O facto de o Governo responder que é à administração da Caixa que cabe executar o plano de reestruturação, e que “não caberia ao Governo interferir nisso”, leva o Bloco a reagir. “Discordamos desta posição porque o Governo é representante do acionista Estado”, defende Moisés Ferreira
O Bloco de Esquerda vê no encerramento de balcões da Caixa Geral de Depósitos um "duplo erro" e pede uma atitude do Governo. Segundo o deputado Moisés Ferreira, em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, o BE pediu esclarecimentos ao Governo em pergunta por escrito, que deu entrada esta quinta-feira.
"A Caixa Geral de Depósitos vai ficar com menos capacidade para fazer o serviço público que tem obrigação de fazer, nomeadamente de garantir às populações o serviço público bancário e um segundo erro é que, retirando-se do território, está a abrir espaço para que os bancos privados captem depositantes e depósitos e isso vai prejudicar certamente a quota de mercado da Caixa."
Assim, conclui o deputado do BE, "há um erro duplo que o Governo tem de ponderar". O facto de o Governo responder que é à administração da Caixa que cabe executar o plano de reestruturação, e que "não caberia ao Governo interferir nisso", leva o Bloco a reagir. "Discordamos desta posição porque o Governo é representante do acionista Estado", defende Moisés Ferreira.
Acordos da CGD com freguesias
O BE questionou esta quinta-feira o Ministério das Finanças sobre que acordos que foram estabelecidos entre a Caixa Geral de Depósitos e as freguesias sobre o encerramento de balcões, considerando que o Governo não se pode demitir desta discussão.
"É preciso que se esclareça o que está a acontecer", afirmou Moisés Ferreira aos jornalistas, acrescentando que na pergunta por escrito "é exigido ao Governo que tome uma posição".
"Várias freguesias vieram a público dizer que não houve qualquer tipo de contacto entre a administração da CGD e os órgãos da administração local sobre o encerramento de balcões, da mesma forma que não existe qualquer tipo de conversações ou planos sobre a prestação de serviços públicos bancários nas instalações das juntas de freguesia, por exemplo", refere a pergunta.
O BE quer assim saber que acordos foram estabelecidos entre a CGD e as freguesias e qual o conteúdo dos mesmos, para além de pretender saber com que freguesias foram estabelecidas esses acordos.
"Que medidas serão tomadas para defender o interesse público e o interesse que a CGD deveria ter em manter presença em todo o território, uma vez que o Governo é o representante do acionista Estado", lê-se na pergunta.
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O facto de o Governo responder que é à administração da Caixa que cabe executar o plano de reestruturação, e que “não caberia ao Governo interferir nisso”, leva o Bloco a reagir. “Discordamos desta posição porque o Governo é representante do acionista Estado”, defende Moisés Ferreira
O Bloco de Esquerda vê no encerramento de balcões da Caixa Geral de Depósitos um "duplo erro" e pede uma atitude do Governo. Segundo o deputado Moisés Ferreira, em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, o BE pediu esclarecimentos ao Governo em pergunta por escrito, que deu entrada esta quinta-feira.
"A Caixa Geral de Depósitos vai ficar com menos capacidade para fazer o serviço público que tem obrigação de fazer, nomeadamente de garantir às populações o serviço público bancário e um segundo erro é que, retirando-se do território, está a abrir espaço para que os bancos privados captem depositantes e depósitos e isso vai prejudicar certamente a quota de mercado da Caixa."
Assim, conclui o deputado do BE, "há um erro duplo que o Governo tem de ponderar". O facto de o Governo responder que é à administração da Caixa que cabe executar o plano de reestruturação, e que "não caberia ao Governo interferir nisso", leva o Bloco a reagir. "Discordamos desta posição porque o Governo é representante do acionista Estado", defende Moisés Ferreira.
Acordos da CGD com freguesias
O BE questionou esta quinta-feira o Ministério das Finanças sobre que acordos que foram estabelecidos entre a Caixa Geral de Depósitos e as freguesias sobre o encerramento de balcões, considerando que o Governo não se pode demitir desta discussão.
"É preciso que se esclareça o que está a acontecer", afirmou Moisés Ferreira aos jornalistas, acrescentando que na pergunta por escrito "é exigido ao Governo que tome uma posição".
"Várias freguesias vieram a público dizer que não houve qualquer tipo de contacto entre a administração da CGD e os órgãos da administração local sobre o encerramento de balcões, da mesma forma que não existe qualquer tipo de conversações ou planos sobre a prestação de serviços públicos bancários nas instalações das juntas de freguesia, por exemplo", refere a pergunta.
O BE quer assim saber que acordos foram estabelecidos entre a CGD e as freguesias e qual o conteúdo dos mesmos, para além de pretender saber com que freguesias foram estabelecidas esses acordos.
"Que medidas serão tomadas para defender o interesse público e o interesse que a CGD deveria ter em manter presença em todo o território, uma vez que o Governo é o representante do acionista Estado", lê-se na pergunta.