JS. Cerco total para Maria Begonha abdicar da candidatura a líder

11-12-2018
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As polémicas em torno do percurso ou currículo académico da candidata à liderança da JS têm passado ao lado do PS, mas tanto a eurodeputada Ana Gomes, como a antiga ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, colocaram o dedo na ferida e querem o afastamento de Maria Begonha, a escassos dias do congresso da Juventude Socialista, que se realiza de 14 a 16 de dezembro, no distrito de Setúbal. Mais, foi entregue uma queixa no Ministério Público por um militante da Juventude Socialista, Gustavo Ambrósio.

“O que sei dessa jovem não me parece que seja muito credível. O que tenho lido, não tenho gostado”, afirmou ao i a eurodeputada Ana Gomes, defendendo que “o próprio partido ou a JS deveriam reconsiderar e reabrir o processo de candidaturas”.

Os casos que envolvem a candidata única à liderança da Juventude Socialista começaram em outubro quando foi noticiado, pelo Observador e pelo Público, que o currículo de Maria Begonha tinha dados falsos como uma referência a um mestrado concluído, em Ciência Política, a liderança de uma associação de estudantes ou o ano de nascimento. Nenhum correspondia à verdade. Na altura, a equipa de Maria Begonha assumiu a responsabilidade pelas “gralhas” e a própria disse ao i que nunca utilizou “informação falsa”. Resultado? O seu diretor de campanha demitiu-se. As correções foram feitas, mas a polémica estava instalada e foi-se avolumando com notícias sobre o seu percurso, designadamente, na junta de freguesia em Benfica ou os ajustes diretos na câmara de Lisboa de dezenas de milhares de euros.

No caso da Junta de Freguesia de Benfica, a candidata chegou a prestar serviços de apoio ao secretariado, em 2014. Mas, na página de candidatura, a função é descrita como a de “assessora na área de Políticas Públicas Autárquicas”. Este é mais um exemplo que serviu de base à queixa no Ministério Público do militante da Juventude Socialista, Gustavo Ambrósio, citado pelo Expresso.

A queixa foi entregue a quatro dias do congresso da organização, mas Gustavo Ambrósio explica ao i que “não existe uma tentativa de descredibilizar a candidata apesar dos timings”. Para o autor da queixa, a motivação do processo resulta de “uma preocupação tremenda pela forma como os quadros da câmara de Lisboa são selecionados”. Ou seja, não foi o percurso de Begonha na JS que ditou a queixa, mas o desempenho na Freguesia de Benfica ou no gabinete do vice-presidente da câmara de Lisboa, Duarte Cordeiro.

Neste momento está em curso também um pedido de providência cautelar ou suspensão do congresso e o caso deve arrastar-se até sexta-feira. O i tentou contactar Maria Begonha, mas sem êxito.

Também a antiga ministra da Cultura e ex-deputada Gabriela Canavilhas defendeu que “o PS deve dar exemplo e não aceitar a candidatura” de Maria Begonha à presidência da JS. “Num momento em que a classe política está sob forte desconfiança por parte dos cidadãos, fruto de casos tornados públicos, de currículos falseados, comportamentos alegadamente irregulares e outras situações, mesmo que minoritárias, é importante que o PS dê sinais de clarificação de atitude em relação ao seu universo de militância, para mais, com responsabilidades de direção junto da juventude”, acrescentou ao i Gabriela Canavilhas.

As polémicas em torno do percurso ou currículo académico da candidata à liderança da JS têm passado ao lado do PS, mas tanto a eurodeputada Ana Gomes, como a antiga ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, colocaram o dedo na ferida e querem o afastamento de Maria Begonha, a escassos dias do congresso da Juventude Socialista, que se realiza de 14 a 16 de dezembro, no distrito de Setúbal. Mais, foi entregue uma queixa no Ministério Público por um militante da Juventude Socialista, Gustavo Ambrósio.

“O que sei dessa jovem não me parece que seja muito credível. O que tenho lido, não tenho gostado”, afirmou ao i a eurodeputada Ana Gomes, defendendo que “o próprio partido ou a JS deveriam reconsiderar e reabrir o processo de candidaturas”.

Os casos que envolvem a candidata única à liderança da Juventude Socialista começaram em outubro quando foi noticiado, pelo Observador e pelo Público, que o currículo de Maria Begonha tinha dados falsos como uma referência a um mestrado concluído, em Ciência Política, a liderança de uma associação de estudantes ou o ano de nascimento. Nenhum correspondia à verdade. Na altura, a equipa de Maria Begonha assumiu a responsabilidade pelas “gralhas” e a própria disse ao i que nunca utilizou “informação falsa”. Resultado? O seu diretor de campanha demitiu-se. As correções foram feitas, mas a polémica estava instalada e foi-se avolumando com notícias sobre o seu percurso, designadamente, na junta de freguesia em Benfica ou os ajustes diretos na câmara de Lisboa de dezenas de milhares de euros.

No caso da Junta de Freguesia de Benfica, a candidata chegou a prestar serviços de apoio ao secretariado, em 2014. Mas, na página de candidatura, a função é descrita como a de “assessora na área de Políticas Públicas Autárquicas”. Este é mais um exemplo que serviu de base à queixa no Ministério Público do militante da Juventude Socialista, Gustavo Ambrósio, citado pelo Expresso.

A queixa foi entregue a quatro dias do congresso da organização, mas Gustavo Ambrósio explica ao i que “não existe uma tentativa de descredibilizar a candidata apesar dos timings”. Para o autor da queixa, a motivação do processo resulta de “uma preocupação tremenda pela forma como os quadros da câmara de Lisboa são selecionados”. Ou seja, não foi o percurso de Begonha na JS que ditou a queixa, mas o desempenho na Freguesia de Benfica ou no gabinete do vice-presidente da câmara de Lisboa, Duarte Cordeiro.

Neste momento está em curso também um pedido de providência cautelar ou suspensão do congresso e o caso deve arrastar-se até sexta-feira. O i tentou contactar Maria Begonha, mas sem êxito.

Também a antiga ministra da Cultura e ex-deputada Gabriela Canavilhas defendeu que “o PS deve dar exemplo e não aceitar a candidatura” de Maria Begonha à presidência da JS. “Num momento em que a classe política está sob forte desconfiança por parte dos cidadãos, fruto de casos tornados públicos, de currículos falseados, comportamentos alegadamente irregulares e outras situações, mesmo que minoritárias, é importante que o PS dê sinais de clarificação de atitude em relação ao seu universo de militância, para mais, com responsabilidades de direção junto da juventude”, acrescentou ao i Gabriela Canavilhas.

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