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15-11-2018
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Ricardo Vicente, posta texto no forte apache, que poderia ter sido produtivo, para um debate necessário, mas, em meu entender ficou bastante aquém do necessário.

Para já, isto é quase peçonha, não define o perimetro da afirmação.

É a esquerda portuguesa? a europeia? a da Ásia? da África? da América latina? da América do Norte?

De que esquerda estamos a falar?

Na caixa de comentários fiz uma tentativa de razoabilizar a coisa, sugerindo o fim da dicotomia esquerda vs direita e propondo uma outra, más politicas vs boas politicas.

Isto, em meu entender, permitiria abordar todas as situações que ocorrem, não só em Portugal, como por esse mundo fora.

Por exemplo, entre nós, nas autarquias, ele há municípios dirigidos, e bem, por gente de "direita" e pessimamente por gente do PC, do Bloco e do PS. O inverso é verdadeiro.

Mas falemos de direita e de esquerda em Portugal.

Por simplificação, trabalhemos só, com as formações partidárias do arco parlamentar.

O PCP, o BE e os Verdes são encaixotados na extrema das esquerdas. O PS é, habitualmente, emparedado na taxionomia do centro-esquerda, esquerda democrática. Já as direitas, integram o CDS, que, às vezes, é PP e o PSD que, umas quantas vezes, recorda-se que já foi PPD, centro-direita.

Em que é que este intróito nos ajuda a ilustrar a tese de RV, "a decadência da esquerda"? Muito pouco.

O colunista apachista não fornece dados, não sugere tópicos, não adianta razões substantivas. Alinha uma tese e, pelo caminho, curto, esqueceu-se de a defender.

Acreditando em Sun Tzu (aqui pode ler uma entrada bem feita na wikipédia sobre a Arte da Guerra) isto é razão bastante para perder uma batalha e, às vezes, a guerra.

Medite o articulista nesta soberba passagem do livro de cabeceira de Tony Soprano: "Os bons guerreiros tomam posição onde não podem perder e não descuidam das condições que tornam o inimigo propenso à derrota."

Ora bem, isto é válido para a discussão que ora ocorre, para a tese de RV, como para as medidas politicas do governo de Miguel Relvas e de Passos Coelho, de direita, em curso.

O que está a ocorrer na EDP e nas AdP são paradigmas de um processo de deliquescência em curso no seio do governo de direita, que pode, ou não, levar à "decadência" deste...

Mas aceitemos a tese RV como boa para se discutir e reconheçamos a minha taxionomia, esquerda vs direita como eficiente...para a realidade portuguesa.

No entender do escritor apachista, a esquerda "portuguesa" entrou em decadência.

Todos os dados objectivos apontam para aí.

Em Junho de 2011 o PS e o BE sofreram a maior derrota de que hé memória em Portugal.

Mas, aqui, aparece um factor dissonante.

O PCP aguentou-se e melhorou o seu escore eleitoral e parlamentar.

Como explicar tal coisa?

Em politica as dicotomias não funcionam e o maniqueismo ainda menos.

Não há só preto e branco, há uma gama imensa de cinzentos.

O PS já sofreu derrotas estrondosas, e resssuscitou delas, em Portugal.

O PSD também.

O CDS, não descolando sequer para os 20% do eleitorado, são, pois, minoritários.

As esquerdas, somadas, aproximam-se, quase sempre, da maioria eleitoral.

Por cálculos abrutalhados e desrazoáveis, o PCP e o BE fizeram o frete às direitas, em 2011, derrubando o governo Sócrates, e dando-lhes, de mão beijada, o poder!

RV, supõe-se, continuamos nós a admiti-lo, fala de Portugal.

Contudo, o que parece marcar a actualidade europeia, não releva da dicotomias esquerda vs direita, mas outro sim do dicotomia "quem está no poder vs quem está na oposição".

Se os conservadores estão no poder...perdem para a esquerda.

Se a esquerda está no poder... perde para os conservadores.

O caso da Grécia e da Espanha aí estão para ilustrar esta tese.

RV só tem de analisar, na Europa, os últimos acontecimentos, pois e a coisa fica mais clara.

Portanto, como diria Mark Twain, as noticias da "minha morte foram exageradas"...

RV não consegue aguentar de modo preciso e rigoroso a sua tese, que é irrelevante, por que mal formulada e é insustentável por que, aceitando a sua pseudo taxionomia, é indemonstrável.

Como tudo na vida, sem rigor não vamos a lado nenhum. Muito menos à "decadência" da esquerda.

Desde logo é necessário, urgente, e adequado definir o que é esquerda e direita.

Acha, RV, que o PC e o BE são formações de esquerda? Acha, RV, que o PSD é uma formação de direita? Só este tópico dava para escavacarmos a "tese" imperfeita do bloguista apachista.

Contudo, acho que vale a pena, sempre, discutirmos, mesmo que por más razões, ou insuficiente substância, quando o tema é apelativo e sugestivo...como é este o caso.

Ricardo Vicente, posta texto no forte apache, que poderia ter sido produtivo, para um debate necessário, mas, em meu entender ficou bastante aquém do necessário.

Para já, isto é quase peçonha, não define o perimetro da afirmação.

É a esquerda portuguesa? a europeia? a da Ásia? da África? da América latina? da América do Norte?

De que esquerda estamos a falar?

Na caixa de comentários fiz uma tentativa de razoabilizar a coisa, sugerindo o fim da dicotomia esquerda vs direita e propondo uma outra, más politicas vs boas politicas.

Isto, em meu entender, permitiria abordar todas as situações que ocorrem, não só em Portugal, como por esse mundo fora.

Por exemplo, entre nós, nas autarquias, ele há municípios dirigidos, e bem, por gente de "direita" e pessimamente por gente do PC, do Bloco e do PS. O inverso é verdadeiro.

Mas falemos de direita e de esquerda em Portugal.

Por simplificação, trabalhemos só, com as formações partidárias do arco parlamentar.

O PCP, o BE e os Verdes são encaixotados na extrema das esquerdas. O PS é, habitualmente, emparedado na taxionomia do centro-esquerda, esquerda democrática. Já as direitas, integram o CDS, que, às vezes, é PP e o PSD que, umas quantas vezes, recorda-se que já foi PPD, centro-direita.

Em que é que este intróito nos ajuda a ilustrar a tese de RV, "a decadência da esquerda"? Muito pouco.

O colunista apachista não fornece dados, não sugere tópicos, não adianta razões substantivas. Alinha uma tese e, pelo caminho, curto, esqueceu-se de a defender.

Acreditando em Sun Tzu (aqui pode ler uma entrada bem feita na wikipédia sobre a Arte da Guerra) isto é razão bastante para perder uma batalha e, às vezes, a guerra.

Medite o articulista nesta soberba passagem do livro de cabeceira de Tony Soprano: "Os bons guerreiros tomam posição onde não podem perder e não descuidam das condições que tornam o inimigo propenso à derrota."

Ora bem, isto é válido para a discussão que ora ocorre, para a tese de RV, como para as medidas politicas do governo de Miguel Relvas e de Passos Coelho, de direita, em curso.

O que está a ocorrer na EDP e nas AdP são paradigmas de um processo de deliquescência em curso no seio do governo de direita, que pode, ou não, levar à "decadência" deste...

Mas aceitemos a tese RV como boa para se discutir e reconheçamos a minha taxionomia, esquerda vs direita como eficiente...para a realidade portuguesa.

No entender do escritor apachista, a esquerda "portuguesa" entrou em decadência.

Todos os dados objectivos apontam para aí.

Em Junho de 2011 o PS e o BE sofreram a maior derrota de que hé memória em Portugal.

Mas, aqui, aparece um factor dissonante.

O PCP aguentou-se e melhorou o seu escore eleitoral e parlamentar.

Como explicar tal coisa?

Em politica as dicotomias não funcionam e o maniqueismo ainda menos.

Não há só preto e branco, há uma gama imensa de cinzentos.

O PS já sofreu derrotas estrondosas, e resssuscitou delas, em Portugal.

O PSD também.

O CDS, não descolando sequer para os 20% do eleitorado, são, pois, minoritários.

As esquerdas, somadas, aproximam-se, quase sempre, da maioria eleitoral.

Por cálculos abrutalhados e desrazoáveis, o PCP e o BE fizeram o frete às direitas, em 2011, derrubando o governo Sócrates, e dando-lhes, de mão beijada, o poder!

RV, supõe-se, continuamos nós a admiti-lo, fala de Portugal.

Contudo, o que parece marcar a actualidade europeia, não releva da dicotomias esquerda vs direita, mas outro sim do dicotomia "quem está no poder vs quem está na oposição".

Se os conservadores estão no poder...perdem para a esquerda.

Se a esquerda está no poder... perde para os conservadores.

O caso da Grécia e da Espanha aí estão para ilustrar esta tese.

RV só tem de analisar, na Europa, os últimos acontecimentos, pois e a coisa fica mais clara.

Portanto, como diria Mark Twain, as noticias da "minha morte foram exageradas"...

RV não consegue aguentar de modo preciso e rigoroso a sua tese, que é irrelevante, por que mal formulada e é insustentável por que, aceitando a sua pseudo taxionomia, é indemonstrável.

Como tudo na vida, sem rigor não vamos a lado nenhum. Muito menos à "decadência" da esquerda.

Desde logo é necessário, urgente, e adequado definir o que é esquerda e direita.

Acha, RV, que o PC e o BE são formações de esquerda? Acha, RV, que o PSD é uma formação de direita? Só este tópico dava para escavacarmos a "tese" imperfeita do bloguista apachista.

Contudo, acho que vale a pena, sempre, discutirmos, mesmo que por más razões, ou insuficiente substância, quando o tema é apelativo e sugestivo...como é este o caso.

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