Marisa Matias assume responsabilidade de suceder a Miguel Portas

05-06-2016
marcar artigo

A cabeça de lista do Bloco de Esquerda (BE) às eleições europeias de Maio, Marisa Matias, assumiu hoje ter uma "dupla responsabilidade" por suceder a Miguel Portas e pela actual crise "tutelada pela Comissão Europeia e Banco Central Europeu".

Falando na conferência nacional do partido que decorre hoje e no domingo em Lisboa, a actual eurodeputada e novamente candidata a Bruxelas começou por lembrar junto dos militantes do Bloco a "importância histórica do próximo combate eleitoral", as europeias de 25 de Maio.

"Percebe-se bem o tamanho da responsabilidade. Mas é esta responsabilidade acrescida que nos motiva e nos dá ânimo, com a certeza que não baixaremos os braços perante a força do nosso inimigo. A austeridade permanente, aplicada com zelo e devoção pelo Governo de Passos Coelho e Paulo Portas, corporizada no tratado orçamental que teve o voto favorável do PS de António José Seguro. É esse inimigo que queremos vencer", declarou Marisa Matias.

A "maior recessão" da Europa "depois da II Guerra Mundial" leva a que no sufrágio que se avizinha os eleitores questionem as opções do executivo e das instituições europeias que, diz a bloquista, "desqualificam os cidadãos" e "retiram a esperança, futuro e dignidade do país".

Marisa Matias defende uma "solução urgente para a reestruturação das dívidas das economias periféricas, bem como as reformas do sistema financeiro prometidas na sequência da crise financeira mas nunca concretizadas".

A eurodeputada acusou ainda a direita de estar a "cuidadosamente encenar" uma "euforia à volta do anunciado milagre económico".

"Como é que se pode falar em milagre económico quando, três anos passados [sobre a ajuda externa] o país está mais desigual, mais pobre, viu sair centenas de milhares de pessoas a quem negou o presente e fechou o futuro?", interrogou.

Rejeitando "mais sacrifícios em nome do euro", o Bloco pretende "fazer o resgate da democracia contra o federalismo burocrático", sempre na defesa de Portugal e de "outra Europa" à actual.

No primeiro discurso após a confirmação do papel de cabeça de lista às europeias deste ano, Marisa Matias lembrou Miguel Portas, falecido em 2012.

"As próximas eleições europeias são as primeiras em que o Bloco se candidata sem que Miguel Portas seja o seu cabeça de lista. Todos sabemos o quanto devemos ao Miguel. As posições europeias do Bloco confundem-se com o legado e a imagem do Miguel, e disso temos orgulho", assinalou.

Nas europeias de 2009, Marisa Matias concorreu como número dois nas listas do Bloco, atrás do então cabeça de lista Miguel Portas (posteriormente substituído por Alda Sousa), e está em Bruxelas desde então.

Nascida em Coimbra a 20 de Fevereiro de 1976, a poucos dias portanto de completar 38 anos, Marisa Matias é doutorada em Sociologia e pertence à Mesa Nacional e à Comissão Política do Bloco.

Em 2009 o Bloco conseguiu eleger três eurodeputados, tendo o terceiro dos quais, Rui Tavares, abandonado entretanto a delegação do partido em Bruxelas e passado a independente.

Este ano, contudo, Portugal elegerá para o hemiciclo europeu 22 deputados, menos um que há cinco anos, sendo que o último eleito nas europeias então foi precisamente Rui Tavares.

No hemiciclo europeu o Bloco integra grupo político de esquerda GUE/NG - Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Verde Nórdica.

Lusa/SOL

A cabeça de lista do Bloco de Esquerda (BE) às eleições europeias de Maio, Marisa Matias, assumiu hoje ter uma "dupla responsabilidade" por suceder a Miguel Portas e pela actual crise "tutelada pela Comissão Europeia e Banco Central Europeu".

Falando na conferência nacional do partido que decorre hoje e no domingo em Lisboa, a actual eurodeputada e novamente candidata a Bruxelas começou por lembrar junto dos militantes do Bloco a "importância histórica do próximo combate eleitoral", as europeias de 25 de Maio.

"Percebe-se bem o tamanho da responsabilidade. Mas é esta responsabilidade acrescida que nos motiva e nos dá ânimo, com a certeza que não baixaremos os braços perante a força do nosso inimigo. A austeridade permanente, aplicada com zelo e devoção pelo Governo de Passos Coelho e Paulo Portas, corporizada no tratado orçamental que teve o voto favorável do PS de António José Seguro. É esse inimigo que queremos vencer", declarou Marisa Matias.

A "maior recessão" da Europa "depois da II Guerra Mundial" leva a que no sufrágio que se avizinha os eleitores questionem as opções do executivo e das instituições europeias que, diz a bloquista, "desqualificam os cidadãos" e "retiram a esperança, futuro e dignidade do país".

Marisa Matias defende uma "solução urgente para a reestruturação das dívidas das economias periféricas, bem como as reformas do sistema financeiro prometidas na sequência da crise financeira mas nunca concretizadas".

A eurodeputada acusou ainda a direita de estar a "cuidadosamente encenar" uma "euforia à volta do anunciado milagre económico".

"Como é que se pode falar em milagre económico quando, três anos passados [sobre a ajuda externa] o país está mais desigual, mais pobre, viu sair centenas de milhares de pessoas a quem negou o presente e fechou o futuro?", interrogou.

Rejeitando "mais sacrifícios em nome do euro", o Bloco pretende "fazer o resgate da democracia contra o federalismo burocrático", sempre na defesa de Portugal e de "outra Europa" à actual.

No primeiro discurso após a confirmação do papel de cabeça de lista às europeias deste ano, Marisa Matias lembrou Miguel Portas, falecido em 2012.

"As próximas eleições europeias são as primeiras em que o Bloco se candidata sem que Miguel Portas seja o seu cabeça de lista. Todos sabemos o quanto devemos ao Miguel. As posições europeias do Bloco confundem-se com o legado e a imagem do Miguel, e disso temos orgulho", assinalou.

Nas europeias de 2009, Marisa Matias concorreu como número dois nas listas do Bloco, atrás do então cabeça de lista Miguel Portas (posteriormente substituído por Alda Sousa), e está em Bruxelas desde então.

Nascida em Coimbra a 20 de Fevereiro de 1976, a poucos dias portanto de completar 38 anos, Marisa Matias é doutorada em Sociologia e pertence à Mesa Nacional e à Comissão Política do Bloco.

Em 2009 o Bloco conseguiu eleger três eurodeputados, tendo o terceiro dos quais, Rui Tavares, abandonado entretanto a delegação do partido em Bruxelas e passado a independente.

Este ano, contudo, Portugal elegerá para o hemiciclo europeu 22 deputados, menos um que há cinco anos, sendo que o último eleito nas europeias então foi precisamente Rui Tavares.

No hemiciclo europeu o Bloco integra grupo político de esquerda GUE/NG - Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Verde Nórdica.

Lusa/SOL

marcar artigo