PSD usa adiamento de sanções para atacar Costa

06-07-2016
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A notícia avançada pela Reuters - ainda não oficialmente confirmada - de que a Comissão Europeia decidiu adiar a decisão sobre a aplicação de sanções a Portugal está a ser usada pelo PSD para dizer que o castigo será sobre as políticas de António Costa e não sobre as de Passos Coelho.

Em causa, na análise de Bruxelas, está o défice de 2015 - da responsabilidade de Passos - mas um adiamento deverá vir acompanhado de um pedido de medidas adicionais e de uma avaliação das contas de 2016, que são da responsabilidade de Costa.

"Acho que hoje a fraude do governo foi finalmente desmentida", comenta ao i o deputado do PSD Miguel Morgado, explicando que o que está em causa são as metas de 2016 e 2017.

"Ao contrário do que o primeiro-ministro e Centeno têm dito para iludir os portugueses, não têm um orçamento e uma execução orçamental que mantenham Portugal em consolidação rumo às metas", conclui Morgado.

"As sanções são mesmo por causa de 2016", reforça Duarte Marques, que justifica assim o que Maria Luís Albuquerque disse ontem quando afirmou que não haveria sanções se fosse ministra das Finanças.

Uma teoria que é atacada pelo PS, que recorda que o défice que está em causa é o de 2015.

"Maria Luís, sob a batuta de Passos, produziu os resultados que, a haver sanções, serão a causa das mesmas. Mas, usando da lata habitual desta direita que temos, atirou a pedra (a sua governação) e esconde a mão (as possíveis consequências em sanções)", ataca o dirigente socialista Porfírio Silva, que acredita que a Comissão está a pressionar Portugal por ter um governo de esquerda.

"Só que, infelizmente, Maria Luís pode ter uma pitada de razão. Em quê? A direita europeia protege-se partidariamente - logo, Maria Luís acredita que os seus amigos não a penalizariam pelo que ela fez se ela continuasse no governo, mesmo que espere que os seus amigos penalizem o actual governo, que não tem culpa nenhuma do que ela fez.

Pior: a direita europeia é capaz de, em mais um movimento de irracionalidade, penalizar Portugal por a receita austeritária não ter dado o resultado que eles previram - embora esse seja apenas o fracasso da sua própria receita. Tem lógica? Não tem. Mas é a "lógica" partidária da direita que temos", comenta Porfírio Silva na sua página do Facebook.

A mesma posição tem Tiago Barbosa Ribeiro. "As declarações da Maria Luís Albuquerque são inaceitáveis. Em primeiro lugar, a discussão sobre as sanções resulta das falhas na execução orçamental de que Maria Luís era responsável. Em segundo lugar, reforça a dimensão ideológica deste debate sob aparente capa técnica, porque Maria Luís Albuquerque confirma que a sua incompetência seria melhor entendida por partilhar de uma visão ortodoxa liberal e, sobretudo, por perfilhar de uma certa lógica de ultimato que se abate sobre o seu próprio país. A defesa do interesse nacional não foi e continua a não ser a prioridade do PSD", comenta ao i o deputado socialista.

A notícia avançada pela Reuters - ainda não oficialmente confirmada - de que a Comissão Europeia decidiu adiar a decisão sobre a aplicação de sanções a Portugal está a ser usada pelo PSD para dizer que o castigo será sobre as políticas de António Costa e não sobre as de Passos Coelho.

Em causa, na análise de Bruxelas, está o défice de 2015 - da responsabilidade de Passos - mas um adiamento deverá vir acompanhado de um pedido de medidas adicionais e de uma avaliação das contas de 2016, que são da responsabilidade de Costa.

"Acho que hoje a fraude do governo foi finalmente desmentida", comenta ao i o deputado do PSD Miguel Morgado, explicando que o que está em causa são as metas de 2016 e 2017.

"Ao contrário do que o primeiro-ministro e Centeno têm dito para iludir os portugueses, não têm um orçamento e uma execução orçamental que mantenham Portugal em consolidação rumo às metas", conclui Morgado.

"As sanções são mesmo por causa de 2016", reforça Duarte Marques, que justifica assim o que Maria Luís Albuquerque disse ontem quando afirmou que não haveria sanções se fosse ministra das Finanças.

Uma teoria que é atacada pelo PS, que recorda que o défice que está em causa é o de 2015.

"Maria Luís, sob a batuta de Passos, produziu os resultados que, a haver sanções, serão a causa das mesmas. Mas, usando da lata habitual desta direita que temos, atirou a pedra (a sua governação) e esconde a mão (as possíveis consequências em sanções)", ataca o dirigente socialista Porfírio Silva, que acredita que a Comissão está a pressionar Portugal por ter um governo de esquerda.

"Só que, infelizmente, Maria Luís pode ter uma pitada de razão. Em quê? A direita europeia protege-se partidariamente - logo, Maria Luís acredita que os seus amigos não a penalizariam pelo que ela fez se ela continuasse no governo, mesmo que espere que os seus amigos penalizem o actual governo, que não tem culpa nenhuma do que ela fez.

Pior: a direita europeia é capaz de, em mais um movimento de irracionalidade, penalizar Portugal por a receita austeritária não ter dado o resultado que eles previram - embora esse seja apenas o fracasso da sua própria receita. Tem lógica? Não tem. Mas é a "lógica" partidária da direita que temos", comenta Porfírio Silva na sua página do Facebook.

A mesma posição tem Tiago Barbosa Ribeiro. "As declarações da Maria Luís Albuquerque são inaceitáveis. Em primeiro lugar, a discussão sobre as sanções resulta das falhas na execução orçamental de que Maria Luís era responsável. Em segundo lugar, reforça a dimensão ideológica deste debate sob aparente capa técnica, porque Maria Luís Albuquerque confirma que a sua incompetência seria melhor entendida por partilhar de uma visão ortodoxa liberal e, sobretudo, por perfilhar de uma certa lógica de ultimato que se abate sobre o seu próprio país. A defesa do interesse nacional não foi e continua a não ser a prioridade do PSD", comenta ao i o deputado socialista.

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