BE recusa apoiar candidatura de Medina a Lisboa

13-05-2016
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O Bloco de Esquerda (BE) não irá apoiar a candidatura de Fernando Medina (PS) a Lisboa. A orientação estratégica dos bloquistas para as autárquicas do próximo ano ainda não está fechada, mas o i sabe que o caso de Lisboa tem estado em cima da mesa das negociações entre as duas principais tendências do BE para a apresentação de uma moção de convergência na convenção de 25 e 26 de junho.

O texto conjunto está a ser negociado por Catarina Martins, porta-voz nacional do BE (da Plataforma Unitária), e Pedro Filipe Soares, líder parlamentar (da Tendência Esquerda Alternativa) - representantes das duas moções mais votadas na convenção de há dois anos, que acabou por dividir o partido -, e será entregue até 4 de maio. A candidatura a Lisboa é um dos pontos onde terá de ficar garantida a aproximação de posições entre as duas sensibilidades para garantir que há uma moção única.

“Pedro Filipe Soares e Luís Fazenda nunca apoiariam a candidatura de Fernando Medina, ainda para mais quando o BE está a apoiar António Costa no parlamento. Seria copiar demasiado o CDS”, explica um dirigente nacional bloquista. Segundo apurou o i, também a tendência a que Catarina Martins está afeta defende uma candidatura própria à capital o que, à partida, facilita a negociação.

A moção conjunta, que será votada na reunião magna do BE, deverá mesmo especificar os casos de Lisboa e do Porto no capítulo dedicado às autárquicas, para que não restem dúvidas de que o BE defende candidaturas próprias para as duas maiores autarquias do país.

Namoro do PS O PS já fez saber que gostaria do apoio do BE (e do PCP) na corrida à capital. Marcos Perestrello, líder da Federação de Lisboa do PS, admitiu ao “Expresso” que “é natural e desejável que o PCP e o BE venham a apoiar o candidato do PS”. O desafio caiu em saco roto. No domingo, durante o almoço do 17.o aniversário do BE, na Voz do Operário, Francisco Louçã, depois de criticar o PSD por “já só falar em autárquicas”, afirmou que ao BE “não nos perguntam por eleições, mas certamente perguntam-nos pelo povo”. A crítica ao PSD também serviu de recado ao PS, que no terreno já procura avaliar a possibilidade de vir a receber o apoio dos partidos à sua esquerda para a corrida à Câmara de Lisboa.

Mariana à cabeça Os nomes que poderão protagonizar a candidatura do BE a Lisboa também já começam a circular nos bastidores, mesmo que ainda não se vislumbre fumo branco. Catarina Martins, Marisa Matias e Mariana Mortágua são os mais falados. “São os ativos mais valiosos do BE, como se tem visto”, reconhece fonte do BE ao i.

Mariana Mortágua liderou a lista única à coordenadora distrital de Lisboa do BE eleita este fim de semana e isso chega para especular sobre uma eventual liderança da candidatura do BE à Câmara de Lisboa. Também Marisa Matias, que surpreendeu com o seu resultado nas presidenciais e tem agora um espaço de comentário semanal na TVI, está na lista de putativos candidatos contra o candidato do PS.

ricardo.rego@ionline.pt

O Bloco de Esquerda (BE) não irá apoiar a candidatura de Fernando Medina (PS) a Lisboa. A orientação estratégica dos bloquistas para as autárquicas do próximo ano ainda não está fechada, mas o i sabe que o caso de Lisboa tem estado em cima da mesa das negociações entre as duas principais tendências do BE para a apresentação de uma moção de convergência na convenção de 25 e 26 de junho.

O texto conjunto está a ser negociado por Catarina Martins, porta-voz nacional do BE (da Plataforma Unitária), e Pedro Filipe Soares, líder parlamentar (da Tendência Esquerda Alternativa) - representantes das duas moções mais votadas na convenção de há dois anos, que acabou por dividir o partido -, e será entregue até 4 de maio. A candidatura a Lisboa é um dos pontos onde terá de ficar garantida a aproximação de posições entre as duas sensibilidades para garantir que há uma moção única.

“Pedro Filipe Soares e Luís Fazenda nunca apoiariam a candidatura de Fernando Medina, ainda para mais quando o BE está a apoiar António Costa no parlamento. Seria copiar demasiado o CDS”, explica um dirigente nacional bloquista. Segundo apurou o i, também a tendência a que Catarina Martins está afeta defende uma candidatura própria à capital o que, à partida, facilita a negociação.

A moção conjunta, que será votada na reunião magna do BE, deverá mesmo especificar os casos de Lisboa e do Porto no capítulo dedicado às autárquicas, para que não restem dúvidas de que o BE defende candidaturas próprias para as duas maiores autarquias do país.

Namoro do PS O PS já fez saber que gostaria do apoio do BE (e do PCP) na corrida à capital. Marcos Perestrello, líder da Federação de Lisboa do PS, admitiu ao “Expresso” que “é natural e desejável que o PCP e o BE venham a apoiar o candidato do PS”. O desafio caiu em saco roto. No domingo, durante o almoço do 17.o aniversário do BE, na Voz do Operário, Francisco Louçã, depois de criticar o PSD por “já só falar em autárquicas”, afirmou que ao BE “não nos perguntam por eleições, mas certamente perguntam-nos pelo povo”. A crítica ao PSD também serviu de recado ao PS, que no terreno já procura avaliar a possibilidade de vir a receber o apoio dos partidos à sua esquerda para a corrida à Câmara de Lisboa.

Mariana à cabeça Os nomes que poderão protagonizar a candidatura do BE a Lisboa também já começam a circular nos bastidores, mesmo que ainda não se vislumbre fumo branco. Catarina Martins, Marisa Matias e Mariana Mortágua são os mais falados. “São os ativos mais valiosos do BE, como se tem visto”, reconhece fonte do BE ao i.

Mariana Mortágua liderou a lista única à coordenadora distrital de Lisboa do BE eleita este fim de semana e isso chega para especular sobre uma eventual liderança da candidatura do BE à Câmara de Lisboa. Também Marisa Matias, que surpreendeu com o seu resultado nas presidenciais e tem agora um espaço de comentário semanal na TVI, está na lista de putativos candidatos contra o candidato do PS.

ricardo.rego@ionline.pt

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