Blockchain. Empresas e universidades querem soluções portuguesas

30-03-2018
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“O impacto da blockchain pode ser maior do que o da internet em 1994.” A frase foi dita esta quarta-feira por Paulo Cardoso do Amaral, professor da Universidade Católica Portuguesa, durante a apresentação da Aliança Portuguesa de Blockchain. A tecnologia na base das moedas digitais, como a bitcoin, tem a capacidade de transformar modelos de negócio. “A mudança que estas tecnologias distribuídas, como a blockchain, estão a criar é na questão da autonomia”, sublinha, referindo um prazo de dez anos, à semelhança da revolução da internet, para isto acontecer.

A explicação foi dada durante a apresentação da Aliança Portuguesa de Blockchain, uma coligação de empresas, academia e entidades governamentais que quer aumentar o conhecimento do tecido empresarial português sobre a tecnologia na base da bitcoin, sobre a qual ainda há muito desconhecimento. A tecnologia permite armazenar e validar informação de forma segura, distribuída, transparente e autonomizada, sem os dados serem guardados num servidor ou validados por uma única entidade. Pelo contrário, são armazenados e validados por uma rede distribuída de computadores que resolvem problemas matemáticos complexos.

“A adoção da tecnologia blockchain ainda está numa fase embrionária em grande parte do mundo e Portugal não fica atrás”, disse recentemente ao Expresso Rui Serapicos, diretor-geral da CIONET Portugal, que promove a iniciativa, juntamente com o IAPMEI e a AICEP, entre outros. Mas sublinha, sem revelar nomes, que há muitos projetos portugueses assentes em blockchain que “estão a chegar ao mercado”.

Banca, seguros, administração pública, retalho, verificação automática de identidades, contratos ou outros registos são algumas das áreas que podem beneficiar da blockchain.

Soluções de negócio para vários setores

Para que estudantes, startups e empresas testem e desenvolvam novas soluções e modelos de negócio assentes nesta tecnologia, a Aliança lançou um portal que disponibiliza ambientes seguros para desenvolvimento de aplicações (sandboxes), nos quais será possível experimentar e desenvolver estas soluções.

Foram então lançados no portal Blockchain Challenges, que são desafios de negócio orientados para setores específicos e que usam as tecnologias distribuídas como a blockchain para ajudar a resolver necessidades específicas nesses setores.

Neste momento, estão disponíveis no site três Blockchain Challenges lançados pela REN, Fidelidade e Abreu Advogados. A REN quer colocar esta tecnologia ao serviço da rede energética. A Fidelidade procura perceber como esta pode ajudar a detetar fraudes em seguros ou mudar a experiência de contratação, subscrição e gestão de sinistros. Já a Abreu quer entender como a blockchain e os smart contracts (protocolos informáticos que facilitam, verificam e garantem a negociação ou o cumprimento de contratos, de forma automática e sem recurso a intermediários) podem ser usados para tornar contratos e processos legais mais eficientes.

Para já existem três desafios de negócio, mas podem surgir mais. “O portal é aberto às empresas, que podem lançar novos desafios em novos setores”, responde ao Expresso Rui Serapicos. “As empresas podem submeter novos desafios, que terão obviamente de ser processados antes de serem aceites.” As soluções que, no final do desafio, forem selecionadas podem ter acesso a uma linha de crédito ou a investimento para lançarem essas aplicações ou empresas.

Em breve será também lançado um desafio na área da mobilidade, apadrinhado pela EMEL, mas o diretor de tecnologia da Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa, Paulo Neves, ainda não pode avançar detalhes.

Esta coligação irá também apostar num roadshow que tem como objetivo principal sensibilizar e informar para os benefícios desta tecnologia, novas formas de trabalhar ou até de implementar soluções que aumentem a competitividade e alterem modelos de negócio. E, no final do ano, haverá ainda uma conferência para apresentar as soluções e atividades desenvolvidas pelos participantes ao longo do ano.

IBM, Vodafone, Fidelidade, REN, BBVA, Microsoft (em breve), EMEL e Universidade Católica são algumas das entidades que fazem parte desta Aliança Portuguesa de Blockchain. “Não estamos a falar de modas, estamos a falar de tecnologias que esperamos que perdurem no tempo”, remata o presidente da IAPMEI - Agência para a Competitividade e Inovação.

“O impacto da blockchain pode ser maior do que o da internet em 1994.” A frase foi dita esta quarta-feira por Paulo Cardoso do Amaral, professor da Universidade Católica Portuguesa, durante a apresentação da Aliança Portuguesa de Blockchain. A tecnologia na base das moedas digitais, como a bitcoin, tem a capacidade de transformar modelos de negócio. “A mudança que estas tecnologias distribuídas, como a blockchain, estão a criar é na questão da autonomia”, sublinha, referindo um prazo de dez anos, à semelhança da revolução da internet, para isto acontecer.

A explicação foi dada durante a apresentação da Aliança Portuguesa de Blockchain, uma coligação de empresas, academia e entidades governamentais que quer aumentar o conhecimento do tecido empresarial português sobre a tecnologia na base da bitcoin, sobre a qual ainda há muito desconhecimento. A tecnologia permite armazenar e validar informação de forma segura, distribuída, transparente e autonomizada, sem os dados serem guardados num servidor ou validados por uma única entidade. Pelo contrário, são armazenados e validados por uma rede distribuída de computadores que resolvem problemas matemáticos complexos.

“A adoção da tecnologia blockchain ainda está numa fase embrionária em grande parte do mundo e Portugal não fica atrás”, disse recentemente ao Expresso Rui Serapicos, diretor-geral da CIONET Portugal, que promove a iniciativa, juntamente com o IAPMEI e a AICEP, entre outros. Mas sublinha, sem revelar nomes, que há muitos projetos portugueses assentes em blockchain que “estão a chegar ao mercado”.

Banca, seguros, administração pública, retalho, verificação automática de identidades, contratos ou outros registos são algumas das áreas que podem beneficiar da blockchain.

Soluções de negócio para vários setores

Para que estudantes, startups e empresas testem e desenvolvam novas soluções e modelos de negócio assentes nesta tecnologia, a Aliança lançou um portal que disponibiliza ambientes seguros para desenvolvimento de aplicações (sandboxes), nos quais será possível experimentar e desenvolver estas soluções.

Foram então lançados no portal Blockchain Challenges, que são desafios de negócio orientados para setores específicos e que usam as tecnologias distribuídas como a blockchain para ajudar a resolver necessidades específicas nesses setores.

Neste momento, estão disponíveis no site três Blockchain Challenges lançados pela REN, Fidelidade e Abreu Advogados. A REN quer colocar esta tecnologia ao serviço da rede energética. A Fidelidade procura perceber como esta pode ajudar a detetar fraudes em seguros ou mudar a experiência de contratação, subscrição e gestão de sinistros. Já a Abreu quer entender como a blockchain e os smart contracts (protocolos informáticos que facilitam, verificam e garantem a negociação ou o cumprimento de contratos, de forma automática e sem recurso a intermediários) podem ser usados para tornar contratos e processos legais mais eficientes.

Para já existem três desafios de negócio, mas podem surgir mais. “O portal é aberto às empresas, que podem lançar novos desafios em novos setores”, responde ao Expresso Rui Serapicos. “As empresas podem submeter novos desafios, que terão obviamente de ser processados antes de serem aceites.” As soluções que, no final do desafio, forem selecionadas podem ter acesso a uma linha de crédito ou a investimento para lançarem essas aplicações ou empresas.

Em breve será também lançado um desafio na área da mobilidade, apadrinhado pela EMEL, mas o diretor de tecnologia da Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa, Paulo Neves, ainda não pode avançar detalhes.

Esta coligação irá também apostar num roadshow que tem como objetivo principal sensibilizar e informar para os benefícios desta tecnologia, novas formas de trabalhar ou até de implementar soluções que aumentem a competitividade e alterem modelos de negócio. E, no final do ano, haverá ainda uma conferência para apresentar as soluções e atividades desenvolvidas pelos participantes ao longo do ano.

IBM, Vodafone, Fidelidade, REN, BBVA, Microsoft (em breve), EMEL e Universidade Católica são algumas das entidades que fazem parte desta Aliança Portuguesa de Blockchain. “Não estamos a falar de modas, estamos a falar de tecnologias que esperamos que perdurem no tempo”, remata o presidente da IAPMEI - Agência para a Competitividade e Inovação.

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