PSD: Rio deixa de fora da listas Hugo Soares, Maria Luís Albuquerque e críticos desalinhados

16-08-2019
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O Conselho Nacional do PSD aprovou esta quarta-feira as listas de candidatos a deputados na Assembleia da República, na próxima legislatura. Na lista de 331 nomes avançados pelo partido não constam Hugo Soares, Maria Luís Albuquerque, Miguel Pinto Luz nem outros críticos do partido, como Luís Montenegro ou Miguel Morgado. Oposição interna fala em purga no partido e diz que escolhas não foram “de bom senso”.

São 331 os candidatos do PSD a deputados na próxima legislatura: 179 homens e 151 mulheres. Todos dos distritos a que fazem parte, o que o secretário-geral do PSD, José Silvano, destacou como sendo algo “inédito” na história da democracia. Apenas o líder da estrutura autónoma dos Trabalhadores Social Democratas (TSD), Pedro Roque, é “paraquedista” entre os candidatos apresentados, ao integrar a lista de Leiria.

Inédito na história do partido é também o afastamento de vários nomes fortes do PSD, que se opuseram à atual direção do PSD. Em conferência de imprensa, José Silvano informou que houve apenas duas situações de rutura entre distrital e direção nacional, que foram os casos de Setúbal e de Viana do Castelo e sublimhou que “há sempre neste processo de negociações cedências mútuas, mas o resultado final apresentado é largamente consensual e só num caso saiu ou entrou alguém sem colaboração com a comissão política distrital”.

José Silvano disse ainda que, em votação na Comissão Política Nacional, foi apenas vetado o nome de Hugo Soares, proposto pela distrital de Braga, devido à sua “indisponibilidade em colaborar com a atual direção”. “[A decisão] correspondeu às declarações de vontade do próprio, que sempre afirmou publicamente a sua não disponibilidade de integrar listas com este presidente”, justificou.

Já sobre a ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque, proposta por Setúbal, ou do vice-presidente da Câmara de Cascais, Miguel Pinto Luz, o secretário-geral do PSD garante que os nomes “nunca foram vetados”. “Apenas foi sugerida uma alteração de lugares que as respetivas comissões políticas distritais decidiram não considerar”, afirmou. Esta alteração resultou na exclusão tanto de Maria Luís Albuquerque como de Miguel Pinto Luz das listas.

Fora das listas ficaram também outros críticos da atual direção como Miguel Morgado, que foi eleito em 13.º lugar pelo círculo do Porto há quatro anos, bem como Luís Montenegro, que em 2015 foi cabeça de lista por Aveiro.

“Afigura-se-me perfeitamente legítimo que a direção queira fazer uma renovação, nada a opor. O que me parece é esta renovação foi feita sem conta, peso e medida, sem ponderação, sem equilíbrio, sem bom senso e chamar-lhe renovação é eufemismo, isto é uma limpeza”, defendeu antigo deputado e histórico do PSD Jorge Neto, à margem do Conselho Nacional do PSD.

Também o líder da distrital de Setúbal, Bruno Vitorino, que se excluiu das listas do PSD em protesto contra a liderança de Rui Rio, afirmou esta que “não houve bom senso nem equilíbrio” na escolha das listas dos candidatos a deputados. Bruno Vitorino acusou o presidente do PSD de ter condenado o partido a “um triste espetáculo” e de não ter respeitado as estruturas distritais do partido.

“Andámos entretidos durante meses a dar um triste espetáculo ao país, onde falamos só de nomes, porque não houve bom senso nem equilíbrio na relação entre a estrutura nacional e as distritais, o respeito que se tem de ter por estas estruturas e pelas pessoas”, afirmou o líder da distrital de Setúbal.

O Conselho Nacional do PSD aprovou esta quarta-feira as listas de candidatos a deputados na Assembleia da República, na próxima legislatura. Na lista de 331 nomes avançados pelo partido não constam Hugo Soares, Maria Luís Albuquerque, Miguel Pinto Luz nem outros críticos do partido, como Luís Montenegro ou Miguel Morgado. Oposição interna fala em purga no partido e diz que escolhas não foram “de bom senso”.

São 331 os candidatos do PSD a deputados na próxima legislatura: 179 homens e 151 mulheres. Todos dos distritos a que fazem parte, o que o secretário-geral do PSD, José Silvano, destacou como sendo algo “inédito” na história da democracia. Apenas o líder da estrutura autónoma dos Trabalhadores Social Democratas (TSD), Pedro Roque, é “paraquedista” entre os candidatos apresentados, ao integrar a lista de Leiria.

Inédito na história do partido é também o afastamento de vários nomes fortes do PSD, que se opuseram à atual direção do PSD. Em conferência de imprensa, José Silvano informou que houve apenas duas situações de rutura entre distrital e direção nacional, que foram os casos de Setúbal e de Viana do Castelo e sublimhou que “há sempre neste processo de negociações cedências mútuas, mas o resultado final apresentado é largamente consensual e só num caso saiu ou entrou alguém sem colaboração com a comissão política distrital”.

José Silvano disse ainda que, em votação na Comissão Política Nacional, foi apenas vetado o nome de Hugo Soares, proposto pela distrital de Braga, devido à sua “indisponibilidade em colaborar com a atual direção”. “[A decisão] correspondeu às declarações de vontade do próprio, que sempre afirmou publicamente a sua não disponibilidade de integrar listas com este presidente”, justificou.

Já sobre a ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque, proposta por Setúbal, ou do vice-presidente da Câmara de Cascais, Miguel Pinto Luz, o secretário-geral do PSD garante que os nomes “nunca foram vetados”. “Apenas foi sugerida uma alteração de lugares que as respetivas comissões políticas distritais decidiram não considerar”, afirmou. Esta alteração resultou na exclusão tanto de Maria Luís Albuquerque como de Miguel Pinto Luz das listas.

Fora das listas ficaram também outros críticos da atual direção como Miguel Morgado, que foi eleito em 13.º lugar pelo círculo do Porto há quatro anos, bem como Luís Montenegro, que em 2015 foi cabeça de lista por Aveiro.

“Afigura-se-me perfeitamente legítimo que a direção queira fazer uma renovação, nada a opor. O que me parece é esta renovação foi feita sem conta, peso e medida, sem ponderação, sem equilíbrio, sem bom senso e chamar-lhe renovação é eufemismo, isto é uma limpeza”, defendeu antigo deputado e histórico do PSD Jorge Neto, à margem do Conselho Nacional do PSD.

Também o líder da distrital de Setúbal, Bruno Vitorino, que se excluiu das listas do PSD em protesto contra a liderança de Rui Rio, afirmou esta que “não houve bom senso nem equilíbrio” na escolha das listas dos candidatos a deputados. Bruno Vitorino acusou o presidente do PSD de ter condenado o partido a “um triste espetáculo” e de não ter respeitado as estruturas distritais do partido.

“Andámos entretidos durante meses a dar um triste espetáculo ao país, onde falamos só de nomes, porque não houve bom senso nem equilíbrio na relação entre a estrutura nacional e as distritais, o respeito que se tem de ter por estas estruturas e pelas pessoas”, afirmou o líder da distrital de Setúbal.

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