Defesa: Absolvição de Ana Saltão reafirma que investigação foi mal feita

01-10-2017
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Ana Saltão era suspeita de ser a autora de mais de dez disparos que mataram Filomena Alves, de 80 anos, numa residência em Coimbra, na tarde de 21 de novembro de 2012, tendo sido acusada pelo Ministério Público de um crime de homicídio qualificado e de um crime de peculato (pelo furto da arma de um colega da Polícia Judiciária do Porto).

Após a absolvição por parte do tribunal de júri de Coimbra, Mónica Quintela disse aos jornalistas que a decisão, lida esta tarde, representa uma "reafirmação" daquilo que a defesa disse ao longo do processo, de que "a investigação não tem sentido nenhum, que é uma investigação que foi mal feita e que deixou por descobrir quem terá sido o autor do crime".

Visivelmente feliz - tal como Ana Saltão -, a advogada de defesa explicou que a absolvição era "expectável" para a defesa, "atendendo a toda a prova que tinha sido produzida em sede de audiência e atendendo à especificidade deste processo".

"Entendemos que o tribunal de júri não podia ter decidido de outra forma. É uma gratificação muito grande porque é a segunda vez que a senhora inspetora Ana Saltão é absolvida por um tribunal de júri", frisou.

Para Mónica Quintela, o acórdão é "uma reafirmação muito grande de confiança na justiça", sublinhando que apenas a Relação tinha tido uma leitura diferente do caso.

A inspetora da PJ já tinha sido absolvida na primeira instância, em 2014, foi depois condenada a 17 anos de prisão pela Relação de Coimbra, mas o Supremo anulou a decisão e o julgamento voltou a ser repetido.

A defesa destacou que a absolvição foi a escolha de "seis juízes de carreira mais oito cidadãos" - os dois coletivos de juízes e o júri composto em cada um dos julgamentos de primeira instância (quatro cidadãos por julgamento).

Mónica Quintela lamentou ainda que se chegue ao final do processo sem se saber o autor do "crime hediondo", vincando que, no decurso do inquérito, a defesa lançou "todos os alertas" para que a investigação tentasse outros rumos.

De acordo com Mónica Quintela, Ana Saltão esteve sempre a trabalhar na Polícia Judiciária, estando integrada na Diretoria do Norte, tendo apenas recorrido a alguns períodos de baixa, especialmente após a condenação da Relação de Coimbra, por se entender que seria a decisão mais sensata para a inspetora da PJ e também para os seus colegas.

A advogada que, juntamente com o seu marido, Rui Silva Leal, representou Ana Saltão espera que o Ministério Público apresente recurso da decisão.

A agência Lusa não conseguiu obter uma reação do Ministério Público à decisão do Tribunal de Coimbra.

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Após a absolvição por parte do tribunal de júri de Coimbra, Mónica Quintela disse aos jornalistas que a decisão, lida esta tarde, representa uma "reafirmação" daquilo que a defesa disse ao longo do processo, de que "a investigação não tem sentido nenhum, que é uma investigação que foi mal feita e que deixou por descobrir quem terá sido o autor do crime".

Visivelmente feliz - tal como Ana Saltão -, a advogada de defesa explicou que a absolvição era "expectável" para a defesa, "atendendo a toda a prova que tinha sido produzida em sede de audiência e atendendo à especificidade deste processo".

"Entendemos que o tribunal de júri não podia ter decidido de outra forma. É uma gratificação muito grande porque é a segunda vez que a senhora inspetora Ana Saltão é absolvida por um tribunal de júri", frisou.

Para Mónica Quintela, o acórdão é "uma reafirmação muito grande de confiança na justiça", sublinhando que apenas a Relação tinha tido uma leitura diferente do caso.

A inspetora da PJ já tinha sido absolvida na primeira instância, em 2014, foi depois condenada a 17 anos de prisão pela Relação de Coimbra, mas o Supremo anulou a decisão e o julgamento voltou a ser repetido.

A defesa destacou que a absolvição foi a escolha de "seis juízes de carreira mais oito cidadãos" - os dois coletivos de juízes e o júri composto em cada um dos julgamentos de primeira instância (quatro cidadãos por julgamento).

Mónica Quintela lamentou ainda que se chegue ao final do processo sem se saber o autor do "crime hediondo", vincando que, no decurso do inquérito, a defesa lançou "todos os alertas" para que a investigação tentasse outros rumos.

De acordo com Mónica Quintela, Ana Saltão esteve sempre a trabalhar na Polícia Judiciária, estando integrada na Diretoria do Norte, tendo apenas recorrido a alguns períodos de baixa, especialmente após a condenação da Relação de Coimbra, por se entender que seria a decisão mais sensata para a inspetora da PJ e também para os seus colegas.

A advogada que, juntamente com o seu marido, Rui Silva Leal, representou Ana Saltão espera que o Ministério Público apresente recurso da decisão.

A agência Lusa não conseguiu obter uma reação do Ministério Público à decisão do Tribunal de Coimbra.

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