Novo conselho diretivo do Coa sem um único arqueólogo

24-11-2017
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O Ministério da Cultura anunciou ontem a composição do novo Conselho Diretivo da Fundação para a Salvaguarda e Valorização do Vale do Coa, que será presidido pelo historiador Bruno Navarro e do qual fará parte também Maria Manuel de Oliveira como vice-presidente. Nuno Fazenda, diretor de Gestão de Programas Comunitários do Turismo de Portugal, e Gustavo Duarte, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Coa completam o conselho diretivo como vogais não executivos.

Uma composição criticada pela Associação dos Arqueólogos Portugueses (APP). "Não podemos deixar de manifestar a nossa surpresa por não haver um único arqueólogo no conselho diretivo da Fundação para a Salvaguarda e Valorização do Vale do Coa. É como não ter um único médico na direção de um hospital", afirma ao DN José Morais Arnaud, presidente da Associação dos Arqueólogos Portugueses.

"Não comentamos ninguém em concreto", sublinha Arnaud que, em abril, quando o Público avançou com a notícia que Bruno Navarro seria o próximo presidente do conselho diretivo da fundação contestara essa possível nomeação. "Para gerir um espaço com aquelas especificidades, o único sítio arqueológico português classificado como Património Mundial pela UNESCO, tem de haver um conhecimento mínimo daquilo que está em causa. Sendo uma pessoa de Foz Coa [Bruno Navarro], tem mais do que a obrigação de conhecer aquele património e toda a problemática que o envolve. Agora, só espero que se aconselhe devidamente e procure inteirar-se do que é prioritário e do que se pode ou não fazer", diz ainda José Morais Arnaud.

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Para além do conselho diretivo, que entra em funções na próxima segunda-feira, dia 26 de junho, o Ministério da Cultura anunciou também a nova composição do conselho consultivo, presidido por Pedro Bacelar de Vasconcelos e composto por 23 membros, entre os quais a Associação dos Arqueólogos Portugueses. "Além da APP, ninguém tem qualquer relação direta ou indireta com a arqueologia. Essa composição demonstra uma certa demagogia regionalista que domina, sobretudo em ano de eleições autárquicas".

Quando ao papel da associação neste conselho, Arnaud diz que esperam que seja convocado pelo jurista. "Temos esperança que o doutor Bacelar de Vasconcelos faça com que o conselho consultivo não seja apenas um órgão em que estão representadas todas e mais algumas organizações locais e regionais existentes. Um modelo destes não funciona. Os conselhos consultivos têm de ser reduzidos e constituídos por especialistas", defende.

O Ministério da Cultura anunciou ontem a composição do novo Conselho Diretivo da Fundação para a Salvaguarda e Valorização do Vale do Coa, que será presidido pelo historiador Bruno Navarro e do qual fará parte também Maria Manuel de Oliveira como vice-presidente. Nuno Fazenda, diretor de Gestão de Programas Comunitários do Turismo de Portugal, e Gustavo Duarte, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Coa completam o conselho diretivo como vogais não executivos.

Uma composição criticada pela Associação dos Arqueólogos Portugueses (APP). "Não podemos deixar de manifestar a nossa surpresa por não haver um único arqueólogo no conselho diretivo da Fundação para a Salvaguarda e Valorização do Vale do Coa. É como não ter um único médico na direção de um hospital", afirma ao DN José Morais Arnaud, presidente da Associação dos Arqueólogos Portugueses.

"Não comentamos ninguém em concreto", sublinha Arnaud que, em abril, quando o Público avançou com a notícia que Bruno Navarro seria o próximo presidente do conselho diretivo da fundação contestara essa possível nomeação. "Para gerir um espaço com aquelas especificidades, o único sítio arqueológico português classificado como Património Mundial pela UNESCO, tem de haver um conhecimento mínimo daquilo que está em causa. Sendo uma pessoa de Foz Coa [Bruno Navarro], tem mais do que a obrigação de conhecer aquele património e toda a problemática que o envolve. Agora, só espero que se aconselhe devidamente e procure inteirar-se do que é prioritário e do que se pode ou não fazer", diz ainda José Morais Arnaud.

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Para além do conselho diretivo, que entra em funções na próxima segunda-feira, dia 26 de junho, o Ministério da Cultura anunciou também a nova composição do conselho consultivo, presidido por Pedro Bacelar de Vasconcelos e composto por 23 membros, entre os quais a Associação dos Arqueólogos Portugueses. "Além da APP, ninguém tem qualquer relação direta ou indireta com a arqueologia. Essa composição demonstra uma certa demagogia regionalista que domina, sobretudo em ano de eleições autárquicas".

Quando ao papel da associação neste conselho, Arnaud diz que esperam que seja convocado pelo jurista. "Temos esperança que o doutor Bacelar de Vasconcelos faça com que o conselho consultivo não seja apenas um órgão em que estão representadas todas e mais algumas organizações locais e regionais existentes. Um modelo destes não funciona. Os conselhos consultivos têm de ser reduzidos e constituídos por especialistas", defende.

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