Correio da Manhã

26-01-2017
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Rui Rio considera OE2017 "moderadamente otimista"

24 de Janeiro de 2017 às 19:37

Ex-presidente da Câmara do Porto diz que "não será muito fácil" atingir "pequeno" crescimento de 1,5%.

O ex-presidente da Câmara do Porto Rui Rio considerou esta terça-feira que o Orçamento do Estado para 2017 é "moderadamente otimista" e que "não será muito fácil" atingir o "pequeno" crescimento de 1,5% previsto para a economia portuguesa.

"À data, eu acho que o cenário é moderadamente otimista, relativamente otimista. Não acho que seja fácil conseguir aquilo que está no cenário macroeconómico, e ainda assim o crescimento é pequeno", afirmou o ex-autarca do PSD, durante uma conferência no Porto sobre o Orçamento do Estado (OE) para 2017.

Para Rui Rio, um crescimento da economia em 1,5% é um valor "modesto", mas ainda assim "não será muito fácil de atingir".

"Espero bem que funcione, mas é moderadamente otimista", frisou Rui Rio para quem "a taxa de crescimento das exportações de 4,2% implica uma taxa de crescimento das importações de apenas 3,6%", o que "é também moderadamente otimista".

Para o economista, o OE 2017 tem uma "coisa positiva" já que inclui "um saldo primário positivo de 5,3 mil milhões [de euros], ou seja, 2,8% do PIB" o que representa um "superavit".

"Isto é um número notável em termos de esforço que os portugueses vão fazer em 2017", realçou o social-democrata, lembrando, contudo, que a este valor se junta a "chatice" dos juros da dívida pública que "comem o saldo primário todo e apresentam défice de três mil milhões" de euros.

Rio destacou mesmo que "o valor dos juros da dívida pública é superior à transferência para o Serviço Nacional de Saúde, e isto é um condicionamento brutal e daí a questão das taxas de juro dos mercados ser absolutamente fundamental para o desenho orçamental de Portugal".

Ainda sobre o orçamento, Rui Rio indicou "dois pontos negativos", nomeadamente a "redução de funcionários públicos na proporção de um para dois" que "não bate completamente certo com a redução das 40 horas para as 35 horas" semanais de trabalho.

O ex-autarca do Porto criticou também o facto de o Governo ter definido em abril de 2016 um "teto para a receita, para a despesa corrente e despesa total" que no orçamento saiu "furado".

Ainda em críticas ao Orçamento do Estado, Rio referiu que não só "enferma da ausência de gradualismo que o de 2016 devia ter tido", mas também que "promove muito pouco a poupança".

"Aqui também é filho de uma visão política com a qual discordo em absoluto", disse.

Rui Rio considera OE2017 "moderadamente otimista"

24 de Janeiro de 2017 às 19:37

Ex-presidente da Câmara do Porto diz que "não será muito fácil" atingir "pequeno" crescimento de 1,5%.

O ex-presidente da Câmara do Porto Rui Rio considerou esta terça-feira que o Orçamento do Estado para 2017 é "moderadamente otimista" e que "não será muito fácil" atingir o "pequeno" crescimento de 1,5% previsto para a economia portuguesa.

"À data, eu acho que o cenário é moderadamente otimista, relativamente otimista. Não acho que seja fácil conseguir aquilo que está no cenário macroeconómico, e ainda assim o crescimento é pequeno", afirmou o ex-autarca do PSD, durante uma conferência no Porto sobre o Orçamento do Estado (OE) para 2017.

Para Rui Rio, um crescimento da economia em 1,5% é um valor "modesto", mas ainda assim "não será muito fácil de atingir".

"Espero bem que funcione, mas é moderadamente otimista", frisou Rui Rio para quem "a taxa de crescimento das exportações de 4,2% implica uma taxa de crescimento das importações de apenas 3,6%", o que "é também moderadamente otimista".

Para o economista, o OE 2017 tem uma "coisa positiva" já que inclui "um saldo primário positivo de 5,3 mil milhões [de euros], ou seja, 2,8% do PIB" o que representa um "superavit".

"Isto é um número notável em termos de esforço que os portugueses vão fazer em 2017", realçou o social-democrata, lembrando, contudo, que a este valor se junta a "chatice" dos juros da dívida pública que "comem o saldo primário todo e apresentam défice de três mil milhões" de euros.

Rio destacou mesmo que "o valor dos juros da dívida pública é superior à transferência para o Serviço Nacional de Saúde, e isto é um condicionamento brutal e daí a questão das taxas de juro dos mercados ser absolutamente fundamental para o desenho orçamental de Portugal".

Ainda sobre o orçamento, Rui Rio indicou "dois pontos negativos", nomeadamente a "redução de funcionários públicos na proporção de um para dois" que "não bate completamente certo com a redução das 40 horas para as 35 horas" semanais de trabalho.

O ex-autarca do Porto criticou também o facto de o Governo ter definido em abril de 2016 um "teto para a receita, para a despesa corrente e despesa total" que no orçamento saiu "furado".

Ainda em críticas ao Orçamento do Estado, Rio referiu que não só "enferma da ausência de gradualismo que o de 2016 devia ter tido", mas também que "promove muito pouco a poupança".

"Aqui também é filho de uma visão política com a qual discordo em absoluto", disse.

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