Listas. Autarca de Vagos queixa-se de “falta de respeito” e autoritarismo

07-08-2019
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A formação das listas do PSD durou dois meses e motivou 18 votos contra em Conselho Nacional contra 80 votos a favor. Entre os 18 conselheiros que votaram contra as listas está o presidente da Câmara de Vagos, Silvério Rodrigues Regalado. E votou contra porque não gostou da forma como seu concelho foi tratado nas listas. “Demonstra uma falta de respeito enorme pelas secções, pelos autarcas, não podemos estar satisfeitos”, declarou ao i. Mais, a secção de Vagos aprovou segunda-feira à noite, por unanimidade, a intenção de se demitir em bloco.

Por seu turno, o autarca de Vagos confessou que olha “com muito preocupação para o atual estado do PSD, nomeadamente, com a escolha das listas em Aveiro, que foi um bocadinho imposta pela [direção] nacional ou pela distrital”. Neste ponto, Silvério Regalado diz ao i que não sabe bem de quem é a culpa maior, porque “também não houve uma explicação às secções”. Mas há uma certeza absoluta. O autarca assegura que, no seu concelho, os militantes “não gostaram da forma como a concelhia foi tratada”. E de que fala Silvério Regalado? Segundo informações recolhidas pelo i, o processo remonta a 1 de julho, data em que o presidente da distrital de Aveiro, Salvador Malheiro, reuniu a comissão política distrital para aprovar os nomes a indicar, por ordem alfabética, e enviá-los para a sede do PSD. Até aqui, o processo seguiu os seus trâmites normais. Por Vagos foi indicado Rui Cruz, atual deputado, antigo presidente da Câmara de Vagos, e o político que sucedeu a Luís Montenegro (adversário assumido de Rui Rio), quando o antigo líder parlamentar do PSD renunciou ao cargo de deputado. Ambos são do círculo eleitoral de Aveiro.

Ora, o processo de formação das listas seguiu o seu curso, houve reuniões e conversas entre a distrital e a sede do partido, e segundo fontes do PSD em Aveiro houve, inclusive, o cuidado na estrutura distrital de fazer algumas cedências. Mas cedo se percebeu que o dossiê iria criar problemas porque Salvador Malheiro também informou, logo no dia 1 de julho, que a direção nacional pretendia indicar mais dois nomes, além da cabeça-de-lista, Ana Miguel Santos.

Ora, segundo Silvério Regalado, um dos poucos elementos que tem dado a cara nas críticas a Salvador Malheiro, afinal entraram mais três nomes e não dois : António Topa (nº 2) , André Neves (6º lugar) e Carla Madureira (7º lugar). Por tudo isto, o autarca de Vagos fala em “falta de respeito”, porque Rui Cruz estava em sexto lugar. Mais, segundo apurou o i, o seu nome chegou a estar a 6º lugar no círculo por Aveiro até ao dia do Conselho Nacional. Esta era, pelo menos, a indicação que existia em Vagos. Por isso, Regalado votou contra as listas, ou seja em protesto contra “um processo um bocadinho autoritário e pouco transparente”. Depois dos desabafos veio a promessa de fazer tudo para que o PSD ganhe as eleições legislativas em Vagos. Porém, deixou um desafio ao líder do PSD. Rui Rio “ainda estará a tempo de unir o partido”, assumindo também que tem de se respeitar a estratégia do líder do PSD, mas remetendo-lhe responsabilidades para o resultado eleitoral.

Na secção de Vagos, liderada por Juan Carlos Martins, apoiante de Rio e Salvador Malheiro, a ordem é para a demissão, mas primeiro, é preciso que o presidente da distrital convoque uma assembleia distrital, um plenário, porque a estrutura quer explicações. Ao i, Juan Carlos Martins limitou-se a reconhecer “o descontentamento pelo método da ordenação das listas, aguardando explicações”.

Em Aveiro existem três pedidos de demissão da comissão política distrital e três pedidos de desistência das listas (Rui Vilar (9.º lugar) Laura Pires (14.º) e Jorge São José (12.º). Ao SOL, o presidente da distrital de Aveiro, Salvador Malheiro, garantiu que iria tentar demover as pessoas dos pedidos de demissão, sabendo de antemão que existe descontentamento. “Vou tentar demovê-los, sabendo que os compreendo bem”. Isto porque, segundo o presidente da distrital, é difícil acomodar todos em lugares elegíveis entre 19 concelhos, TSD, JSD e Mulheres Sociais-Democratas.

A formação das listas do PSD durou dois meses e motivou 18 votos contra em Conselho Nacional contra 80 votos a favor. Entre os 18 conselheiros que votaram contra as listas está o presidente da Câmara de Vagos, Silvério Rodrigues Regalado. E votou contra porque não gostou da forma como seu concelho foi tratado nas listas. “Demonstra uma falta de respeito enorme pelas secções, pelos autarcas, não podemos estar satisfeitos”, declarou ao i. Mais, a secção de Vagos aprovou segunda-feira à noite, por unanimidade, a intenção de se demitir em bloco.

Por seu turno, o autarca de Vagos confessou que olha “com muito preocupação para o atual estado do PSD, nomeadamente, com a escolha das listas em Aveiro, que foi um bocadinho imposta pela [direção] nacional ou pela distrital”. Neste ponto, Silvério Regalado diz ao i que não sabe bem de quem é a culpa maior, porque “também não houve uma explicação às secções”. Mas há uma certeza absoluta. O autarca assegura que, no seu concelho, os militantes “não gostaram da forma como a concelhia foi tratada”. E de que fala Silvério Regalado? Segundo informações recolhidas pelo i, o processo remonta a 1 de julho, data em que o presidente da distrital de Aveiro, Salvador Malheiro, reuniu a comissão política distrital para aprovar os nomes a indicar, por ordem alfabética, e enviá-los para a sede do PSD. Até aqui, o processo seguiu os seus trâmites normais. Por Vagos foi indicado Rui Cruz, atual deputado, antigo presidente da Câmara de Vagos, e o político que sucedeu a Luís Montenegro (adversário assumido de Rui Rio), quando o antigo líder parlamentar do PSD renunciou ao cargo de deputado. Ambos são do círculo eleitoral de Aveiro.

Ora, o processo de formação das listas seguiu o seu curso, houve reuniões e conversas entre a distrital e a sede do partido, e segundo fontes do PSD em Aveiro houve, inclusive, o cuidado na estrutura distrital de fazer algumas cedências. Mas cedo se percebeu que o dossiê iria criar problemas porque Salvador Malheiro também informou, logo no dia 1 de julho, que a direção nacional pretendia indicar mais dois nomes, além da cabeça-de-lista, Ana Miguel Santos.

Ora, segundo Silvério Regalado, um dos poucos elementos que tem dado a cara nas críticas a Salvador Malheiro, afinal entraram mais três nomes e não dois : António Topa (nº 2) , André Neves (6º lugar) e Carla Madureira (7º lugar). Por tudo isto, o autarca de Vagos fala em “falta de respeito”, porque Rui Cruz estava em sexto lugar. Mais, segundo apurou o i, o seu nome chegou a estar a 6º lugar no círculo por Aveiro até ao dia do Conselho Nacional. Esta era, pelo menos, a indicação que existia em Vagos. Por isso, Regalado votou contra as listas, ou seja em protesto contra “um processo um bocadinho autoritário e pouco transparente”. Depois dos desabafos veio a promessa de fazer tudo para que o PSD ganhe as eleições legislativas em Vagos. Porém, deixou um desafio ao líder do PSD. Rui Rio “ainda estará a tempo de unir o partido”, assumindo também que tem de se respeitar a estratégia do líder do PSD, mas remetendo-lhe responsabilidades para o resultado eleitoral.

Na secção de Vagos, liderada por Juan Carlos Martins, apoiante de Rio e Salvador Malheiro, a ordem é para a demissão, mas primeiro, é preciso que o presidente da distrital convoque uma assembleia distrital, um plenário, porque a estrutura quer explicações. Ao i, Juan Carlos Martins limitou-se a reconhecer “o descontentamento pelo método da ordenação das listas, aguardando explicações”.

Em Aveiro existem três pedidos de demissão da comissão política distrital e três pedidos de desistência das listas (Rui Vilar (9.º lugar) Laura Pires (14.º) e Jorge São José (12.º). Ao SOL, o presidente da distrital de Aveiro, Salvador Malheiro, garantiu que iria tentar demover as pessoas dos pedidos de demissão, sabendo de antemão que existe descontentamento. “Vou tentar demovê-los, sabendo que os compreendo bem”. Isto porque, segundo o presidente da distrital, é difícil acomodar todos em lugares elegíveis entre 19 concelhos, TSD, JSD e Mulheres Sociais-Democratas.

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