está o saldo global de 66 milhões de euros relativo às contas de 2016, num ano em que a taxa de execução não foi além dos 78,1%.

“Tendo em conta que a receita global foi de €272,8 milhões e a despesa total de €206,8 milhões, isto significa que a atual coligação foi a campeã da baixa execução orçamental”, referiu Pedro Carvalho, apontando o dedo à crescente política de poupança num mandato em que o Rui Moreira “não cumpriu, nem irá cumprir até outubro, nenhuma das suas obras de bandeira eleitoral”.

No ano em que o excedente orçamental cresceu 16,8 milhões de euros em relação a 2015, “quatro vezes superior ao registado na era Rio, em 2012”, o vereador da CDU questiona se não haverá necessidade de investimento num mandato em que ficou por reabilitar o Mercado do Bolhão, o Matadouro, o Terminal Intermodal de Campanhã e o Pavilhão Rosa Mota, sem esquecer a situação “sem resolução à vista” do Bairro do Aleixo ou o polémico adiamento da revisão do Plano Diretor Municipal.

“A resposta é os projetos estão lançados. Como já afirmámos no passado, existe muita parra, mas pouca uva”, conclui Pedro Carvalho, inconformado com os cofres cheios da autarquia “que continua a apresentar inúmeras fragilidades económicas e sociais, com 18 mil desempregados, 62% dos quais de longa duração, e um aumento do número de habitação social (795 para 930)” .

Artur Ribeiro e Honório Novo, membros da assembleia Municipal do Porto, são ainda mais contundentes nas críticas à governação autárquica. Perante o lucro patrimonial de €7,2 milhões acumulado no último ano, o primeiro compara Rui Moreira ao Tio Patinhas, “pior do que Rui Rio que ao menos gastava o que recolhia”. Honório Novo adverte que o excedente orçamental, mais a margem de endividamento de €24,8 milhões a que podia recorrer a Câmara do Porto, seria para executar todas as obras da candidatura independente, se Rui Moreira não fosse o presidente recordista “da incompetência, da simpatia e da mistificação da cidade dos parcómetros”.

Moreira bate Rio na redução da dívida

À margem das críticas da CDU, o executivo municipal orgulha-se do documento que “espelha um ano histórico de redução de endividamento bancário e o maior saldo de gerência de sempre”. Em comunicado publicado no site da autarquia, quando Rui Moreira tomou posse em 2013 o ano fechou com um endividamento bancário superior a €90 milhões, situando-se em dezembro último abaixo dos €30 milhões (€28.251.354.00).

“Esta redução, superior a €62 milhões, apenas parcialmente reflete uma transferência de €28 milhões referente a parte do Acordo Porto, efetuada pelo Estado em final de 2016”, adianta ainda a autarquia, que ressalva que mesmo sem essa transferência a redução da dívida bancária no mandato de Rui Moreira teria sido superior à conseguida nos 12 anos da governação de Rui Rio.

De acordo com as contas avançadas pela Câmara do Porto, no final de 2001 a dívida bancária da autarquia era de €104 milhões, tendo crescido até aos €156 milhões em 2004, e descido até aos €90 milhões em 2013. O relatório de contas 2016, a votar em Assembleia Municipal, permitirá, segundo Rui Moreira, concluir os projetos iniciados no presente mandato, sem sobressaltos de execução para a Câmara do Porto, “irreversivelmente nos próximos quatro anos”.

Embora seja apologista de contas equilibradas, Pedro Carvalho vai votar contra o Relatório de Gestão 2016 da Câmara do Porto, a apresentar amanhã em reunião do executivo municipal. A justificação do vereador sem pelouro da CDU para o 'chumbo' é que “a política pública não foi feita para gerar lucro ou aforrar”.

Em conferência de imprensa, esta terça-feira, a CDU do Porto não poupou nas críticas ao executivo autárquico, “recordista das baixas taxas de execução orçamental e da elevada execução do lado da receita, sobretudo fiscal”. Na origem da censura à estratégia de gestão de Rui Moreira está o saldo global de 66 milhões de euros relativo às contas de 2016, num ano em que a taxa de execução não foi além dos 78,1%.

“Tendo em conta que a receita global foi de €272,8 milhões e a despesa total de €206,8 milhões, isto significa que a atual coligação foi a campeã da baixa execução orçamental”, referiu Pedro Carvalho, apontando o dedo à crescente política de poupança num mandato em que o Rui Moreira “não cumpriu, nem irá cumprir até outubro, nenhuma das suas obras de bandeira eleitoral”.

No ano em que o excedente orçamental cresceu 16,8 milhões de euros em relação a 2015, “quatro vezes superior ao registado na era Rio, em 2012”, o vereador da CDU questiona se não haverá necessidade de investimento num mandato em que ficou por reabilitar o Mercado do Bolhão, o Matadouro, o Terminal Intermodal de Campanhã e o Pavilhão Rosa Mota, sem esquecer a situação “sem resolução à vista” do Bairro do Aleixo ou o polémico adiamento da revisão do Plano Diretor Municipal.

“A resposta é os projetos estão lançados. Como já afirmámos no passado, existe muita parra, mas pouca uva”, conclui Pedro Carvalho, inconformado com os cofres cheios da autarquia “que continua a apresentar inúmeras fragilidades económicas e sociais, com 18 mil desempregados, 62% dos quais de longa duração, e um aumento do número de habitação social (795 para 930)” .

Artur Ribeiro e Honório Novo, membros da assembleia Municipal do Porto, são ainda mais contundentes nas críticas à governação autárquica. Perante o lucro patrimonial de €7,2 milhões acumulado no último ano, o primeiro compara Rui Moreira ao Tio Patinhas, “pior do que Rui Rio que ao menos gastava o que recolhia”. Honório Novo adverte que o excedente orçamental, mais a margem de endividamento de €24,8 milhões a que podia recorrer a Câmara do Porto, seria para executar todas as obras da candidatura independente, se Rui Moreira não fosse o presidente recordista “da incompetência, da simpatia e da mistificação da cidade dos parcómetros”.

Moreira bate Rio na redução da dívida

À margem das críticas da CDU, o executivo municipal orgulha-se do documento que “espelha um ano histórico de redução de endividamento bancário e o maior saldo de gerência de sempre”. Em comunicado publicado no site da autarquia, quando Rui Moreira tomou posse em 2013 o ano fechou com um endividamento bancário superior a €90 milhões, situando-se em dezembro último abaixo dos €30 milhões (€28.251.354.00).

“Esta redução, superior a €62 milhões, apenas parcialmente reflete uma transferência de €28 milhões referente a parte do Acordo Porto, efetuada pelo Estado em final de 2016”, adianta ainda a autarquia, que ressalva que mesmo sem essa transferência a redução da dívida bancária no mandato de Rui Moreira teria sido superior à conseguida nos 12 anos da governação de Rui Rio.

De acordo com as contas avançadas pela Câmara do Porto, no final de 2001 a dívida bancária da autarquia era de €104 milhões, tendo crescido até aos €156 milhões em 2004, e descido até aos €90 milhões em 2013. O relatório de contas 2016, a votar em Assembleia Municipal, permitirá, segundo Rui Moreira, concluir os projetos iniciados no presente mandato, sem sobressaltos de execução para a Câmara do Porto, “irreversivelmente nos próximos quatro anos”.

marcar artigo