Cai ou não cai? Distritais do PSD divididas quanto à continuidade de Rio na liderança

08-10-2019
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Leia também: Rui Rio diz que "não há desastre nenhum" e vai "ponderar" sobre o futuro

Reportagem. A noite eleitoral paralela de Rui Rio O presidente da distrital de Bragança do PSD, Jorge Fidalgo, defendeu esta segunda-feira que o partido tem de acabar com "questiúnculas internas" e respeitar a vontade dos militantes em relação ao líder.

Jorge Fidalgo entende que a continuidade de Rui Rio como presidente do PSD depende “da vontade dele” e, assumindo-se como um “institucionalista”, defende que a questão da liderança só deve ser discutida no momento próprio, que é o congresso marcado para o final do próximo ano. “Tal como defendemos a estabilidade no país, devemos defendê-la no partido. Se continuarmos com questiúnculas internas, dificilmente conseguiremos um resultado positivo”, afirmou. Para o presidente da distrital de Bragança, o PSD teve a nível nacional “o melhor resultado possível, atendendo às circunstâncias”, concretamente 27,9% dos votos. “O que acho é que o partido tem de trabalhar e, fundamentalmente, haver militantes amigos do partido”, considerou. Àqueles que defendem eleições antecipadas no PSD, Jorge Fidalgo responde com uma pergunta: “Um líder que entre agora o que é que vai fazer? Andarmos aos 'tiros' uns aos outros?” O social-democrata defende que tal como deve ser respeitada a vontade dos eleitores nas eleições nacionais, “tem de se respeitar a vontade dos militantes”. “Escolheram um líder e é com esse líder que devemos estar”, defendeu. O presidente da distrital de Bragança referiu ainda que “o PSD é muito maior do que qualquer militante” e que “é o partido que faz o líder e não o contrário”. Na noite eleitoral de domingo, o distrito de Bragança contrariou a tendência nacional de derrota do PSD, atribuindo ao partido a votação mais expressiva do todo nacional, com quase 41% dos votos.

PSD de Castelo Branco considera que não tem condições de continuar A Distrital do PSD de Castelo Branco defendeu hoje que o líder do partido, Rui Rio, não tem condições de continuar, depois de ter obtido "o pior resultado de sempre" em legislativas, disse o presidente daquele órgão, Luís Santos. "Estamos naturalmente desiludidos. Estes não eram, de todo, os resultados que esperaríamos. A nível nacional, estamos a falar do pior resultado de sempre em termos percentuais numas eleições legislativas e, perante isto, é necessária uma mudança", afirmou.. Questionado sobre se esta mudança passa pela saída de Rui Rio, o líder da distrital de Castelo Branco assumiu que "neste momento, [Rui Rio] não tem condições para continuar a liderar o partido, tendo em consideração os resultados obtidos". Olhando para o mapa eleitoral, Luís Santos mostra-se preocupado não só com a perda percentual, mas com a perda de deputados em toda a faixa do interior, nomeadamente em Castelo Branco, mas também na Guarda, Portalegre, Évora e Beja. Segundo defende, a atual Comissão Política não tem forma de "branquear" estes resultados e tem de "assumir responsabilidades". Em relação à altura em que essa mudança deve ser efetivada, este dirigente explica que não é muito favorável à ideia de antecipar eleições e considera que é preferível seguir o calendário do PSD, que já tem eleições diretas previstas para janeiro. Eleito em julho para a Comissão Política Distrital do PSD de Castelo Branco, Luís Santos era o número dois da lista social-democrata ao círculo de Castelo Branco, mas não conseguiu a eleição. Um resultado que não correspondeu às expectativas, mas que não o leva a seguir o raciocínio de demissão defendido em termos nacionais, isto porque, diz, o que aconteceu em Castelo Branco é paradigmático da "estratégia errada" que foi definida pela Comissão Nacional do PSD, "sem qualquer tipo de articulação com as estruturas locais". Este responsável lembra que o nome da cabeça de lista pelo círculo foi escolhida e anunciada dois dias antes de ele próprio ser eleito, numa situação que não desrespeita os estatutos mas que foi vista como falta de "respeito" pelos órgãos locais. "Bastava aguardar três/quatro dias para que se pudessem articular as políticas e para podermos estar em sintonia. Mas preferiram organizar as coisas de outra forma e acabaram por colocar areia na engrenagem", aponta. Luís Santos garante que o está em causa não é o facto de não ter sido eleito, mas sim o facto de o distrito ter perdido representatividade e reitera que a Comissão Política Distrital também não fugirá a responsabilidades, pelo que vai "analisar os resultados" e continuar a trabalhar no sentido de fortalecer o partido.

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Reportagem. A noite eleitoral paralela de Rui Rio O presidente da distrital de Bragança do PSD, Jorge Fidalgo, defendeu esta segunda-feira que o partido tem de acabar com "questiúnculas internas" e respeitar a vontade dos militantes em relação ao líder.

Jorge Fidalgo entende que a continuidade de Rui Rio como presidente do PSD depende “da vontade dele” e, assumindo-se como um “institucionalista”, defende que a questão da liderança só deve ser discutida no momento próprio, que é o congresso marcado para o final do próximo ano. “Tal como defendemos a estabilidade no país, devemos defendê-la no partido. Se continuarmos com questiúnculas internas, dificilmente conseguiremos um resultado positivo”, afirmou. Para o presidente da distrital de Bragança, o PSD teve a nível nacional “o melhor resultado possível, atendendo às circunstâncias”, concretamente 27,9% dos votos. “O que acho é que o partido tem de trabalhar e, fundamentalmente, haver militantes amigos do partido”, considerou. Àqueles que defendem eleições antecipadas no PSD, Jorge Fidalgo responde com uma pergunta: “Um líder que entre agora o que é que vai fazer? Andarmos aos 'tiros' uns aos outros?” O social-democrata defende que tal como deve ser respeitada a vontade dos eleitores nas eleições nacionais, “tem de se respeitar a vontade dos militantes”. “Escolheram um líder e é com esse líder que devemos estar”, defendeu. O presidente da distrital de Bragança referiu ainda que “o PSD é muito maior do que qualquer militante” e que “é o partido que faz o líder e não o contrário”. Na noite eleitoral de domingo, o distrito de Bragança contrariou a tendência nacional de derrota do PSD, atribuindo ao partido a votação mais expressiva do todo nacional, com quase 41% dos votos.

PSD de Castelo Branco considera que não tem condições de continuar A Distrital do PSD de Castelo Branco defendeu hoje que o líder do partido, Rui Rio, não tem condições de continuar, depois de ter obtido "o pior resultado de sempre" em legislativas, disse o presidente daquele órgão, Luís Santos. "Estamos naturalmente desiludidos. Estes não eram, de todo, os resultados que esperaríamos. A nível nacional, estamos a falar do pior resultado de sempre em termos percentuais numas eleições legislativas e, perante isto, é necessária uma mudança", afirmou.. Questionado sobre se esta mudança passa pela saída de Rui Rio, o líder da distrital de Castelo Branco assumiu que "neste momento, [Rui Rio] não tem condições para continuar a liderar o partido, tendo em consideração os resultados obtidos". Olhando para o mapa eleitoral, Luís Santos mostra-se preocupado não só com a perda percentual, mas com a perda de deputados em toda a faixa do interior, nomeadamente em Castelo Branco, mas também na Guarda, Portalegre, Évora e Beja. Segundo defende, a atual Comissão Política não tem forma de "branquear" estes resultados e tem de "assumir responsabilidades". Em relação à altura em que essa mudança deve ser efetivada, este dirigente explica que não é muito favorável à ideia de antecipar eleições e considera que é preferível seguir o calendário do PSD, que já tem eleições diretas previstas para janeiro. Eleito em julho para a Comissão Política Distrital do PSD de Castelo Branco, Luís Santos era o número dois da lista social-democrata ao círculo de Castelo Branco, mas não conseguiu a eleição. Um resultado que não correspondeu às expectativas, mas que não o leva a seguir o raciocínio de demissão defendido em termos nacionais, isto porque, diz, o que aconteceu em Castelo Branco é paradigmático da "estratégia errada" que foi definida pela Comissão Nacional do PSD, "sem qualquer tipo de articulação com as estruturas locais". Este responsável lembra que o nome da cabeça de lista pelo círculo foi escolhida e anunciada dois dias antes de ele próprio ser eleito, numa situação que não desrespeita os estatutos mas que foi vista como falta de "respeito" pelos órgãos locais. "Bastava aguardar três/quatro dias para que se pudessem articular as políticas e para podermos estar em sintonia. Mas preferiram organizar as coisas de outra forma e acabaram por colocar areia na engrenagem", aponta. Luís Santos garante que o está em causa não é o facto de não ter sido eleito, mas sim o facto de o distrito ter perdido representatividade e reitera que a Comissão Política Distrital também não fugirá a responsabilidades, pelo que vai "analisar os resultados" e continuar a trabalhar no sentido de fortalecer o partido.

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