PS mantém o acordo à esquerda em segredo para não dar trunfos à direita

24-10-2015
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Socialistas argumentam que durante a campanha eleitoral o seu programa é que foi escrutinado e não o da coligação. Não querem cometer o mesmo erro. “A direita quer a tarefa de formar governo, mas quer que seja o nosso programa a ser escrutinado”

Porfírio Silva, membro do secretariado nacional do PS, justitificou esta quinta-feira que divulgar agora o acordo com o Bloco de Esquerda e o PCP seria transformar a discussão de um eventual programa de um Governo da coligação na do programa da esquerda, em resposta ao "coro" que pede a divulgação do referido acordo.

Na sua página de facebook, o membro da direção do PS diz que ainda que não estão cumpridos todos os "procedimentos institucionais": "o Presidente da República ainda não indigitou um primeiro-ministro" e, quando o fizer, "esse primeiro-ministro terá de formar governo", o qual terá ser empossado e apresentar o programa na Assembleia.

Ora - escreve - supondo que o Presidente da República indigita Passos Coelho, "se o PS divulgar já o acordo, teremos dois processos paralelos de discussão das bases programáticas do futuro governo: um processo dentro das instituições (preparar, apresentar na AR e discutir o programa de governo da direita) e um processo fora das instituições (debate público do acordo à esquerda)".

O PS seria provavelmente acusado de não respeitar o processo previsto constitucionalmente, comenta ainda Porfírio Silva, para quem o atual "coro" para a divulgação do acordo seria uma repetição do esquema (da campanha eleitoral, presume-se).

E afirma: "mais uma vez querem que se discutam as nossas propostas, em vez de se discutirem as propostas deles. A direita quer a tarefa de formar governo, mas quer que seja o nosso programa a ser escrutinado".

Segundo o secretário nacional, "negociar seriamente não é negociar na praça pública. Respeitem as negociações sérias, respeitem os tempos de decisão, respeitem os procedimentos", aconselha ainda.

Socialistas argumentam que durante a campanha eleitoral o seu programa é que foi escrutinado e não o da coligação. Não querem cometer o mesmo erro. “A direita quer a tarefa de formar governo, mas quer que seja o nosso programa a ser escrutinado”

Porfírio Silva, membro do secretariado nacional do PS, justitificou esta quinta-feira que divulgar agora o acordo com o Bloco de Esquerda e o PCP seria transformar a discussão de um eventual programa de um Governo da coligação na do programa da esquerda, em resposta ao "coro" que pede a divulgação do referido acordo.

Na sua página de facebook, o membro da direção do PS diz que ainda que não estão cumpridos todos os "procedimentos institucionais": "o Presidente da República ainda não indigitou um primeiro-ministro" e, quando o fizer, "esse primeiro-ministro terá de formar governo", o qual terá ser empossado e apresentar o programa na Assembleia.

Ora - escreve - supondo que o Presidente da República indigita Passos Coelho, "se o PS divulgar já o acordo, teremos dois processos paralelos de discussão das bases programáticas do futuro governo: um processo dentro das instituições (preparar, apresentar na AR e discutir o programa de governo da direita) e um processo fora das instituições (debate público do acordo à esquerda)".

O PS seria provavelmente acusado de não respeitar o processo previsto constitucionalmente, comenta ainda Porfírio Silva, para quem o atual "coro" para a divulgação do acordo seria uma repetição do esquema (da campanha eleitoral, presume-se).

E afirma: "mais uma vez querem que se discutam as nossas propostas, em vez de se discutirem as propostas deles. A direita quer a tarefa de formar governo, mas quer que seja o nosso programa a ser escrutinado".

Segundo o secretário nacional, "negociar seriamente não é negociar na praça pública. Respeitem as negociações sérias, respeitem os tempos de decisão, respeitem os procedimentos", aconselha ainda.

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