CÓDIGO ALENTEJANO: O populismo mole do PSD

15-10-2018
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Imagem: www.vozdaplanicie.ptLigam-me a Pedro do Carmo (PC), Presidente da Câmara Municipal de Ourique, muitos anos de amizade e a partilha de muitas lutas políticas. Separam-me de Pedro do Carmo as divergências normais de quem pensa pelas suas próprias cabeças, tem vivências diferentes, o que gera formas distintas de conceber ideias. Esta nota prévia serve para não iludir ninguém quanto ao que a seguir escrevo. Não confundo amizade e admiração com a propriedade das acções de cada um. E nem a amizade e respeito é condição de concordância.Numa reacção pública à decisão da autarquia de aderir ao Programa de Regularização Extraordinária de Dívidas ao Estado com um empréstimo de cerca de 3,2 milhões de euros, o PSD/Ourique critica o autarca de ter aprovado esta medida sem a participação dos vereadores sociais-democratas. A posição do PSD não espelha preocupação pela resolução dos problemas financeiros da autarquia; não concebe alternativas à medida; não defende os interesses da autarquia e dos munícipes. Limita-se o PSD a fazer referências provincianas e populistas; quer o PSD gerar instabilidade e descrédito; pretende o PSD desviar as atenções sobre responsabilidades que até aqui nunca assumiu.Pedro do Carmo terá defeitos como todos nós, cometerá erros como todos nós e defenderá ideias próprias e diferentes de cada um de nós, como nós dele. Mas essas são as legitimidades da sua existência e as condições da natureza humana. O que não pode ser alvitrado é que o Presidente da Câmara de Ourique se sujeitaria a qualquer ilegalidade num acto seu; o que não é verdade é que PC promova quaisquer situações de desrespeito pelas oposições. Isso é fazer da mentira uma condição moral aceitável!Mas o que ainda fica por dizer é que ninguém, nem o PSD/Ourique, pode escamotear a dedicação, o esforço e a idoneidade de Pedro do Carmo na resolução de uma situação grave porque passa a autarquia de Ourique. O que ninguém de boa fé pode questionar são os factos apurados por organismos próprios, que atribuem uma dívida pública de 22 milhões de euros à Câmara de Ourique, provocada pela gestão do PSD.Numa notícia pouco divulgada pela comunicação social regional (vale a pena questionar porquê?), pude ter conhecimento que o Orçamento e o Plano da autarquia de Ourique foram aprovados em Assembleia Municipal sem a presença de um único eleito do PSD. Ou seja, o PSD refutou a responsabilidade política e ética de participar na discussão e votação do mais importante documento de uma autarquia. Penso não ser necessário reforçar o desrespeito pelos eleitores.E, o que ninguém pode ignorar é que os argumentos moles e populistas do PSD/Ourique servem como cama para o surgimento da candidatura de José Raul dos Santos -e sobre esta candidatura pronunciar-me-ei oportunamente. E, o que ninguém pode iludir é a vontade férrea do PSD de desfazer a memória e de iniciar aqui um processo de branqueamento e de desresponsabilização. O que ninguém, de bom senso e boa fé, pode aceitar é que o absurdo tome conta do futuro dos ouriquenses, outra vez.


Imagem: www.vozdaplanicie.ptLigam-me a Pedro do Carmo (PC), Presidente da Câmara Municipal de Ourique, muitos anos de amizade e a partilha de muitas lutas políticas. Separam-me de Pedro do Carmo as divergências normais de quem pensa pelas suas próprias cabeças, tem vivências diferentes, o que gera formas distintas de conceber ideias. Esta nota prévia serve para não iludir ninguém quanto ao que a seguir escrevo. Não confundo amizade e admiração com a propriedade das acções de cada um. E nem a amizade e respeito é condição de concordância.Numa reacção pública à decisão da autarquia de aderir ao Programa de Regularização Extraordinária de Dívidas ao Estado com um empréstimo de cerca de 3,2 milhões de euros, o PSD/Ourique critica o autarca de ter aprovado esta medida sem a participação dos vereadores sociais-democratas. A posição do PSD não espelha preocupação pela resolução dos problemas financeiros da autarquia; não concebe alternativas à medida; não defende os interesses da autarquia e dos munícipes. Limita-se o PSD a fazer referências provincianas e populistas; quer o PSD gerar instabilidade e descrédito; pretende o PSD desviar as atenções sobre responsabilidades que até aqui nunca assumiu.Pedro do Carmo terá defeitos como todos nós, cometerá erros como todos nós e defenderá ideias próprias e diferentes de cada um de nós, como nós dele. Mas essas são as legitimidades da sua existência e as condições da natureza humana. O que não pode ser alvitrado é que o Presidente da Câmara de Ourique se sujeitaria a qualquer ilegalidade num acto seu; o que não é verdade é que PC promova quaisquer situações de desrespeito pelas oposições. Isso é fazer da mentira uma condição moral aceitável!Mas o que ainda fica por dizer é que ninguém, nem o PSD/Ourique, pode escamotear a dedicação, o esforço e a idoneidade de Pedro do Carmo na resolução de uma situação grave porque passa a autarquia de Ourique. O que ninguém de boa fé pode questionar são os factos apurados por organismos próprios, que atribuem uma dívida pública de 22 milhões de euros à Câmara de Ourique, provocada pela gestão do PSD.Numa notícia pouco divulgada pela comunicação social regional (vale a pena questionar porquê?), pude ter conhecimento que o Orçamento e o Plano da autarquia de Ourique foram aprovados em Assembleia Municipal sem a presença de um único eleito do PSD. Ou seja, o PSD refutou a responsabilidade política e ética de participar na discussão e votação do mais importante documento de uma autarquia. Penso não ser necessário reforçar o desrespeito pelos eleitores.E, o que ninguém pode ignorar é que os argumentos moles e populistas do PSD/Ourique servem como cama para o surgimento da candidatura de José Raul dos Santos -e sobre esta candidatura pronunciar-me-ei oportunamente. E, o que ninguém pode iludir é a vontade férrea do PSD de desfazer a memória e de iniciar aqui um processo de branqueamento e de desresponsabilização. O que ninguém, de bom senso e boa fé, pode aceitar é que o absurdo tome conta do futuro dos ouriquenses, outra vez.

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