Ladrões de Bicicletas: Ponha os olhos na Física, Dr. Gaspar

22-05-2019
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«Os grandes avanços na Física nascem de experiências que deram resultados que não esperávamos», disse Stephen Hawking ao felicitar Peter Higgs pela descoberta do «seu» bosão (a famosa «partícula de Deus») na passada quarta-feira no CERN, em Genebra.

O ministro Vítor Gaspar e a sua equipa - que recentemente se mostraram surpreendidos com o «inesperado» aumento do desemprego - deviam prestar muita atenção a esta frase de Stephen Hawking. Talvez assim, em vez de continuarem a insistir em teorias fracassadas (que perseguem com fanatismo e obstinação, por mais que a realidade os desminta), pudessem tirar as devidas ilações e arrepiar caminho. Mas não, toca é de encomendar mais um estudo, que não passe de um acto de fé (e cujo delírio o João Rodrigues já aqui assinalou), para que se mantenham com todas as forças no conforto trágico da sua cegueira. Aprender com os erros não é com eles.

Durante séculos (sobretudo até Heinsenberg e o seu «princípio da incerteza»), a Física foi considerada a mãe das «ciências ditas exactas». Mas já há muito tempo que são os próprios físicos quem recusa caracterizar o seu domínio científico como modelo de infalibilidade, exactidão e previsibilidade. Na ânsia de imitar e alcançar esse supremo estatuto com que ainda encaram, equivocadamente, as «ciências ditas exactas», economistas como Vítor Gaspar e Santos Pereira enclausuram-se na pureza imaculada dos seus modelos: se os «resultados por que não esperavam» (para voltar à formulação de Hawking) os confrontam (na sequência das suas experiências tresloucadas), é porque é a realidade que está a falhar, nunca a teoria.

Contudo, como lembra José Reis (com um propósito epistemológico mais vasto), «o mundo está cheio de imprevistos. As trajectórias do desenvolvimento não são marcadas pela previsibilidade e a emergência de circunstâncias inesperadas são a regra, mais do que a excepção». Pense nisto Dr. Gaspar (e ponha os olhos na Física).

«Os grandes avanços na Física nascem de experiências que deram resultados que não esperávamos», disse Stephen Hawking ao felicitar Peter Higgs pela descoberta do «seu» bosão (a famosa «partícula de Deus») na passada quarta-feira no CERN, em Genebra.

O ministro Vítor Gaspar e a sua equipa - que recentemente se mostraram surpreendidos com o «inesperado» aumento do desemprego - deviam prestar muita atenção a esta frase de Stephen Hawking. Talvez assim, em vez de continuarem a insistir em teorias fracassadas (que perseguem com fanatismo e obstinação, por mais que a realidade os desminta), pudessem tirar as devidas ilações e arrepiar caminho. Mas não, toca é de encomendar mais um estudo, que não passe de um acto de fé (e cujo delírio o João Rodrigues já aqui assinalou), para que se mantenham com todas as forças no conforto trágico da sua cegueira. Aprender com os erros não é com eles.

Durante séculos (sobretudo até Heinsenberg e o seu «princípio da incerteza»), a Física foi considerada a mãe das «ciências ditas exactas». Mas já há muito tempo que são os próprios físicos quem recusa caracterizar o seu domínio científico como modelo de infalibilidade, exactidão e previsibilidade. Na ânsia de imitar e alcançar esse supremo estatuto com que ainda encaram, equivocadamente, as «ciências ditas exactas», economistas como Vítor Gaspar e Santos Pereira enclausuram-se na pureza imaculada dos seus modelos: se os «resultados por que não esperavam» (para voltar à formulação de Hawking) os confrontam (na sequência das suas experiências tresloucadas), é porque é a realidade que está a falhar, nunca a teoria.

Contudo, como lembra José Reis (com um propósito epistemológico mais vasto), «o mundo está cheio de imprevistos. As trajectórias do desenvolvimento não são marcadas pela previsibilidade e a emergência de circunstâncias inesperadas são a regra, mais do que a excepção». Pense nisto Dr. Gaspar (e ponha os olhos na Física).

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