A RAEM (Região Administrativa Especial de Macau) está à beira de completar vinte anos.
Uma bonita idade, a idade dos sonhos, dos desvarios, de uma fase que termina e de outra que está prestes a começar.
É assim connosco, humanos, mas será assim também com uma cidade que faz parte de um projecto único e inovador na História?
Quando os famosos “intes” estão ao virar da esquina, a RAEM mudou muito em relação à tímida cidade que era quando passou a ostentar o título de Região Administrativa Especial.
E mudou em tudo.
Até no que era então considerado fundamental.
Quantas vezes não ouvimos, os que cá estavam e têm memória, que a “política dos quintais” tinha acabado?
Curioso que esse desígnio tenha ficado perdido algures no caminho.
Se houvesse dúvidas acerca dessa alteração profunda, as notícias rocambolescas deste fim-de-semana teriam dissipado as mesmas.
Escolas que se queixam de barulho e poluição provocados por autocarros de turismo que servem um qualquer estabelecimento com aspecto manhoso e são aconselhadas oficialmente a fechar as janelas e comprar vidros duplos?
Normalíssimo porque são atribuições de duas entidades diferentes.
Por acaso pertencentes ao mesmo Executivo e à mesma Tutela...
Vinte anos depois a “política de quintais” está de volta e em força.`
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A RAEM (Região Administrativa Especial de Macau) está à beira de completar vinte anos.
Uma bonita idade, a idade dos sonhos, dos desvarios, de uma fase que termina e de outra que está prestes a começar.
É assim connosco, humanos, mas será assim também com uma cidade que faz parte de um projecto único e inovador na História?
Quando os famosos “intes” estão ao virar da esquina, a RAEM mudou muito em relação à tímida cidade que era quando passou a ostentar o título de Região Administrativa Especial.
E mudou em tudo.
Até no que era então considerado fundamental.
Quantas vezes não ouvimos, os que cá estavam e têm memória, que a “política dos quintais” tinha acabado?
Curioso que esse desígnio tenha ficado perdido algures no caminho.
Se houvesse dúvidas acerca dessa alteração profunda, as notícias rocambolescas deste fim-de-semana teriam dissipado as mesmas.
Escolas que se queixam de barulho e poluição provocados por autocarros de turismo que servem um qualquer estabelecimento com aspecto manhoso e são aconselhadas oficialmente a fechar as janelas e comprar vidros duplos?
Normalíssimo porque são atribuições de duas entidades diferentes.
Por acaso pertencentes ao mesmo Executivo e à mesma Tutela...
Vinte anos depois a “política de quintais” está de volta e em força.`