Bloco muda um terço dos cabeças de lista nos distritos onde elege

10-07-2019
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Chama-se Ricardo Vicente, tem 35 anos e mora na Lourinhã. Nas eleições de outubro, cabe-lhe a missão de liderar o Bloco em Leiria, distrito onde mora a principal novidade da lista de candidatos a deputados divulgada na tarde deste sábado. Heitor de Sousa, número um no círculo por onde foi eleito em duas legislaturas, sai agora de cena, sendo substituído por Ricardo Vicente, um ativista ambiental com uma pós-graduação em Alterações Climáticas e Políticas de Desenvolvimento Sustentável, e um mestrado em Engenharia Agronómica.

As saídas de Pedro Soares (anterior cabeça de lista em Braga) e Carlos Matias (ex-número um em Santarém) já eram assumidas ou esperadas. Com a substituição de Heitor de Sousa, são três os primeiros candidatos do BE em 2011, em distritos onde o partido elegeu deputados, agora removidos das listas. Como o caso da Madeira já estava resolvido (Paulino Ascensão, eleito em 2011, deixou entretanto o Parlamento, na sequência das notícias sobre a duplicação de subsídios de viagens pagos a deputados das ilhas), sobravam nove distritos em que o Bloco poderia reconduzir os seus cabeças de lista. Acabou por fazê-lo em seis: Catarina Martins no Porto; Mariana Mortágua em Lisboa; José Manuel Pureza, em Coimbra; Moisés Ferreira em Aveiro; Joana Mortágua, em Setúbal; e João Vasconcelos, em Faro. Há, assim, uma renovação de 33% das lideranças locais.

Ricardo Vicente, o agora número um por Leiria, ex-ativista estudantil, foi fundador do movimento Peniche Livre de Petróleo e da Associação de Combate à Precariedade - Precários Inflexíveis.

Em Braga, muda o rosto, mas mantém-se uma continuidade na formação académica. Se Pedro Soares, que agora sai do Parlamento, é geógrafo (e docente da Faculdade de Letras de Lisboa), o seu sucessor é licenciado em Geografia. José Maria Cardoso tem 58 anos e reside em Barcelos. É dirigente Sindicato dos Professores do Norte (SPN). Cardoso tem larga rodagem política: foi cabeça de lista por Braga às legislativas de 2002 e segundo candidato em 2005 e em 2009. É deputado municipal em Barcelos, concelho onde já foi candidato à presidência da Câmara e da Assembleia Municipal.

Em Santarém, onde as estruturas locais queriam a recondução de Carlos Matias, a Direção Nacional do Bloco impôs outro nome: a escolhida é Fabíola Cardoso, de 46 anos. É professora de Ciências Naturais na cidade escalabitana (terceiro ciclo do básico e secundário). É ativista lésbica e participou na organização da 1ª Marcha LGBT+ de Lisboa, em 2000. Ainda segundo a nota de imprensa do Bloco de Esquerda, é ativista na luta pela co-adoção e militante feminista. Foi também delegada e dirigente regional do Sindicato de Professores da Grande Lisboa.

Jorge Costa recua um lugar

Entre os deputados do BE que integram o núcleo duro da direção da bancada parlamentar e ou do partido, todos continuam no lugar que ocuparam em 2011, com exceção de Jorge Costa, que passa de terceiro para quarto em Lisboa. Mesmo assim um lugar seguro, pois na última eleição o BE elegeu cinco deputados pelo círculo da capital.

A descida de Costa visa dar lugar à entrada de Beatriz Dias, de 48 anos, "mulher negra portuguesa, natural de Dakar, Senegal", como é escreve o BE numa breve nota biográfica. Quando são muito poucos em toda a Europa os deputados de origem africana, o Parlamento português irá em outubro ajudar a mitigar esse quadro.

Beatriz Dias reside em Lisboa. Professora de Biologia e Geologia no ensino básico e secundário, é apresentada pelo BE como "ativista antirracista e defensora dos direitos das negras e negros em Portugal" É igualmente membro do SOS-Racismo. Fundadora e dirigente da Djass - Associação de Afrodescendentes.

No campo político, foi autarca nas freguesias de Anjos e de Arroios e presentemente é deputada municipal de Lisboa, em regime de substituição.

Chama-se Ricardo Vicente, tem 35 anos e mora na Lourinhã. Nas eleições de outubro, cabe-lhe a missão de liderar o Bloco em Leiria, distrito onde mora a principal novidade da lista de candidatos a deputados divulgada na tarde deste sábado. Heitor de Sousa, número um no círculo por onde foi eleito em duas legislaturas, sai agora de cena, sendo substituído por Ricardo Vicente, um ativista ambiental com uma pós-graduação em Alterações Climáticas e Políticas de Desenvolvimento Sustentável, e um mestrado em Engenharia Agronómica.

As saídas de Pedro Soares (anterior cabeça de lista em Braga) e Carlos Matias (ex-número um em Santarém) já eram assumidas ou esperadas. Com a substituição de Heitor de Sousa, são três os primeiros candidatos do BE em 2011, em distritos onde o partido elegeu deputados, agora removidos das listas. Como o caso da Madeira já estava resolvido (Paulino Ascensão, eleito em 2011, deixou entretanto o Parlamento, na sequência das notícias sobre a duplicação de subsídios de viagens pagos a deputados das ilhas), sobravam nove distritos em que o Bloco poderia reconduzir os seus cabeças de lista. Acabou por fazê-lo em seis: Catarina Martins no Porto; Mariana Mortágua em Lisboa; José Manuel Pureza, em Coimbra; Moisés Ferreira em Aveiro; Joana Mortágua, em Setúbal; e João Vasconcelos, em Faro. Há, assim, uma renovação de 33% das lideranças locais.

Ricardo Vicente, o agora número um por Leiria, ex-ativista estudantil, foi fundador do movimento Peniche Livre de Petróleo e da Associação de Combate à Precariedade - Precários Inflexíveis.

Em Braga, muda o rosto, mas mantém-se uma continuidade na formação académica. Se Pedro Soares, que agora sai do Parlamento, é geógrafo (e docente da Faculdade de Letras de Lisboa), o seu sucessor é licenciado em Geografia. José Maria Cardoso tem 58 anos e reside em Barcelos. É dirigente Sindicato dos Professores do Norte (SPN). Cardoso tem larga rodagem política: foi cabeça de lista por Braga às legislativas de 2002 e segundo candidato em 2005 e em 2009. É deputado municipal em Barcelos, concelho onde já foi candidato à presidência da Câmara e da Assembleia Municipal.

Em Santarém, onde as estruturas locais queriam a recondução de Carlos Matias, a Direção Nacional do Bloco impôs outro nome: a escolhida é Fabíola Cardoso, de 46 anos. É professora de Ciências Naturais na cidade escalabitana (terceiro ciclo do básico e secundário). É ativista lésbica e participou na organização da 1ª Marcha LGBT+ de Lisboa, em 2000. Ainda segundo a nota de imprensa do Bloco de Esquerda, é ativista na luta pela co-adoção e militante feminista. Foi também delegada e dirigente regional do Sindicato de Professores da Grande Lisboa.

Jorge Costa recua um lugar

Entre os deputados do BE que integram o núcleo duro da direção da bancada parlamentar e ou do partido, todos continuam no lugar que ocuparam em 2011, com exceção de Jorge Costa, que passa de terceiro para quarto em Lisboa. Mesmo assim um lugar seguro, pois na última eleição o BE elegeu cinco deputados pelo círculo da capital.

A descida de Costa visa dar lugar à entrada de Beatriz Dias, de 48 anos, "mulher negra portuguesa, natural de Dakar, Senegal", como é escreve o BE numa breve nota biográfica. Quando são muito poucos em toda a Europa os deputados de origem africana, o Parlamento português irá em outubro ajudar a mitigar esse quadro.

Beatriz Dias reside em Lisboa. Professora de Biologia e Geologia no ensino básico e secundário, é apresentada pelo BE como "ativista antirracista e defensora dos direitos das negras e negros em Portugal" É igualmente membro do SOS-Racismo. Fundadora e dirigente da Djass - Associação de Afrodescendentes.

No campo político, foi autarca nas freguesias de Anjos e de Arroios e presentemente é deputada municipal de Lisboa, em regime de substituição.

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